O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou nova denúncia contra o ex-ministro José Dirceu esta 3ª feira (20.fev.2018). É a 3ª vez que o petista se torna réu na Lava Jato. Ele responderá pelo crime de lavagem de dinheiro. Leia a decisão.

Dirceu é acusado de receber propina de R$ 2,4 milhões das empreiteiras UTC e Engevix. Os valores teriam sido pagos depois do julgamento do “Mensalão”em 2012.

Também se tornaram réus Gerson de Melo Almada (ex-Engevix), Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e o diretor da UTC Walmir Pinheiro Santana. A denúncia contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi rejeitada.

Como todos já foram condenados em outras ações penais na Lava Jato, Moro decidiu suspender o andamento deste procedimento por 1 ano.

“Não vislumbro com facilidade interesse do MPF no prosseguimento de mais uma ação penal contra as mesmas pessoas, a fim de obter mais uma condenação”, decidiu. O ex-ministro já foi condenado duas vezes pelo juiz de Curitiba.

Segundo a denúncia, Dirceu recebeu R$ 900 mil da Engevix por meio da empresa Entrelinhas, que prestava serviços de comunicação ao ex-ministro. A UTC teria repassado mais R$ 1,5 milhão por supostos serviços prestados pela empresa de Dirceu, a JD Consultoria.

Os pagamentos são oriundos de acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, de acordo com o MPF.