27 de abril de 2024
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Partido Humanista da Solidariedade

PHS Nacional afasta presidente, areja direção e fortalece militância

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Depois do afastamento de Eduardo Machado e da eleição do novo presidente do Diretório Nacional, Luiz França, o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) começa a experimentar um ciclo renovado e de efetiva credibilidade na defesa de seu ideário. Esta perspectiva, delineada por França, vai ao encontro das aspirações dos 27 diretórios estaduais que exigiram a destituição de Machado, no alvo de graves suspeitas que atingem suas atividades políticas e empresariais. França é uma das figuras mais respeitadas no cenário de organização e articulação das forças partidárias.

“Nossos principais objetivos agora incluem, como prioridades máximas, a consolidação da unidade interna, a afirmação estatutária e programática e a descentralização de poder. com foco orgânico e político na redistribuição de responsabilidades. A militância precisa ser valorizada para exercer plenamente seu papel de elemento decisório”, afirmou. O presidente estadual do PHS de Mato Grosso do Sul, Emídio Milas, participou do processo de renovação da direção nacional e disse que Luiz França tem todas as credenciais para dar ao humanismo solidarista sua melhor condição na defesa dos interesses legítimos da sociedade.

A destituição de Machado e a eleição de França foram legitimadas pelas manifestações das três instâncias deliberativas do PHS. No Conselho Gestor Macional (CGN), três dos quatro membros votaram pelo afastamento de Machado; na Comissão Executiva Nacional, sete dos nove membros, e no Diretório Nacional, 36 de 46 integrantes advogaram estas soluções. Assim, na quarta-feira, 31, em reunião extraordinária com a presença de dirigentes dos 27 diretórios estaduais, seis dos sete deputados federais, dezenas de deputados estaduais e vereadores de todo Brasil, as mudanças foram sacramentadas.

FICHA SUJA – Eduardo Machado fez da presidência do PHS uma extensão de seus interesses pessoais. Utilizou-se da condição de dirigente e pôs o partido como instrumento de vantagens políticas e empresariais. Foi como presidente da legenda que, entre outros acúmulo, ganhou um cargo estratégico para representar o governo goiano em Brasília. Além do salário que recebia como titular da Secretaria de Assuntos Federativos e de Relações com Organismos Multilaterais do Governo de Goiás, instalado no Distrito Federal, ele ainda usou seu poder no PHS para criar um salário e uma carteira de presidente da sigla. Com esse artifício Machado assegurava para si mais uma polpuda remuneração mensal. Ele mesmo assinava os cheques que iam para seu bolso.

No entanto, descobriu-se que Eduardo Machado, mesmo exercendo a presidência havia anos, não estava filiado ao PHS. Este foi o estopim para levantar suspeitas sobre o dirigente. Foi afastado em maio passado conseguiu uma liminar e tentava reassumir o comando. Porém, as instâncias deliberativas resolveram mantê-lo afastado. No início da manhã de quinta-feira passada, um Machado inconformado leou o ex-tesoureiro do Diretório Nacional, Murilo Oliveira, o deputado Marcelo Aro (MG), único da bancada que o apoiá, dois seguranças e um chaveiro para invadir a sede do partido no Lago Sul, em Brasília. Queria retirar documentos para transportar no veículo de um amigo.

Vizinhos avisaram a Polícia e alertaram outros membros do partido, que bloquearam a saída. Machado ainda conseguiu sair antes da chegada dos policiais, porém o ex-tesoureiro foi levado num camburão do 5º Batalhão da Polícia Militar. Consta das denúncias que Machado estaria tentando apanhar documentos do partido e até objetos pessoais de funcionários da sede.