RIO - Os cariocas têm sentido no bolso o peso de tantas infrações de trânsito. A cada dez segundos, um motorista é penalizado na cidade do Rio. Em 2016, a arrecadação da prefeitura com multas de trânsito, tanto de radares quanto as aplicadas por guardas, bateu recorde: o caixa público embolsou R$ 242.608.210,74, segundo dados do Rio Transparente, portal que reúne informações oficiais sobre receitas e despesas do município. É o maior valor arrecadado desde que o Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor, em 1998. O montante também é 32,7% maior do que a arrecadação do ano anterior, de R$ 182.763.761,04.
Um crescimento que chama atenção e poderia até ser maior já que, em outubro do ano passado, a prefeitura desligou 365 equipamentos de fiscalização eletrônica. A medida foi tomada depois que cinco contratos com empresas responsáveis pela operação dos radares foram suspensos. A receita não subiu apenas devido à atualização de valores de multas. As infrações crescentes ainda são um problema. No mesmo período, o total de multas aumentou 5,7%, passando de 3.096.368 para 3.273.063.
A proposta de retirar os radares de velocidade em áreas de risco, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão no último dia 16, ainda não avançou. A CET-Rio informou que a definição das áreas vulneráveis em que a medida será necessária cabe ao governo do estado.
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