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O deputado federal Fernando Francischini, do Solidariedade | Billy Boss/Câmara dos Deputados/Arquivo
O deputado federal Fernando Francischini, do Solidariedade| Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados/Arquivo

O deputado federal paranaense Fernando Francischini (SD) foi um dos parlamentares retaliados pelo presidente Michel Temer (PMDB) por ter votado a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista. Um dos cerca de 140 cargos que estão sendo redistribuídos por Temer era ocupado por um indicado de Francischini: Edson Wagner de Souza Barroso, (agora) ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná.

Diante da pressão de deputados que votaram pelo arquivamento da denúncia por corrupção passiva contra ele, Temer começou a demitir aliados de parlamentares que se posicionaram de forma contrária. A principal preocupação do presidente é que os deputados a favor dele em 2 de agosto mantenham essa postura em relação à provável segunda denúncia da PGR, que deve chegar à Câmara nos próximos dias.

Segundo Francischini, o indicado por ele no Incra é um policial civil do Distrito Federal, especializado em perícias ambientais e com mais de 30 anos de serviço público. “No começo do governo Temer, tentamos ajudar o presidente indicando técnicos que dessem uma guinada nas coisas. Tanto é assim que, por conhecer do assunto profundamente, o Edson conseguiu fazer o enfrentamento com o MST e não houve invasão de terras por um ano no Paraná.”

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O parlamentar afirmou ainda que, por não aceitar as chantagens do governo, o indicado por ele foi exonerado do cargo. “Votar a favor do Temer seria ir contra tudo que eu defendi até hoje na Câmara. Essa [retaliação] é a confirmação de que meu voto não está à venda. Cargos, emendas, ministérios, nada vai comprar meu voto”, disse.

As novas indicações para esse e dezenas de outros postos já foram feitas e estão em análise na Casa Civil. Além do Incra, houve exonerações nas direções regionais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Agência Nacional de Mineração (ANM).

“Só houve e só haverá demissão de parte das indicações de parlamentares que resolveram não se perfilar junto com o governo. Então, está se dando o tratamento correspondente ao que foi a iniciativa do parlamentar”, justificou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na última segunda-feira (28).

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