Miguel do Rosário e mais um caso de “delação premeditada”

Tempo de leitura: 3 min

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A Veja veio com o “roteiro” da ‘delação premeditada’ de Ricardo Pessoa

Folha confirma Guantanamo da Lava Jato

22 de fevereiro de 2015 | 11:09

por Miguel do Rosário, em seu blog

O Brasil recebeu hoje a confirmação de uma denúncia já veiculada pelo blog Conversa Afiada.

A jornalista Monica Bergamo, flor rara no pântano da nossa imprensa, revelou a rotina dos executivos mantidos presos por tempo indeterminado pelo juiz Sergio Moro.

Os presos da Lava Jato estão sendo mantidos em condições degradantes nas dependências da Polícia Federal do Paraná.

Permanecem amontoados, aos quatro, em cubículos minúsculos, usando um buraco no chão como latrina.

São obrigados a comer com as mãos.

São humilhados constantemente pelos agentes.

Agora se entende porque Sergio Moro ganhou um prêmio da Globo.

O neoliberalismo é assim. Para banqueiros, a proteção dos deuses. FHC liberou aos bancos, quebrados por incompetência e corrupção, mais de R$ 300 bilhões.

Para executivos de empresas que empregam centenas de milhares de pessoas, e que constituem um nó central da economia brasileira, o inferno dantesco.

Só quem tem vida boa na PF é Alberto Youssef, o único que foi preso e condenado diversas vezes, e que, por ser tucano e ter um advogado tucaníssimo, tem o privilégio até de receber uma bela fisioterapeuta na cadeia.

O objetivo, naturalmente, é torturá-los até que delatem o PT.

Como não aceitaram, então continuam presos, mesmo que ainda não pesem nenhuma condenação contra eles.

Tem um lugar que faz igualzinho: Guantanamo, a prisão americana na ilha de Cuba.

Os delatores, como Pedro Barusco, doente terminal, ou Paulo Roberto Costa, cuja família começou a ser integralmente perseguida, decidiram delatar, receberam imediatamente liberdade.

A imprensa e seu público fascistoide aplaudem, naturalmente.

Os pobres não são barbarizados? Então democratizemos a barbárie!

A demagogia fascista encontra em nossa mídia um terreno fértil para florescer.

Afinal, como explicava Joseph Pulitzer, inspirador do principal prêmio de imprensa e literatura nos EUA: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.

Só nos resta perguntar: o Brasil caminha para uma ditadura midiático-judicial?

Quem virá nos salvar?

PS do Viomundo: O próprio Miguel do Rosário enfrenta uma batalha desigual contra as Organizações Globo e precisa da ajuda dos internautas (ver aqui).

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Em nota, Edinho Silva rebate a Veja

Revista tenta, mais uma vez, relacionar recursos ilegais à campanha do PT

21/02/2015 – 17h28 / Por Agência PT

do site do PT

O ex-tesoureiro da campanha à reeleição de  Dilma Rousseff, deputado estadual Edinho Silva (PT), respondeu às acusações levianas publicadas na última edição da revista Veja. Em nota oficial, ele reafirmou a legalidade dos recursos utilizados na última disputa eleitoral. Como de costume, a publicação desvirtuou fatos para buscar relacionar o PT à ilegalidades. Leia a íntegra:

Nota à Veja

Mais uma vez a revista Veja levanta inverdades e acusa sem fundamento e provas.

A campanha de reeleição de Dilma Rousseff, reafirma que toda a sua arrecadação para campanha presidencial de 2014, foi realizada de forma ética e transparente, conforme previsto na legislação eleitoral.

Prova disso é a aprovação por unanimidade das contas da campanha pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após rigorosa auditoria.

A UTC, foi uma das doadoras da campanha presidencial, assim como foi de outras campanhas eleitorais, inclusive do PSDB, que teve como candidato o senador Aécio Neves.

A empresa efetuou doações em três datas diferentes no valor total de R$ 7,5 milhões para a campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff. As doações da campanha Dilma estão dentro do estabelecido pela legislação, conforme declarado e aprovado pelo TSE.

A campanha da presidenta Dilma Rousseff não recebeu doações da UTC efetuadas por intermédio do Partido dos Trabalhadores.

O deputado denuncia e repudia a tentativa da revista Veja de, a qualquer custo, vincular a campanha da presidenta Dilma às investigações efetuadas na Petrobras, chegando à tentativa de criminalizar doações legais. Sem qualquer fundamento coloca em suspeição as contas de campanha já auditadas e aprovadas pelo órgão máximo da Justiça Eleitoral desse país.

Edinho Silva- Deputado estadual

Leia também:

Depois de um espetáculo de subserviência, Cardozo agora acusa Veja de mentir


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Comentários

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renato

O PT dizer que a VEJA mente, de nada adianta.
A Dilma dizer que a VEJA mente, de nada adianta.
O LULA dizer que a VEJA mente, de nada adianta.
O que a VEJA fala é verdade, e ponto final.
Nem se mudar a lei quantica do Universo, isto não
mudará…
O Governo de esquerda, que representa os trabalhadores
a muito não conseguem mudar esta situação…
Imutável, como o olhar da Veja e da rede Globo.
Votamos para mudar isto, e não conseguimos…

Sérgio

A prova que muitos estão esperando não vai aparecer´por que
certamente não existe. Talvez, depois de muita degradação sur-
ja uma denúncia desesperada e dramática, mas prova verda-
deira eu duvido.

Elias Haddad Filho

Resposta à pergunta: “Quem virá nos salvar?”
Com nossa crise de políticos com cabelo no peito, apenas o Chapolim Colorado.

Sidnei Brito

No twitter, acho que no dia do primeiro turno de 2014, o jornalista Sérgio Léo mandou um post interessante, no qual dizia mais ou menos assim: “falar que Bolsonaro e outros são contra os Direitos Humanos não é crítica: é propaganda!”.
Este é o drama para lá de infeliz: acusar a “guantanamo da república do Paraná” só faz propaganda a favor do Dr. Moro.

Felipe Daltro

Interessante observar a metamorfose da retórica petista ao longo dos tempos. Há anos atrás, custaria a crer que um petista pudesse nutrir qualquer simpatia por donos de mega empreiteiras, cujos bilhões seriam prontamente atribuídos à extração da mais-valia em detrimento dos trabalhadores. Mas eis que agora lhe são atribuídos milhares de empregos e um papel central em nossa economia…

FrancoAtirador

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A PGR e o MPF precisam de uma política de comunicação
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Por Luis Nassif, no Portal GGN
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A Procuradoria Geral da República (PGR) é um órgão político, no sentido de que sua linha de atuação impacta politicamente o país. Desde o fim da gestão Geraldo Brindeiro ganhou uma autonomia inédita em relação aos poderes públicos, passando a atuar como um verdadeiro poder autônomo.
E nos últimos anos, tornou-se um poder subserviente às pautas da velha mídia. Precisa urgentemente recuperar sua independência.
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Como poder dentro do poder, deveria ter preocupações, para além dos autos, em esclarecer seus atos, explicar suas atitudes, justificar suas decisões, principalmente levando em conta os novos tempos de redes sociais e de formação descentralizada de imagem.
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Não existe uma política de comunicação social no órgão.
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A lógica do Secretário de Comunicação da PGR é a de que “não entramos em discussões desinformadas”.
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Ora, se o papel da comunicação social não for o de esclarecer a “desinformação”, qual seria?
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Não sei até que ponto ele define a comunicação social do órgão. Mas é a anti-comunicação.
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O mundo complexo do MPF
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Quem acompanha mais de perto a atuação do Ministério Público Federal encontra procuradores de primeira linha atuando em defesa de interesses difusos, combatendo a corrupção e o crime organizado, aprofundando acordos de cooperação internacional, tornando-se avalistas de decisões das cortes internacionais e dando efetividade a princípios constitucionais.
Mais que isso: há uma elite de pensadores jurídicos ajudando a formar jurisprudência no país.
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Há também exibicionistas jogando para a plateia.
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É um mundo complexo, legalista, formal, corporativista no bom e no mau sentido, em que as prerrogativas do procurador são a garantia de independência mas, também, um aval para abusos.
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É um equilíbrio difícil, mais difícil ainda é explicar para o mundo externo, o que exige princípios de comunicação social sofisticados para se apresentar ao público.
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Hoje em dia, por variadas razões, acusa-se o MPF de partidário, de ter viés nas investigações, de ser pautado pela velha mídia – sem levar em conta que são grupos empresariais, com interesses comerciais muitas vezes pouco nítidos.
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Por que as ligações da Abril com Carlinhos Cachoeira nunca foram investigadas?
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Por que passaram em branco as denúncias de livros que denunciavam o PSDB com abundância de provas?
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Por que o juiz Sério Moro tornou-se um herói nacional e o juiz Fausto De Sanctis demonizado?
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Por que não foram apurados os crimes de vazamento de inquéritos sigilosos?
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As dúvidas sobre a Lava Jato
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Agora mesmo, na Lava Jato, o PGR está sendo acusado de impor o terrorismo econômico e quebrar o país.
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Quais os limites de sua atuação e de suas prerrogativas? Por que o PGR nada fez contra os vazamentos seletivos da Lava Jato?
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Cada vez que critico o MPF tenho que enfrentar uma avalanche de argumentos
e de críticas de um querido grilo falante de minhas relações.
Não compete ao MPF encontrar saídas ou salvar empresas;
na ação de improbidade administrativa, tem que se fixar um valor, e foi o que os procuradores fizeram;
questões sistêmicas precisam ser tratadas pelo Executivo, não pelo PGR;
o papel do MPF é combater a corrupção, não o de se preocupar com o PIB.
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Essa mesma montanha de dúvidas aconteceu no “mensalão”.
O inquérito do MPF apontou desvio de R$ 75 milhões da Visanet.
Foram apresentados inúmeros documentos comprovando que esse desvio não ocorreu.
Ocorreu ou não?
Em nenhum momento a Comunicação Social da PGR saiu a campo para esclarecer esses pontos, porque não participa de discussões “desinformadas”.
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Ora, a partir do momento em que a PGR e o MPF tornaram-se protagonistas de ponta tem que haver uma preocupação com a opinião pública ampliada.
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Nenhum brasileiro minimamente informado tem dúvida de que a cobertura da mídia é enviesada, obedecendo a seus interesses políticos e comerciais.
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A capacidade que a mídia ganhou de “pautar” o Ministério Público conferiu um poder espúrio aos grupos de mídia.
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Por exemplo, por décadas a Globo negocia o carnaval com bicheiros;
Neguinho da Beija Flor pode saudar a contravenção por financiar o carnaval.
E nada acontece.
Basta um comentarista da Globo lançar dúvidas sobre o financiamento de uma escola por um ‘paiseco’ qualquer, acaba virando uma representação.
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É para isso que a Constituição criou tantas garantias para o MPF?
Para se tornar um Braço de Grupos de mídia?
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É mais que hora do PGR e do MPF entenderem a importância de se legitimarem perante a opinião pública em geral, independentemente de cor partidária.
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Tem que reconquistar sua independência, não mais em relação a governos e partidos, mas em relação à Mídia.
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(http://jornalggn.com.br/noticia/a-pgr-e-o-mpf-precisam-de-uma-politica-de-comunicacao)
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andre

azenha, falando do HSBC:
http://br29.com.br/psdb-movimentou-us-1768-milhoes-em-conta-secreta-no-hsbc-entre-1996-e-2000/
PSDB movimentou US$ 176,8 milhões em conta secreta no HSBC entre 1996 e 2000
O HSBC está no centro de um vasto escândalo de fraude fiscal e lavagem de capitais e é objeto de uma investigação penal na Europa toda.
(Por Portal Metropole)

Duas grandes roubalheiras que comprometeram o progresso e o desenvolvimento do povo paranaense para favorecer políticos corruptos pode ser desvendado no caso Suiçalão. A quebra do Banestado e a venda do Bamerindus seguiram roteiros parecidos, favorecendo verdadeiras quadrilhas organizadas em torno da política local, estadual e nacional.

Na verdade, os maiores ladrões do Brasil não estão nas penitenciárias e delegacias, mas soltos, nas colunas sociais.
O Bamerindus, em 1997, presidido na época por José Eduardo de Andrade Vieira, sofria ataques sistemáticos da mídia e boatos sobre possível inadimplência. Em alguns setores e corredores palacianos dava-se como certa a “quebra do Bamerindus”. Entretanto, a realidade era outra, o banco paranaense tinha 1.241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das maiores e rentáveis seguradoras do país.

O que aconteceu para que o banco fosse entregue de mão beijada ao HSBC? Hoje, finalmente, o livro “Privataria Tucana” revela os bastidores da campanha para tirar o Bamerindus dos paranaenses: o ex-ministro das Comunicações, Sérgio Motta, havia pedido 100 milhões de reais ao banqueiro José Eduardo de Andrade Vieira como doação para a campanha de FHC. O banqueiro disse não, embora colocasse avião com piloto à disposição da campanha e fizesse outras doações em dinheiro.

Meses depois da campanha o HSBC recebeu dinheiro do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – na surdinha – para comprar o Bamerindus: 431,8 milhões de reais do Banco Central foram entregues ao HSBC para reestruturar o Bamerindus e saldar dívidas de reclamações trabalhistas. Além do dinheiro, o Banco Central limpou a parte problemática da carteira imobiliária, repassada para a Caixa Econômica Federal, que por sua vez recebeu 2,5 bilhões do Proer. Ou seja, o Brasil comprou o Bamerindus para o HSBC e o Paraná perdeu um dos maiores bancos do país.
Banestado
Com o Banestado o escândalo foi ainda maior. O maior desvio de dinheiro na história do Paraná chega a de 19 bilhões de reais durante o governo Jaime Lerner, com a quebra do Banestado, um dos bancos mais fortes e promissores do país, com 70 anos de trabalho financiando o progresso do nosso Estado. A “quebra” do Banestado foi um processo rápido e serviu para enriquecer quadrilhas organizadas e políticos de dentro e de fora do banco.

O Banestado foi quebrado numa espécie de “queima de arquivo” para esconder falcatruas e roubalheiras com o dinheiro público. O Doleiro Alberto Youssef preso na Operação Lava Jato nos anos que se seguiram confessou que entregava dinheiro vivo, fruto da roubalheira, ao ex-governador e deputados da sua base de apoio na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

Políticos como José Serra (PSDB) e Jorge Bornhausen (DEM) constam de relatórios da Polícia Federal que mostram a existência de ordens de pagamento e registros de movimentações financeiras do esquema de lavagem de US$ 30 bilhões por meio da agência bancárias do Banestado de Foz do Iguaçu (PR).
Entre 1996 e 2000, a conta do PSDB recebeu US$ 176,8 milhões

Um dos principais documentos é o dossiê AIJ 000/03, de 11 de abril de 2003, assinado pelo perito criminal da Polícia Federal Renato Rodrigues Barbosa – que chegou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com um carimbo de “confidencial”. O perito e o delegado José Francisco Castilho Neto identificaram pessoas físicas e jurídicas que estariam usando o esquema de remessa de dinheiro do Brasil para o exterior.
O dossiê AIJ000/03 traz a indicação de José Serra, o mesmo nome do ex-ministro da Saúde e ex-presidenciável tucano. O AIJ004 aponta apenas S. Motta, que os policiais suspeitam ser o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, que já morreu. **O dossiê AIJ001 mostra transações financeiras do senador Jorge Konder Bornhausen, então presidente nacional do PFL, hoje DEM, e do seu irmão Paulo Konder Bornhausen. Já o dossiê AIJ002 aponta o nome do empreiteiro Wigberto Tartuce, ex-deputado federal por Brasília.
No caso de José Serra, há extratos fornecidos pelo banco americano JP Morgan Chase. O nome do ex-ministro, que segundo relatório dos policiais pode ser um homônimo, surge em uma ordem de pagamento internacional de US$ 15.688. O dinheiro teria saído de uma conta denominada “Tucano” e sido transferido para a conta 1050140210, da empresa Rabagi Limited, no Helm Bank de Miami, nos EUA. Serra é apontado como o remetente dos recursos. Isto seria uma indicação de que ele teria poderes para movimentar diretamente a conta Tucano. Entre 1996 e 2000, essa conta recebeu US$ 176,8 milhões, segundo a PF.

Nigro

Condicoes degradantes? sim, as mesmas de todo preso brasileiro.

É uma prisao preventiva, processual, seja lá onque for. A audiência do min da justiça com advogados reforça a necessidade desta medida.

Delatem logo!

Pior é o comentário sobre os “executivos que geram empregos”.

São corruptos marginais. Merecem ser processados. Assim que a coisa andar, as provas estiverem anotadas e etc, eles saem e vao “responder em liberdade”

O remédio é amargo e mais uma vez vamos tomá-lo: impeachment.

Pena que o Brasil seja um doente terminal, incurável.

FrancoAtirador

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Ninguém virá nos salvar. Eis a questão:
Ou nós lutamos por nossa Salvação,
Ou ‘nos phodemos’ todos da Nação.
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