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SP promove ‘Dia D’ contra febre amarela em 3 de fevereiro

No próximo sábado (3), postos de saúde da Grande São Paulo, Vale do Paraíba e Baixada Santista estarão abertos em regime especial para o “Dia D” contra a febre amarela. A campanha tem o objetivo de imunizar preventivamente a população de 54 cidades (confira, abaixo, a relação dos municípios atendidos). Até o dia 17 de fevereiro, o Governo do Estado pretende vacinar 9,2 milhões de pessoas que residem em áreas ainda não alcançados pelo vírus, mas que estão receptivas, pois integram os corredores ecológicos.

Todos os recortes foram definidos por critérios epidemiológicos após análises técnicas e de campo feitas pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Zoonoses) e Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) em locais de concentração de mata.

Na capital, onde as estratégias de vacinação têm sido desenvolvidas desde o ano passado, a campanha visa imunizar  pessoas que residem em distritos previamente definidos das zonas Leste e Sul, em 20 distritos: Jabaquara, Cursino, Sacomã, Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro e Vila Andrade, na Sul; e Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianazes, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael, na Leste.

A campanha será realizada com dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública poderá ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 mL da vacina. Estudos evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. As carteiras de vacinação terão um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada.

Quem já tomou uma dose da vacina, mesmo se fizer parte destes municípios incluídos na campanha, não precisará se vacinar novamente.  A vacina aplicada até o momento (dose padrão) tem validade para a vida toda, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

“Vamos reforçar nossas estratégias para proteger a população contra a febre amarela, antecipando a imunização ao levar as vacinas para locais onde ainda não há circulação do vírus. A campanha complementa um trabalho incessante de monitoramento e prevenção que temos desenvolvido nos dois últimos anos”, destaca o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

A campanha também prevê a oferta de doses convencionais, que serão disponibilizadas para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina, grávidas residentes em áreas de risco, transplantados, e portadores de doenças crônicas – como diabéticos, cardiopatas e renais crônicos, por exemplo.

Deverão consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

Nas demais áreas do Estado de São Paulo onde já há vacinação em razão da circulação do vírus a imunização seguirá com a vacina plena.

Municípios com aplicação fracionada da vacina
APARECIDA
ARAPEI
AREIAS
BANANAL
BERTIOGA
CACAPAVA
CACHOEIRA PAULISTA
CANAS
CAPITAL
CARAGUATATUBA
CRUZEIRO
CUBATAO
CUNHA
DIADEMA
GUARATINGUETA
GUARUJA
IGARATA
ILHABELA
ITANHAEM
JACAREI
JAMBEIRO
LAGOINHA
LAVRINHAS
LORENA
MAUA
MONGAGUA
MONTEIRO LOBATO
NATIVIDADE DA SERRA
PARAIBUNA
PERUIBE
PINDAMONHANGABA
PIQUETE
POTIM
PRAIA GRANDE
QUELUZ
REDENCAO DA SERRA
RIBEIRÃO PIRES
RIO GRANDE DA SERRA
ROSEIRA
SANTA BRANCA
SANTO ANDRÉ
SANTOS
SAO BENTO DO SAPUCAI
SAO BERNARDO DO CAMPO
SAO JOSE DO BARREIRO
SÃO CAETANO DO SUL
SAO JOSE DOS CAMPOS
SAO LUIS DO PARAITINGA
SAO SEBASTIAO
SAO VICENTE
SILVEIRAS
TAUBATE
TREMEMBE
UBATUBA

*Áreas de risco*

Locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco. No Brasil, no entanto, a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina (clique aqui e saiba quais os municípios).

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/listavacinacaofa.pdf

 

 

Confira abaixo as principais dúvidas sobre a febre amarela e previna-se:

1. O que é Febre Amarela (FA)?

A febre amarela é uma doença viral aguda, imunoprevenível, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos) através da picada de mosquitos infectados.

2. Onde ocorre a febre amarela?

A febre amarela é uma doença considerada endêmica na região amazônica. Nos últimos anos, no entanto, foram registrados casos em outras regiões do país, como nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

3. Qual é a diferença entre a febre amarela silvestre e febre amarela urbana?

O vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos. A principal diferença é o vetor de transmissão. A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem em áreas de mata, rurais ou ribeirinhas. Já a febre amarela urbana – que não ocorre no Brasil desde 1942 – tem como vetor o Aedes Aegypti, o mesmo da dengue.

4. A febre amarela é contagiosa?

Não. A infecção ocorre somente através da picada do mosquito infectado. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, nem de macacos para pessoas.

5. Como uma pessoa pode ser infectada pela febre amarela silvestre?

Se o homem frequentar uma área de mata onde o vírus circula e for picado por mosquitos infectados, pode contrair a doença.

6. E os macacos, eles transmitem febre amarela?

Os macacos não são responsáveis pela transmissão. Esses animais são sentinelas e ajudam o poder público a definir as ações de prevenção, já que as epizootias (morte ou adoecimento de macacos) ajudam a identificar a presença do vírus em determinada região.

7. Como se prevenir contra a transmissão da febre amarela?

A principal forma de prevenção é por meio da vacinação. Se a pessoa não for vacinada, é recomendável utilizar repelente e evitar o deslocamento ou permanência em áreas onde o vírus circula.

8. Quantas doses da vacina é preciso tomar? Qual a diferença da dose padrão (dose total) e fracionada?

Na vacina padrão (plena), a dose é única e válida para a vida toda.

Já a dose fracionada, que está sendo ofertada na campanha nacional de vacinação contra a febre amarela, protege por pelo menos 8 anos. Com o fracionamento, o frasco convencionalmente utilizado na rede pública pode ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado 0,1 ml da vacina. A dose fracionada foi adotada pelo Ministério da Saúde diante dos novos casos que surgiram em diversas regiões do país, como alternativa para ampliar a capacidade de imunização nos estados com surto da doença.

No estado de São Paulo, a campanha acontece de 25 de janeiro a 17 de fevereiro, com o objetivo de antecipar a imunização em regiões onde o vírus não está circulando.

9. Quem deve se vacinar contra a febre amarela?

A vacina é recomendada para moradores ou pessoas que se deslocam para áreas com circulação do vírus no Brasil e aos viajantes para os países com risco de transmissão de febre amarela. Confira no link www.saude.sp.gov.br quais municípios brasileiros têm recomendação temporária ou permanente para vacinação.

10. Com qual antecedência devo me vacinar se for viajar para uma área considerada de risco?

É importante que a vacinação ocorra dez dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para o organismo produzir os anticorpos contra a doença.

11. Quais locais estão inclusos na campanha de vacinação fracionada no Estado de São Paulo?

A vacinação ocorre no estado de São Paulo até o dia 17 de fevereiro em 53 municípios e mais 20 distritos da capital.

Municípios: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente, Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca, São José

dos Campos, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Cunha, Lagoinha, Lavrinhas, Guaratinguetá, Lorena, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Taubaté, Tremembé

Distritos da capital: Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Cursino, Grajaú, Jabaquara, Jardim São Luís, Pedreira, Sacomã, Socorro e Vila Andrade, Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianazes, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael.

12. Por que estes municípios fazem parte desta campanha de vacinação fracionada?

Ainda não foi identificada a circulação do vírus nesses locais. No entanto, mapeamento realizado pela Secretaria da Saúde apontou que essas são áreas suscetíveis à circulação da doença. As localidades foram definidas por critérios epidemiológicos após análises técnicas e de campo feitas pela divisão de zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).

13. Quem não pode tomar a vacina?

– Crianças menores com até nove meses de idade;

– Mulheres amamentando crianças menores de seis meses de idade;

– Pessoas com alergia grave a ovo;

– Pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350;

– Pessoas em tratamento de quimioterapia e/ou radioterapia;

– Pessoas portadoras de doenças autoimunes; e

– Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do organismo).

14. Quem deve receber a dose padrão da vacina contra a febre amarela?

– Pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350;

– Pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia e radioterapia;

– Pessoas com doenças hematológicas (do sangue);

– Grávidas;

– Crianças entre nove meses e dois anos de idade;

– Viajantes internacionais – O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) ainda não autorizou a utilização da dose fracionada para a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Para receber a dose padrão, deverá ser apresentado, no ato da vacinação, comprovante de viagem (boleto de passagem área ou hotel, convite para participação em eventos internacionais, entre outros) para países que exijam o CIVP.

15. Onde posso tomar a vacina?

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de referência de cada município e nos ambulatórios dos viajantes dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). Mais informações sobre os locais disponível no link: www.cve.saude.sp.gov.br.

16. As pessoas que tomarem a dose fracionada receberão o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP)?

Não. Pessoas que irão viajar para países que exigem o CIVP deverão receber a dose padrão, pois somente essa é válida e dá direito a emissão do certificado.

17. Como serão identificadas as pessoas que receberem a dose fracionada da vacina contra a febre amarela?

O Ministério da Saúde disponibilizará aos estados etiquetas adesivas para a identificação da dose fracionada. A etiqueta deve ser preenchida e fixada na caderneta de vacinação.

18. Existe um maior risco de ocorrência de eventos adversos com uma dose fracionada da vacina?

Não. A composição da dose fracionada é a mesma da vacina padrão. Os dois tipos de doses são igualmente seguros e eficazes. Não há evidências de aumento de eventos adversos ao usar uma dose fracionada.

19. Posso apresentar reação após a aplicação da vacina?

A reação mais frequente é sentir dor de intensidade leve ou moderada no local de aplicação, durante um ou dois dias. Outros sintomas, considerados sem gravidade, são: febre com duração de até sete dias, dor de cabeça e dor no corpo.

Embora raros, eventos adversos graves podem ocorrer se a vacina for aplicada em pessoas com contraindicação, podendo, inclusive, levar à morte. Por isso, é fundamental que a vacina seja destinada a quem precisa, e que as pessoas consultem seu médico, em caso de dúvidas.

20. Após a infecção pelo vírus da febre amarela, quanto tempo leva para a doença ficar aparente (iniciar os sintomas)?

Em média, de três a seis dias após a picada do mosquito transmissor infectado. Mas pode levar até 15 dias para o surgimento dos primeiros sintomas.

21. Quais são os sintomas da doença?

– Febre de início súbito;

– Calafrios;

– Dor de cabeça;

– Dores nas costas;

– Dores no corpo;

– Náuseas, vômitos;

– Fadiga;

– Fraqueza;

– Icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos); e

– Sangramentos.

22. O que devo fazer se apresentar os sintomas?

Procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem ou deslocamento para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas.

23.Todas as pessoas que vão viajar para São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia precisam se vacinar?

É necessário avaliar, com precisão, as regiões por onde o viajante vai se deslocar nesses estados, pois existem as seguintes situações a serem consideradas:

– Área Com Recomendação de Vacinação (ACRV): Área com registro histórico de febre amarela silvestre e, portanto, com recomendação permanente de vacinação.

– Área Sem Recomendação de Vacinação (ASRV): Área sem registro histórico de febre amarela silvestre e, portanto, sem recomendação de vacinação.

– Área de Recomendação de Vacinação Parcial (ASRVP): Área afetada quando registrada em regiões metropolitanas, com grandes centros urbanos e elevados contingentes populacionais, para efeito de priorização das populações sob maior risco e priorização da vacinação para bloqueio de foco.