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Traducão da palestra-performance "Descolonizando o Conhecimento" de Grada Kilomba, feita para sua apresentacão em SP, 2016
O que é lugar de fala
O Que e Lugar de Fala Djamila Ribeiro limpo20190601 80400 14dyl5s2018 •
O objetivo da coleção Feminismos Plurais é trazer para o grande público questões importantes referentes aos ma.is diversos feminismos de forma didática e acessível. Por essa razão, o Grupo Editorial Letramento, através do selo Justificando, com a minha organização, uma vez que sou Mestre em Filosofi a e feminista, idealizamos algo imprescindível quando pensamos em produções mtelectuais de grupos historicamente marginalizados: esses grupos como sujeitos políticos. Escolhemos começar com o feminismo negro para aplicitar os principais conceitos e defi nitivamente rom per com a ideia de que não se está discutindo projetos. Ainda é muito comum se dizer que o feminismo negro 1RZ cisões ou separações, quando é justamente o con lDrio. Ao nomear as opressões de raça, classe e gênero, annde-se a necessidade de não hierarquizar opressões,
Avanca| Cinema 2016
Gênero, Raça e Loucura: O que aconteceu à Miss Nina Simone2016 •
This paper is a critical analysis of the representation about gender, race and madness in the documentary "What happened, miss Nina Simone?" (2015). The film pretended to tell Nina Simone´s life story through her point of view, however her complexity, personality and voice do not appear in the narrative. In the film, we watch the photos and discourse of her daughter and her ex husband about her and her voice is erased. The plot of the movie says that Simone was an indome genius, bad mother and wife, and crazy. This work aims to discuss the images of crazyness around an iconic personality like Nina Simone. Algo se torna real ao ser cinematografado? Em 2015, o audiovisual recebeu a alcunha de "ano das mulheres" por parte da audiência, devido à divulgação de narrativas focando representações femininas plurais. O cânone cinematográfico de franquias como Star Wars 3 e Mad Max 4 além de outros longas-metragens e seriados investiram em protagonistas mulheres respondendo ao público. Essas produções criaram expectativas sobre What happened, miss Nina Simone? What happened, dirigido e produzido por Liz Garbus, com produção executiva e participação da filha de Simone (Lisa Simone Kelly) e veiculado pela Netflix, foi indicado para a Academy Award na categoria "melhor documentário". Até o presente, apenas uma análise foi produzida e divulgada amplamente. Trata-se do ensaio: The Irresponsibility of 'What Happened, Miss Simone?', redigido por Tanya Steele, chefe executivo da organização "Save the children" 5 , cuja perspectiva de ativista pelos direitos humanos, é tanto sensível à apreciação da profundeza das feridas causadas a um sujeito colonizado num regime colonial, quanto demonstra compromisso político com as subjetividades, entendendo que estas são conectadas às injustiças, mas não se resumem a tal (Fanon, 1968). What happened, Miss Nina Simone? pretendeu dar voz à história da cantora estadunidense Nina Simone por ela mesma. Sendo a diretora uma mulher branca, sua própria condição lança um desafio inicial: como não transformar o discurso sobre o Outro numa "peça concreta" de silenciamento? (Kilomba, 2016). Tomando a metáfora da máscara usada pelos escravizados que os impedia tanto de comer o que plantavam/colhiam quanto de falar, Kilomba (2016) questiona: "O que o sujeito Negro poderia dizer se a sua boca não estivesse tampada? E o que é que o sujeito branco teria que ouvir?". Embora possamos pensar na obsolescência da máscara como peça, podemos considerar os mecanismos simbólicos que impedem que o sujeito negro fale por si mesmo e denuncie sua condição. Quanto ao filme, apesar de ser composto por uma fortuna de materiais pessoais como: fotos, diários, entrevistas em áudio e vídeos que trazem Simone ao centro de sua própria história, é notável que sua complexidade identitária, bem como certos pontos de vista (a família e as amigas de Nina, por exemplo) e questionamentos acerca da biografia que explicariam relações de causa/ consequência, resultam em deixar a protagonista fora do campo de enquadramento. A voz de Nina Simone não expressa o que o sujeito branco "teria que ouvir", mas o que eles querem ouvir. Quando me refiro a sujeito branco, foco uma posição política, um modo de interpretar o mundo que está interessado em negar o passado colonial e reforçar a naturalização do discurso racista. Segundo Steele (2015), as escolhas na composição da obra privilegiaram a narrativa do abuso sob a ótica do ex-marido que, nas palavras de Simone, "apontou uma arma na minha cabeça, ameaçou-me de morte e depois me estuprou" (idem). A maioria dos trechos dos diários-aos quais temos acesso via grafia e voz-são desabafos em que a cantora descreve as agressões, ora culpando-se, ora afirmando prazer. Esses trechos não são problematizados em nenhum momento, o que acaba fortalecendo o imaginário colonial de que o corpo negro, em especial, da mulher Negra, é uma "força indomável da natureza" e de que, portanto, é natural que o poder opressor, a fim de contê-lo, violente. Para Steele (2015), o conjunto de escolhas que compõe a obra cinematográfica é totalmente irresponsável, porque erige a imagem de um gênio (em particular) a partir de aspectos que buscam deslegitimar essa genialidade (coletivamente). A complexidade de Simone foi reduzida a "o que aconteceu ao bebê de Nina", que não tinha maturidade para elaborar o relato além do ressentimento nem de compreender o universo adulto (Steele, 2015). Não há enquadramentos em que Simone quebrasse a quarta parede ou mesmo em que mostrasse quem a está entrevistando. Essas imagens laterais dela falando "sozinha", expressando suas angústias pelo canto e pela dança, acentuam traços estigmatizados de raça e loucura, já que desbotam a genialidade e lançam luz ao modo caricatural de representar seu aspecto de mulher Preta 6 .
Resumo: Este artigo é a tradução do primeiro capítulo do livro " Plantation Memories: Episodes of Everyday Racism " (Memórias do Plantation: Episódios do Racismo Cotidiano) da escritora, teórica, psicóloga e artista inter-disciplinar Grada Kilomba. O episódio aqui traduzido inicia-se com a descrição de um instrumento de tortura que pode ser tomado como símbolo das políticas de silenciamento do colonialismo: A máscara, que ao tapar a boca do sujeito Negro, impedia-o de falar. A partir da apresentação deste instrumento, a autora discute através de um prisma psicológico a construção da Negritude como alteridade e os motivos pelos quais a boca de escravizados(as) tinha que ser mantida fechada, além do que o sujeito branco seria obrigado a ouvir caso a boca do sujeito Negro não estivesse vedada. Apesar da língua materna da escritora ser português, seu livro foi escrito e lançado em inglês, mas ainda não foi traduzido integralmente para língua portuguesa, o que também nos diz muito sobre (tentativas de) silencimentos e a importância desta tradução.
Jurema Werneck: do Morro dos Cabritos à Anistia Internacional: trajetória, resistência e ativismo pela saúde das mulheres negras
Jurema Werneck: do Morro dos Cabritos à Anistia Internacional: trajetória, resistência e ativismo pela saúde das mulheres negras2019 •
Este capítulo compõe o Livro: INTELECTUAIS NEGRAS: vozes que ressoam, organizado por Viviane Gonçalves Freitas e publicado pelo Selo PPGCOM/UFMG, coleção Olhares Transversais, é resultado de um esforço conjunto das alunas e dos alunos da disciplina “Gênero, raça e classe: o debate na comunicação”, ministrada no segundo semestre de 2018, no Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM/UFMG).
Resumo: Este artigo é a tradução do primeiro capítulo do livro "Plantation Memories: Episodes of Everyday Racism " (Memórias da Plantation: Episódios do Racismo Cotidiano) da escritora, teórica e artista interdisciplinar Grada Kilomba. O episódio aqui traduzido inicia-se com a descrição de um instrumento de tortura que pode ser tomado como símbolo das políticas de silenciamento do colonialismo: A máscara, que ao tapar a boca do sujeito Negro, impedia-o de falar. A partir da apresentação deste instrumento, a autora discute através de um prisma psicológico a construção da Negritude como alteridade e os motivos pelos quais a boca de escravizados(as) tinha que ser mantida fechada, além do que o sujeito branco seria obrigado a ouvir caso a boca do sujeito Negro não estivesse vedada. Apesar da língua materna da escritora ser português, seu livro foi escrito e lançado em inglês, mas ainda não foi traduzido integralmente para língua portuguesa, o que também nos diz muito sobre (tentativas de) silenciamentos e a importância desta tradução. Esta tradução faz parte do dossiê Tradução e Negritude da revista Cadernos de Literatura em Tradução da USP. http://www.revistas.usp.br/clt/issue/view/8670/showToc
territórios imateriais do racismo - dinâmicas interraciais filmicas
territórios imateriais do racismo - dinâmicas interraciais filmicas2019 •
2018 •
O objetivo central deste estudo foi investigar e analisar a branquitude nos movimentos feministas através da intersecção, principalmente sob as perspectivas de raça e gênero. Partindo da inquietação sobre como a branquitude se apresenta nos movimentos feministas e da repercussão deste conceito na construção do pensamento acerca das lógicas hegemônicas raciais intragênero nestes contextos, buscou-se compreender os processos de subjetivação e racialização da pessoa branca e, consequentemente, a localização das feministas brancas na luta antirracista nos feminismos. A pesquisa fundamentou-se em produções e epistemologias dos feminismos não hegemônicos e estudos críticos da branquitude, aproximando-se, principalmente, das mulheres negras, com a abordagem interseccional e descolonial. A pesquisa de campo foi desenvolvida a partir de dois direcionamentos: o primeiro consistiu da observação participante nos diversos eventos e espaços feministas que assumem o compromisso de luta antissexista, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, e o segundo, da realização de entrevistas semi-estruturadas com cinco mulheres que se identificam como feministas e pessoas brancas dispostas a dialogar sobre sua condição racial, na tentativa de compreensão dos (des)dobramentos associados à postura de reconhecimento dos privilégios raciais, vantagens e direitos dessas mulheres no âmbito das práticas feministas, além das repercussões ecoadas. Para a análise dos dados, foram utilizados três eixos norteadores: (1) os movimentos feministas; (2) os processos de subjetivação e racialização de feministas brancas; e (3) a branquitude nos movimentos feministas. Conscientizar-se e refletir sobre esse desconforto representa um desafio para as feministas brancas, uma vez que ele evidencia as dificuldades (ou mesmo impossibilidades) de aproximações de pautas entre os feminismos hegemônicos e os feminismos não hegemônicos. As interpelações tecidas a respeito do lugar racial privilegiado ocupado por feministas brancas necessitam ser elaboradas na perspectiva de torná-las capazes de incorporar não apenas as análises sobre opressões de gênero, mas, também, de situá-las em marcadores raciais, interseccionando a questão racial nos estudos realizados.
Somos Bantu: Multiplicidades, Agência e Ancestralidade no Centro Espírita São Sebastião
Somos Bantu: Multiplicidades, agência e ancestralidade no Centro Espírita São Sebastião2019 •
RESUMO: O Centro Espírita São Sebastião é uma comunidade de terreiro de matriz bantu, que possui na trajetória de Cecília Félix dos Santos, sua matriarca fundadora, fundamental contribuição. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada na convivência com a comunidade de terreiro do CESS, busco neste trabalho trazer algumas reflexões sobre como essa se sustenta em seu dia a dia e ao longo de sua história, à luz da trajetória de Cecília, relatada a mim por Pai Guaraci e outros integrantes da família do CESS. Busco também apontar para as estratégias e parcerias da comunidade de terreiro do CESS, atentando para seus movimentos criativos e a multiplicidade de seus agenciamentos, os quais têm de lidar continuamente, tanto no tempos de Cecília quanto nos dias mais atuais (mas sob distintas formas), com as investidas e violências agenciadas pelo projeto universalista que se pretende hegemônico: cristão, branco e patriarcal. Neste sentido, busco me voltar às transformações da malha urbana em que o CESS se encontra inserido, junto aos marcadores sociais de gênero, raça, classe e pertença religiosa, que incidem sobre seus agentes e sobre as comunidades religiosas afro-brasileiras de matriz bantu de uma maneira geral, situadas que estão às margens, e tendo como lideranças religiosas mulheres negras, que são as rainhas, madrinhas e mães de santo dentro de sua genealogia espiritual. ABSTRACT: The “Centro Espírita São Sebastião” is a bantu religious community (terreiro), that has as its main reference Vó Cecília, founder and matriarchy of the CESS. Parting from an ethnographic research, built on the daily coexistence within this terreiro community, I seek in this work to explore and to produce reflections about how is it sustained, through the time and everyday life, parting from the trajectory of Vó Cecília, reported by Guaraci and other CESS’s “sons”. We also seek to point out to the strategies and partnerships engaged by this afro-religious community, which has to deal continuously with the universalist project: christian, white and patriarchal, and its associated forms of violence, played whether in Cecília’s trajectory, but also nowadays, but from distinct ways. We seek to turn our attention on to the urban context in which CESS and its agents are embedded, talking about social marginalization, provoked by the race, gender, class and religious belonging’s references, that affect the reality of bantu religious communities, as well as the trajectory and lives of them religious leaders, majority represented by black women, held and worshipped as queens, “mães de santo” e “madrinhas”, of this religious matrix.
E-book Pedagogias Transgressoras
Gênero, Sexualidade e Educação - Pedagogias Transgressoras2019 •
Revista Leitura
Rompendo silêncios: narrativas afrodescendentes no Brasil e na Alemanha Breaking the silence: afrodescendant narratives in Brazil and in Germany2019 •
2019 •
Artes e instituições culturais: reflexões sobre branquitude e racismo. Revista Percursos - UDESC - v. 20, n. 44
DOSSIÊ Arte e descolonização como um mecanismo de defesa na obra de Grada Kilomba2019 •
2019 •
2019 •
2017 •
Souza, Priscila do Rocio Oliveira de,
CELEBRANDO CORPOS, DEBATENDO MOVIMENTOS – A SEXUALIDADE DA MULHER NEGRA DAS REDES ÀS FESTAS NEGRAS EM SP2018 •
Monography paper
ENUNCIADOS RACISTAS NA LUTA ANTISSEXISTA: O CONCEITO INTERSECCIONAL DE LUGAR DE FALA COMO FERRAMENTA POLÍTICA DE (DES)LEGITIMAÇÃO DE DISCURSOS2018 •
2019 •
(TRANS)INSURGÊNCIAS POLÍTICAS: (RE)EXISTÊNCIAS EM REDE
DEVIR SELVAGEM A ARTE DO GRITO (OU DO GRITO NA ARTE) FALAR, OUVIR E GRITAR SÃO VERBOS, É AÇÃO: UM BREVE PANORAMA2019 •
2019 •
1982 •
2019 •
Intelectuais negras: vozes que ressoam
A voz que incomoda a Casa Grande: a escrevivência de Conceição Evaristo e a desobjetificação dos sujeitos pesquisados2019 •
2019 •