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Por Beth Koike, De São Paulo — Valor


Paulo Chapchap, do Sírio-Libanês, propõe colocar médico dentro das empresas — Foto: Carol Carquejeiro/Valor
Paulo Chapchap, do Sírio-Libanês, propõe colocar médico dentro das empresas — Foto: Carol Carquejeiro/Valor

O Hospital Sírio-Libanês criou um programa de gestão de saúde para controlar os custos do convênio médico de seus funcionários e respectivos dependentes, que totalizam 12 mil pessoas. A premissa do programa é que elas sejam atendidas inicialmente por um médico de família do próprio Sírio e, se for o caso, são encaminhadas a um especialista ou ao laboratório para realização de exames. Esse modelo baseado em atenção primária fez o custo per capita do plano de saúde do Sírio-Libanês cair 27% no ano passado, mesmo período em que a inflação médica ficou em 15%.

Criado em 2014 como um projeto para solucionar um problema interno, esse programa de gestão de saúde agora começa a ser comercializado para outras empresas e tornou-se um novo negócio para o Sírio-Libanês. Os dois primeiros contratos estão prestes a ser fechados, sendo que uma das empresas tem 3,5 mil usuários do benefício saúde.

O modelo funciona da seguinte maneira: um clínico geral do Hospital Sírio-Libanês fica dentro das companhias que contratarem o serviço. Ele pode ficar numa estrutura criada especialmente para esse fim ou alocado na área de medicina ocupacional que, normalmente, há em prédios comerciais. Porém, como isso nem sempre é possível, o Sírio também abrirá consultórios nas proximidades das empresas para atender os colaboradores e familiares. Já há projetos de abertura de duas clínicas na capital paulista e no Grande ABC.

O atrativo desse programa de gestão da saúde é a credibilidade médica do Sírio-Libanês. É esperado que as pessoas prefiram ser atendidas por esses médicos em vez de irem até o pronto-socorro de um outro hospital com menos renome. Os usuários não são obrigados a passar pelo clínico geral para terem acesso a um médico especialista, formato adotado por alguns convênios médicos.

Uma ferramenta que ajuda baixar os custos é uma plataforma tecnológica que abriga a ficha médica com o histórico de saúde do funcionário, evitando que sejam realizados exames desnecessários. "Cerca de 80% dos casos são resolvidos por um médico de família. Cada vez que a pessoa vai à emergência, são pedidos novos exames, começa tudo de novo", disse o cirurgião Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio- Libanês.

Entre os funcionários e respectivos dependentes do Sírio, o número de consultas em pronto-socorro caiu 51% e o volume de exames baixou 40% em 2016. "Também houve uma redução de 15% em internações porque há um acompanhamento mais sistemático com os pacientes crônicos, por exemplo", disse Chapchap. O custo médio mensal por usuário do convênio médico baixou de R$ 439,88 para R$ 323,43 no ano passado. No ano passado, o Sírio economizou R$ 16 milhões com o convênio médico que é da Mediservice, seguradora da Bradesco Saúde.

Até 2014, a maioria dos funcionários do Sírio não podia ser atendida no hospital porque o convênio não dava essa cobertura. Nos hospitais premium, é comum que os empregados não tenham esse acesso. Com o programa, batizado de "Cuidando de quem cuida", os 12 mil colaboradores e dependentes agora são atendidos no Sírio-Libanês seja para consultas, exames ou cirurgias. "Pagamos o preço de tabela para a seguradora nos procedimentos dos nossos funcionários, o que houve foi uma redução na frequência", explicou.

Há ainda uma central telefônica para esclarecimentos de dúvidas que já recebeu 23 mil ligações.

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