Uma garota olha para a câmera enquanto uma mulher e um guarda compram alguma coisa em uma vendinha na Tailândia. Uma mulher passa pela porta do bar El Siglo, no Uruguai. Um senhor abraça suas filhas enquanto é observado por um cachorro e um grupo de crianças, que parecem notar a presença do fotógrafo.
Uma série de instantes construídos na inesperada interação entre esses diferentes personagens e que o designer mineiro Santana Dardot captura na sua primeira exposição fotográfica. "Para-si" será inaugurada hoje e pode ser visitada até o dia 21 de abril no Restaurante 2013, na rua Levindo Lopes, na Savassi.
"A intenção das fotos não era a exposição, mas acabei percebendo uma linha entre elas", confessa Dardot. Fundador e um dos diretores da agência de publicidade digital Tom+Sapien, ele afirma ter a fotografia apenas como um hobby. "Para-si" apresenta sete fotos que Santana, filho da artista Liliane Dardot, tirou durante viagens ao Uruguai, Chile (em longos percursos feitos de bicicleta) e Tailândia.
Segundo ele, o seu olhar como fotógrafo, assim como o dos personagens nas cenas capturadas, criam uma relação e se tornam o início de uma narrativa.
"As histórias acabam ultrapassando o instante em que aconteceu a foto e eu começo a imaginar o desdobramento delas", explica. Dardot se assume como um invasor da cena daquelas pessoas e acaba se tornando um personagem ele próprio.
Com a aproximação de sua câmera DSLR, o fotógrafo "captura a energia de seus protagonistas e coadjuvantes pensando". É a partir dos conflitos entre esses pensamentos sugeridos no olhar que Dardot criou o substantivo "para-si" - similar a para-raio - referente a essa tensão encapsulada na fotografia, como um "momento entre um passado desconhecido e uma ação que vai acontecer", analisa.
Para Santana, o intrigante nesse congelamento presente nas fotos é que "as pessoas passam a existir ali não como corpos, mas como consciências", sintetiza.
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"Para-si" traz energias e tensões encapsuladas
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