De acordo com o sargento Antônio Duarte Neto, o suspeito confessou que recebeu R$ 3 mil para entregar o material no Rio de Janeiro. Os policiais constataram que ele trabalhou no Exército do Rio de Janeiro.

“Ele foi militar do Exército por anos, mas deu baixa em 2010. Então, estava há sete anos trabalhando com outras coisas e teve a oportunidade de entrar no crime”, diz o sargento.

A TV TEM entrou em contato com a assessoria de imprensa do Exército, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. A defesa do suspeito não foi identificada.

Ainda segundo o policial, o flagrante aconteceu durante uma fiscalização de rotina no quilômetro 248, quando uma equipe abordou um carro com placas de Maringá (PR).

Na abordagem o suspeito demostrou nervosismo e os policiais suspeitaram das respostas dadas. Durante vistoria pelo veículo, a equipe encontrou um compartimento no painel com 5.800 munições de uso da Polícia Militar e exclusivo das Forças Armadas, o que inclui Exército, Marinha e Aeronáutica.

“Ele confessou que pegou o carro já pronto com as munições em Maringá e estava indo para o Rio de Janeiro. Não informou para quem entregaria as munições, mas certamente elas seriam usadas por criminosos cariocas”, diz o sargento.

O motorista foi encaminhado à delegacia de Avaré, onde foi autuado por porte ilegal de munição de uso restrito e está à disposição da Justiça.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita é de que o homem faz parte de uma quadrilha de contrabando internacional de armas e munições.

Em fevereiro deste ano, a Polícia Rodoviária também apreendeu em Avaré uma carga com 1,8 mil munições de fuzil calibre 762, 7.330 mil munições de pistola calibre 9mm, e cinco pistolas 9mm. Na época, a Polícia Federal informou que as munições e armas poderiam ser distribuídas a facções no Rio de Janeiro.