O empresário Ingvar Kamprad, o fundador do gigante do mobiliário IKEA, que morreu este fim de semana com 91 anos, foi descoberto cadáver na cama pelos seus caseiros às duas da manhã de domingo, dia 28.
Segundo o emigrante português Carlos Quaresma, marido de uma sobrinha e também herdeira de Ingvar Kamprad, o empresário nonagenário terá desobedecido à recomendações dos médicos e insistiu, no passado sábado, em ir a uma reunião de trabalho em Estocolmo.
Ingvar padecia nos últimos dias com problemas respiratórios, mas ignorou todos os avisos dos médicos.
Segundo o mesmo emigrante português, a família suspeita que o fundador do IKEA tenha falecido com um aneurisma, mas aguardam o resultado da autópsia.
FUNCIONÁRIOS SERÃO HERDEIROS DE INGVAR KAMPRAD
O multimilionário, que deixa uma fortuna avaliada em 57 mil milhões de euros, segundo a revista Forbes, e que era o 8.º homem mais rico do mundo, vai doar 800 milhões e euros pelos cerca de 149.000 colaboradores espalhados por 49 países, recebendo cada um uma quantia próxima dos 5.400 euros.
TESTAMENTO IMPEDE HERDEIROS DE VENDER OU DIVIDIR O GRUPO IKEA
Além disso, no seu testamento, Ingvar Kamprad determinou que o grupo – e a fundação que entretanto criou para gerir o gigante de mobiliário prático que criou em 1947 - não poderá ser dividido ou vendido e terá que ser gerido por um colégio familiar, onde estarão os seus 4 filhos e também a sobrinha casada com o emigrante português.
Ingvar Kamprad será cremado e as suas cinzas serão depositadas numa pequena urna no jazigo de família no cemitério de Agunnaryd, a sua terra natal. Todas as bandeiras da Suécia estão içadas a meia haste, no funeral será emitido pelas televisões nacionais e estão garantidas as presenças de Carlos XVI Gustavo, Rei da Suécia, e do primeiro ministro Stefan Lofven.