Em sua segunda participação na 13ª Fórmula SAE Brasil, que aconteceu em Piracicaba (SP), a Escuderia UFSAE, representando a Universidade Federal de Sergipe, alcançou a segunda colocação entre os estados do Nordeste e a 19ª posição entre 40 equipes de diversas universidades do país.

O evento é promovido pela Society of automotive Engineers (SAE) Brasil, e tem como objetivo oferecer uma oportunidade aos estudantes de Engenharia de aplicar todo o conhecimento adquirido na sala de aula, desenvolvendo um projeto completo e construindo um carro do tipo Fórmula. Os trabalhos são desenvolvidos em grupo e as equipes melhor classificadas conquistam o direito de representar o Brasil em duas competições internacionais realizadas nos EUA.

A chefe do Departamento de Engenharia Mecânica e orientadora da equipe, composta por mais de 30 alunos, Alessandra Azevedo, ressalta a importância do evento nacional, afirmando ser uma oportunidade de levar para fora o nome de muitas universidades do Nordeste, inclusive da UFS.

“Muitos não conhecem o nosso curso e ali podemos divulgá-lo e levar o nome da UFS para além da nossa região. Além disso, nossos alunos têm contato com estudantes de outras universidades e tiveram também a oportunidade de perceber que não estamos muito atrás de outros estados”.

Alessandra diz que um dos principais fatores do bom desempenho da Escuderia UFSAE neste ano, é que a equipe contou com a colaboração de outros cursos como Engenharia de Produção, Elétrica e Eletrônica.

“Outro motivo importante foi a forma de organização e como os alunos se empenharam, pois durante um ano e meio eles não pararam um minuto fazendo todas as alterações necessárias no veículo, e ainda buscando patrocínio”, explica a orientadora.

Aprendizado

Rafael Sena, 21, é estudante do oitavo período de Engenharia Mecânica e um dos líderes da equipe, e junto do seu colega Maue Tunes, foi responsável pela apresentação de marketing do grupo, conseguindo o terceiro lugar nesta categoria.

Para Rafael, a competição foi importante por conta do incentivo à multidisciplinaridade, e por ser também uma forma de preparar os alunos para o mercado de trabalho. “Foi a primeira vez e foi muito bom, pois apesar de ser uma competição, os estudantes não se tratam como oponentes, pois todos se ajudam e tudo acaba virando uma troca de conhecimentos”.

O aluno acrescenta que a equipe recebeu algumas sugestões dos juízes sobre o que ainda precisam melhorar, e pretendem seguir os conselhos para que na próxima edição alcancem resultados ainda melhores.

Incentivo

Outro integrante do grupo é André Vilanova, 22, também estudante do oitavo período de Engenharia Mecânica, e responsável por algumas tarefas, como coordenar o projeto mecânico do carro construído pelos alunos, o SE 16, e cuidar da comunicação entre todas as áreas além de organizar o trabalho de logística.

Para André, a maior importância dos estudantes estarem engajados em projetos como esse é que podem ter o seu trabalho reconhecido por empresas que passam a confiar ainda mais no preparo desses alunos para o mercado de trabalho.

“Esses projetos são relevantes para o desenvolvimento pessoal e profissional, pois os estudantes amadurecem bastante, lidam com pressão, prazos, cobrança, desafios e falhas. Temos a oportunidade de melhorar nossa comunicação, o trabalho em equipe e aprendemos a respeitar ainda mais nossos colegas de trabalho”.

O estudante conta que a principal dificuldade enfrentada pelo grupo foi a falta de recursos financeiros e estrutura, e isso acabou impedindo que o veículo SE16 participasse das provas dinâmicas, responsáveis por avaliar a performance dos carros na pista. Por conta disso, a Escuderia UFSAE deixou de receber alguns pontos que poderiam melhorar ainda mais sua classificação geral.

Futuro

Os planos envolvidos para a próxima edição da Fórmula SAE Brasil incluem alcançar a décima colocação na prova de custos; manter no mínimo a terceira colocação na apresentação de marketing; ficar entre as 20 melhores equipes na avaliação de melhor projeto e, correr em todas as provas dinâmicas, principalmente nas que envolvem a avaliação de enduro (prova de resistência e regularidade em terrenos variados) e aceleração.

Ascom

Guilherme Almeida (Bolsista)

Márcio Santana

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