• Desenvolver capacidades de decifração (leitura e compreensão de texto).
• Reconhecer especificidades do texto em função do suporte (relação oral e escrita formal).
• Identificar e respeitar a diversidade das formas de expressão oral.

É pertinente que a criança já tenha trabalhado com tirinhas e histórias em quadrinhos. Deve, ainda, ser capaz de ler e interpretar textos curtos.

1 – Tirinhas e histórias em quadrinho 

OBJETIVOS:

 Reconhecer especificidades do texto em função do suporte.

PROCEDIMENTOS:  

 - Oriente uma reflexão sobre histórias em quadrinho e tirinhas.

Neste diálogo, trabalhe questões como:

• Quem conhece histórias em quadrinho (e quais vocês conhecem)?
• Qual a finalidade deste tipo de texto?
•  Quem gosta e por que gosta de ler quadrinhos?
• Como o texto se apresenta e se organiza? Por quê?
• Qual o estilo/tipo de linguagem utilizado? Por que a linguagem “informal” (do tipo oral) é a mais apropriada para este suporte?
•  No caso da turma da Mônica (do Mauricio de Sousa), o que caracteriza os personagens principais (Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali, Chico Bento)?  

Para concluir as informações discutidas nesta conversa, convide as crianças a retomarem as principais conclusões. Liste-as no quadro, para que todos possam registrar no caderno.   

Dica: Como encerramento deste primeiro momento, ofereça uma folha tamanho A4 cortada ao meio, na horizontal. Organize duplas para que possam criar uma tirinha. Exponha as produções em um varal, na sala, assim todos poderão apreciar a criatividade dos colegas. Se desejar ampliar o desafio da proposta, eleja os assuntos que cada dupla deverá trabalhar na tirinha.

2 – Quadrinho e tirinhas (Cebolinha e Chico Bento)

 OBJETIVOS:

Desenvolver capacidades de decifração (leitura e compreensão de texto).

Reconhecer especificidades do texto em função do suporte (relação oral e escrita formal).

Identificar e respeitar a diversidade das formas de expressão oral.   

PROCEDIMENTOS:   

- Selecione algumas histórias e/ou tirinhas da turma da Mônica, mais precisamente dos personagens Cebolinha e Chico Bento. Este pré-requisito na seleção das histórias é pertinente por favorecer a abordagem dos aspectos da oralidade e da escrita informal nas atuações destes personagens em especial. Como se pode ver, nos exemplos abaixo, o Cebolinha troca o R pelo L. Já o Chico Bento tem, em sua oralidade, aspectos comuns de pessoas com pouca escolaridade ou mesmo especificidades culturais comuns de cada região.

Disponível em: <http://www.monica.com.br/index.htm>.  (Acesso em: 09 dez. 2010). 

Entregue uma cópia da tirinha a cada criança, ou apresente-a no projetor, para que todos possam ler e observar. Converse sobre o sentido da história, mas, sobretudo, a observação do Cascão no segundo quadrinho (“Cebolinha você aprendeu a falar”) e a resposta dada pelo Cebolinha (claLo). Discuta, por exemplo, se só sabe falar (no sentido de se expressar e ser compreendido pelos demais) aquele que fala corretamente (formal, sem erros). Explore, ainda, a “dificuldade” do Cebolinha, no caso do R. Por fim, considere no debate o fato de, um texto escrito, de circular (no caso de um gibi), ser publicado com “erro” ortográfico. Por que isso se torna possível, sem causar maiores problemas?

Disponível em: <http://www.monica.com.br/index.htm>. (Acesso em: 09 dez. 2010).

No caso da tirinha sobre o Chico Bento, além das questões indicadas anteriormente, reflitam sobre o valor cultural e social da oralidade e da escrita. Considere, de modo especial, as particularidades da sua região (sotaques, por exemplo). É preciso que as crianças compreendam o valor cultural que torna cada região particular, contudo é preciso aprender a linguagem de valor social geral. Uma não invalida a outra, porém ambas são de absoluta importância.     

- Selecione diversas tirinhas, ainda destes personagens. Entregue uma cópia para cada criança (ou dupla). Nesta atividade, deverão ler e identificar com lápis de colorir os “equívocos” ortográficos. Uma vez identificados, deverão transcrever o texto com as devidas correções. Após esta experiência, reflitam se o texto (com correções), no caso das tirinhas ou quadrinhos, permanece tão atraente e divertido quanto antes. Esta reflexão deve reiterar a particularidade deste suporte, que de algum modo busca retratar situações linguageiras do nosso cotidiano. A partir deste entendimento, convide o grupo a listar situações de produção escrita que contenham formalidade e outras em que o autor pode mostra-se mais interativo/ dinâmico.

3 – Construindo tirinha

OBJETIVOS:

Desenvolver capacidades de decifração (leitura e compreensão de texto).

Reconhecer especificidades do texto em função do suporte (relação oral e escrita formal).

PROCEDIMENTOS:  

 - Elenque, com a participação das crianças, particularidades similares à do Cebolinha e do Chico Bento para que elas possam criar personagens e tirinhas. Sugira, por exemplo, um personagem carioca que acentua o S e o X, um mineiro que simplifica as palavras e sempre diz uai ou trem, entre tantos outros. Caso não se sinta à vontade para abordar particularidades deste gênero, desafie aspectos ortográficos (troca do L pelo R como pLoblema e não problema etc).  

Oriente o grupo que todo personagem possui um nome e particularidades que sugerem sua marca, que faz deste reconhecido. Além disso, a clareza e coerência no enredo, bem como os detalhes, são essenciais para se construir uma tirinha que desperte o sorriso do leitor.   

Confira, no item Sugestão Complementar, outras aulas disponíveis aqui no portal que orientam outras atividades com gibi.

Confira:

Gibi- diversão e aprendizado: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=732 (Acesso em: 12 de dez. 2010). 

Trabalhando tirinhas em sala de aula: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8140   (Acesso em: 12 de dez. 2010). 

Lendo tirinhas: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8697 (Acesso em: 12 de dez. 2010).  

Tirinhas:  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18937 (Acesso em: 12 de dez. 2010).   

O propósito das atividades ora apresentadas é despertar uma reflexão sobre demarcações de produções escritas com referências da oralidade. Além de compreender a especificidade do suporte trabalhado, é fundamental que a criança tenha apreendido o valor da diversidade cultural e social do nosso país, respeitando-a. Neste sentido, deve demonstrar reconhecimento à escrita formal, mas também às particularidades orais (que variam de região, bem como de contexto).