23/09/2015 15h48 - Atualizado em 05/02/2019 20h51

'Dieselgate': veja como escândalo da Volkswagen começou e as consequências

Denúncia surgiu em 2015, nos EUA, mas investigação só foi iniciada em 2009.
Acompanhe a cronologia e os desdobramentos do caso.

Do G1, em São Paulo

A Volkswagen está envolvida em um escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes em motores a diesel. A montadora admitiu que, para burlar inspeções, usou um programa de computador em 11 milhões de carros em todo o mundo.

O escândalo veio à tona em setembro de 2015, nos Estados Unidos, mas as suspeitas foram levantadas muito antes. Veja abaixo a cronologia do caso.

2004-2007 - EUA endurecem padrões
O governo dos Estados Unidos endurece os padrões para emissão de óxido de nitrogênio (NOx), um dos principais poluentes resultantes da combustão do óleo diesel. Na época, as autoridades reconheceram que os novos níveis seriam difíceis de serem cumpridos.


2009 - Volkswagen anuncia carros com diesel limpo
A Volkswagen começa as vendas dos modelos de carros a diesel que possuem um sistema diferente para cumprir regras de poluentes. Esses motores, chamados EA 189, dispensam o uso de ureia na mistura de gases e água, recurso mais comumente usado por outras montadoras e que ajuda a amenizar o efeito nocivo do óxido de nitrogênio.
 

 

2013 - Dados não batem
O baixo nível de emissões de veículos da Volkswagen com motores a diesel chama a atenção de um grupo independente, o Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT, em inglês), que decide estudar o sistema para mostrar como o diesel poderia ser um combustível limpo.

Junto com a Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos, eles começaram a analisar 3 carros: um Volkswagen Jetta 2012, um Volkswagen Passat 2013 e um BMW X5, rodando por cerca de 4.000 km entre a Califórnia e o estado de Washington.

Nos carros da Volkswagen, foi percebida uma grande diferença entre o nível de emissão de NOx (óxido de nitrogênio) observado no estudo nas ruas e os números dos testes oficiais, feitos em laboratório.


2014 - Governo dos EUA é alertado
O ICCT e a Universidade de West Virginia alertam a Agência de Proteção Ambiental (EPA), do governo americano, e o conselho de emissões da Califórnia (CARB) sobre a descoberta.

Na época, a Volkswagen afirmou que estudo era falho e culpou questões técnicas para os resultados. Mesmo assim, a empresa realizou um "recall branco" (quando não há obrigatoriedade e risco à segurança) de 500 mil carros nos EUA, prometendo resolver o caso, mas sem sucesso.

A CARB e a EPA continuaram a tentar encontrar o motivo das diferenças de dados em laboratório e nas ruas.


2015 - Software é descoberto
A EPA descobre que um software instalado na central eletrônica dos carros da Volkswagen altera as emissões de poluentes nesses veículos apenas quando são submetidos a vistorias.

O dispositivo rastreia a posição do volante, a velocidade do veículo, há quanto tempo está ligado e a pressão barométrica, baixando os poluentes emitidos quando reconhece uma condição de teste. Em condição normal de rodagem, os controles do escape são desligados e os carros poluem mais do que o permitido.


18 de setembro de 2015 - Volkswagen é acusada
O governo dos Estados Unidos acusa a Volkswagen de burlar os dados de emissões de gases poluentes a fim de atender à regulamentação do país, e abre um processo criminal.

Segundo a EPA, 482 mil veículos com motores a diesel violam os padrões federais, entre eles Jetta, Beetle (chamado de Fusca no Brasil), Golf, Passat e o Audi A3 --da marca que pertence ao grupo Volkswagen. Os veículos foram fabricados entre 2009 e 2015.


20 de setembro de 2015 - Montadora se desculpa
O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, divulga nota se desculpando pela má prática. "Pessoalmente e profundamente, lamento muito que tenhamos quebrado a confiança de nossos clientes e do público. A Volkswagen não tolera nenhuma violação, nem de leis, nem de normas", declara.


21 de setembro de 2015 -  'Ferramos tudo', diz CEO
O presidente da Volkswagen nos EUA, Michael Horn, é enfático em seu comentário sobre o escândalo: "Ferramos tudo. Nossa empresa foi desonesta", diz, durante o lançamento do novo Passat, em Nova York. Foi o primeiro evento da empresa desde a denúncia.

Michael Horn, presidente da Volkswagen nos EUA (Foto: Darren Ornitz/Reuters)Michael Horn, presidente da Volkswagen nos EUA (Foto: Darren Ornitz/Reuters)


22 de setembro de 2015 -  Fraude envolve outros países
A montadora admite que um dispositivo que altera resultados sobre emissões de poluentes não foi usado apenas nos EUA, mas em 11 milhões de veículos a diesel em todo o mundo, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo.

No entanto, não diz quais são os carros, nem em que países eles estão. O presidente Winterkorn torna a pedir desculpas, agora em vídeo.

 
23 de setembro de 2015 - 'Chefão' renuncia
Martin Winterkorn renuncia ao cargo de presidente-executivo do grupo e pede demissão da Volkswagem. No entanto, diz que não tem ciência de nenhum erro de sua parte. O conselho  da empresa também afirma que Winterkorn "não tinha conhecimento da manipulação de dados de emissões".

O então presidente da Porsche, Matthias Müller, assume o comando do grupo Volkswagen e anuncia uma reorganização.

24 de setembro de 2015 - Europeus vão refazer testes
O governo alemão diz que o país tem carros com motor 1.6 e 2.0 a diesel que possuem o software e que pretende refazer os testes de emissões de forma aleatória. França e Reino Unido também anunciam medidas semelhantes.


8 de outubro de 2015 - Depoimentos ao Congresso
Primeiro executivo da Volkswagen a depor sobre o caso no Congresso americano, o presidente da filial, Michael Horn, diz que soube no começo de 2014 que as emissões de automóveis a diesel da montadora não se ajustavam às normas dos EUA, mas acrescenta que se inteirou do software fraudulento "poucos dias antes" de uma reunião no dia 3 de setembro de 2015, entre a empresa e os reguladores americanos. O escândalo veio à tona no dia 18 daquele mês.
 

15 de outubro de 2015 - Recall de 8,5 milhões
A montadora informa que a campanha para reverter o problema começará no início de 2016 e afetará unidades das marcas Volkswagen, Audi, Seat e Skoda vendidas em 28 países. E que a atualização do software está em desenvolvimento na Alemanha.


21 de outubro de 2015 - Escândalo chega ao Brasil
A Volkswagen do Brasil anuncia que 17 mil unidades da picape Amarok, ano 2011 e 2012, possuem o dispositivo que burla os testes de emissões e que fará o recall em 2016. Veja quais unidades precisarão atualizar o software da unidade de comando do motor.


28 de outubro de 2015 - Primeiro prejuízo e foco em elétricos
O grupo VW anuncia seu primeiro prejuízo trimestral em pelo menos 15 anos. O resultado é afetado pela reserva de € 6,7 bilhões para cobrir custos com a fraude.

No mesmo dia, no Salão de Tóquio, o primeiro evento do tipo após o escândalo, a Volkswagen volta a se desculpar e afirma que o futuro está nos carros elétricos.


2 de novembro de 2015 - Porsche é envolvida
O órgão regulador ambiental dos Estados Unidos (EPA) diz que encontrou indícios de que a Volkswagen instalou controles fraudulentos em veículos da Porsche e Audi, com motores 3.0, em modelos de 2014 até 2016.
 

Novembro de 2015 - Multa do Ibama e do Procon-SP
No dia 12, a filial brasileira da Volkswagen é multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em R$ 50 milhões. Para o órgão, ao assumir que vendeu no país carros com o software que altera dados em vistorias de emissão de poluentes, a montadora também burlou o programa de testes do Ibama, invalidando as licenças recebidas.

No dia 16, o Procon-SP anunciou multa de R$ 8,3 milhões à montadora.


14 de novembro de 2015 - Motores a gasolina sob suspeita
Em um segundo capítulo do escândalo, a Volkswagen informa que 4 motores a gasolina têm dados sob suspeita. Nesse caso, é o nível de dióxido de carbono (CO2) que está sendo questionado. A lista de 430 mil unidades do ano 2016, inclui o 2.0 TFSI que equipa Golf e Passat.

Um mês depois, a montadora afirma que testes feitos pela empresa não encontraram provas de manipulação do nível de CO2, mas apenas uma leve diferença nos dados de emissão. Cerca de 36 mil carros deverão ter os números do catálogo alterados.

Atual CEO da Volkswagen, Matthias Müller, fala sobre escândalo (Foto: REUTERS/Nigel Treblin)Matthias Müller assumiu a presidência do grupo em meio a escândalo (Foto: REUTERS/Nigel Treblin)


Novembro de 2015 - Compensação financeira nos EUA
A Volkswagen lança um programa de compensação nos EUA, oferecendo aos clientes que tenham carros com motor TDI (turbodiesel) um cartão com US$ 500 de crédito para livre uso e mais US$ 500 para serem usados na concessionária.


2 de dezembro de 2015 - Bosch é processada
A fornecedora de autopeças alemã Bosch é acusada de conspirar com a Volkswagen, em  ação movida por um proprietário de veículo a diesel de Nova York. Em estágio inicial, a investigação não tem evidências de conduta ilegal.


12 de dezembro de 2015 - Fraude começou em 2005, diz Volks
Em comunicação oficial, o grupo Volkswagen afirmou que a fraude nos motores a diesel teve origem em 2005, com a adoção de uma tática agressiva no segmento diesel para o mercado americano, mas ainda não há provas de envolvimento de membros da diretoria ou do conselho. Novo CEO, Matthias Müller, diz que situação "não é dramática, e sim tensa".


5 de janeiro de 2016 - Multa bilionária?
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entra com processo judicial civil contra a Volkswagen, alegando violação da legislação sobre a pureza do ar. As alegações implicam penalidades que podem custar até US$ 48 bilhões, segundo estimativas.


11 de janeiro de 2016 - Novo pedido de desculpas
Em viagem aos EUA, o novo presidente executivo, Matthias Müller, pede desculpas publicamente e anuncia um investimento de US$ 900 milhões no país. "Não somos uma marca criminosa", afirma o executivo, ao responder perguntas de jornalistas em evento na véspera do Salão de Detroit.





18 de janeiro de 2016 - Processos de acionistas
Dezenas de grandes acionistas da Volkswagen pretendem processar a montadora em um tribunal alemão, buscando compensação pela derrocada de suas ações devido ao escândalo de fraude em testes de emissões de poluentes.


29 de janeiro de 2016 - Recalls começam
Quatro meses após o escândalo estourar, a Alemanha dá sinal verde para o início do recall dos carros a diesel do grupo Volkswagen no país. Na Europa estão 8,5 milhões dos 11 milhões de veículos que possuem a fraude.

Nos EUA, no entanto, a solução proposta pela marca não é aprovada de imediato. Lá estão cerca de 600 mil veículos afetados.


2 de março de 2016 - Humorista invade apresentação
Um humorista britânico invade o palco durante a apresentação da Volkswagen à imprensa no Salão de Genebra. Simon Brodkin estava vestido de mecânico e se deitou perto de um carro, dizendo que iria instalar a "caixa da trapaça". Foi o mesmo comediante que jogou dólares no ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Comediante interrompe apresentação da Volkswagen em Genebra (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)Comediante interrompe apresentação da Volkswagen em Genebra (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

3 de março de 2016 - E-mails
A Volkswagen revela que seu ex-presidente Martin Winterkorn recebeu, em maio de 2014, mais de um ano antes da explosão do escândalo, um relatório que o deixava ciente das suspeitas sobre o caso, embora não se saiba se ele leu o documento.


9 de março de 2016 - Presidente da Volks EUA sai
O presidente da Volkswagen nos EUA, Michael Horn, deixa o cargo. Horn ficou conhecido pela declaração "Nós ferramos tudo", sobre o escândalo, e foi o primeiro executivo do grupo a depor no Congresso americano, negando saber da fraude antes de ser alertado pelo governo.

Dias antes da saída dele, o governo dos EUA anunciou que investiga também se a Volkswagen abusou dos benefícios fiscais norte-americanos, já que ofereceu crédito a compradores dos veículos envolvidos no escândalo.


15 de março de 2016 - Processo no Brasil
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão do Ministério da Justiça, abre processo administrativo contra a Volkswagen do Brasil, por indícios de infrações contra o consumidor, que podem gerar multa de R$ 8,5 milhões.

Amarok (Foto: Caio Kenji/G1)Amarok (Foto: Caio Kenji/G1)


23 de junho de 2016 - Prejuízo
A Volkswagen informa que teve um prejuízo de 1,3 bilhão de euros em 2015. A montadora diz ter separado 7,8 bilhões de euros para recomprar e reparar os veículos fora das legislações ambientais. E outros 7 bilhões para cobrir custos com multas e processos legais no mundo inteiro.
 

Agosto de 2015 - Coreia do Sul barra vendas
O governo da Coreia do Sul suspendeu a licença de venda de 83 mil carros do grupo Volkswagen e multou a companhia em US$ 16 milhões.Segundo o ministério do Meio Ambiente, a montadora falsificou a documentação sobre níveis de emissões de poluentes nesses carros, e também do nível de ruído. Parte disso se refere aos veículos a diesel envolvidos no "dieselgate".


23 de junho de 2016 - Acordo com consumidores nos EUA
Volkswagen fecha acordo para pagar US$ 10 bilhões para por fim a processos movidos por consumidores nos EUA com carros equipados com motor 2.0 diesel. Os clientes poderão escolher entre revender o veículo para a montadora ou levá-lo ao recall para conserto.



Julho de 2016 - Volks diz que Brasil não tinha software ativo
A Volkswagen afirmou que completou novos testes internos com a picape Amarok - único modelo no mercado brasileiro dentro do escândalo dos motores a diesel - e constatou que o dispositivo fraudulento não está ativo nos veículos vendidos no Brasil. Mas o Ibama disse que a investigação só terminaria no fim do ano.
 

28 de setembro de 2016 - Família inédita de carros elétricos
Montadora revela, no Salão de Paris, o primeiro conceito da inédita família de carros elétricos, dizendo que ele "vai mudar sua história". O compacto deve chegar às lojas em 2020.

 

20 de dezembro de 2016 - Acordo no Canadá
A Volkswagen e o órgão que fiscaliza as atividades industriais irregulares no Canadá anunciaram que a empresa deve pagar 2,1 bilhões de dólares canadenses, o equivalente a US$ 1,57 bilhão, para compensar consumidores daquele país. O acordo é semelhante ao dos EUA.


Janeiro de 2017 - Executivo condenado na Coreia do Sul
Um executivo da filial sul-coreana da Volkswagen foi condenado a 1 ano e 6 meses de prisão por produzir documentos falsificados sobre a emissão de poluentes e nível de ruído, com objetivo de conseguir certificação para importar carros ao país.


6 de janeiro de 2017 - Sinal verde para recalls nos EUA
Mais de 1 após o escândalo vir à tona, a montadora recebe aval do governo dos EUA para começar o conserto dos carros de clientes envolvidos no escândalo e que optarem por não revendê-los às marcas.


7 de janeiro de 2017 - Executivo preso nos EUA
O FBI prende um executivo da Volkswagen por acusação de conspiração para fraudar os EUA no "dieselgate". Oliver Schmidt, que comandou o departamento de "compliance" regulatório da empresa.

Imagem de Oliver Schmidt, da Volkswagen no aeroporto de Miami, após a prisão (Foto: Broward County Sheriff's Office/Reuters)Imagem de Oliver Schmidt, da Volkswagen no aeroporto de Miami, após a prisão (Foto: Broward County Sheriff's Office/Reuters)


10 de janeiro de 2017 - Novo acordo bilionário
A Volkswagen disse que pagará US$ 4,3 bilhões em multas para encerrar processos na esfera civil e criminal nos EUA. A montadora afirmou que também irá se declarar culpada pela conduta criminosa e será supervisionada por um monitor independente nos próximos 3 anos.

Número 1 do mundo em vendas
No mesmo dia em que divulgou acordo, a fabricante anunciou que bateu seu recorde de vendas, em 2016. O volume seria superior ao da rival Toyota, dando à Volkswagen o título de número 1 do mundo.


11 de janeiro de 2017 - Executivos denunciados nos EUA
Seis executivos da Volkswagen foram denunciados e poderão responder criminalmente pela fraude dos motores a diesel da montadora nos EUA. Entre eles está Oliver Schmidt, preso pelo FBI. Os demais estão na Alemanha.


Março de 2017 - Ibama contesta Volkswagen e mantém multa
Oito meses após a montadora dizer que o dispositivo que frauda emissões não estava ativo nas 17 mil unidades da Amarok no Brasil, o Ibama divulgou resultados de testes que contestaram a informação, manteve a multa de R$ 50 milhões e a determinação de que a empresa faça o recall.

Além disso, o instituto informou que os testes apontam possível violação em outros veículos e prometeu investigar o caso.

A Volkswagen tornou a recorrer da decisão do Ibama, mas anunciou o recall em abril.


Abril de 2017 - Terceiro acordo nos EUA
A montadora concorda em pagar mais US$ 157 milhões para indenizar 10 estados, incluindo Nova York, Massachusetts e Pensilvânia, e assim saldar as penas por violar as normas sobre emissão de gases poluentes.


Maio de 2017 - Quarto acordo nos EUA
Montadora aceita pagar US$ 1,2 bilhão para consertar ou recomprar 80 mil carros com motor 3.0 diesel.


Julho de 2017 - Mais uma multa nos EUA
A Volkswagen concorda em pagar mais US$ 154 milhões ao estado da Califórnia, além dos US$ 533 milhões acertados anteriormente.


Setembro de 2017 - Indenização no Brasil
A Volkswagen foi condenada, em 1ª instância, a pagar um total de R$ 1,09 bilhão de indenização aos 17.057 proprietários das picapes Amarok no Brasil que têm o dispositivo que fraudava emissões. A montadora disse que iria recorrer.


18 de setembro de 2017 - 2 anos do escândalo
No aniversário de 2 anos do "dieselgate", estudo de revista especializada em meio ambiente diz que 5 mil mortes ao ano na Europa por consequência de poluentes do diesel podiam ser evitadas se as emissões fossem, de fato, no mesmo nível do apontavam os testes.


Setembro de 2017 - Executivo da Audi preso na Alemanha
Prisão foi ligada ao escândalo. Justiça não deu o nome, mas mídia alemã diz se tratar de Wolfgang Hatz, que era responsável pelo desenvolvimento de motores da Audi entre 2001 e 2007.


Setembro de 2017 - Prejuízo com fraude chega a US$ 30 bilhões
Montadora anuncia que vai separar mais US$ 3 bilhões para cobrir despesas com reparos por causa da fraude, só na América do Norte. Assim, a "conta" do escândalo na região já chega a US$ 30 bilhões em penalidades e ressarcimentos, além do custo para consertar ou recomprar os veículos afetados nos EUA.


6 de dezembro de 2017 - Executivo preso nos EUA é condenado
Oliver Schmidt, que foi preso provisoriamente em janeiro daquele ano, foi condenado a 7 anos de prisão pelo "dieselgate". Ele era chefe do departamento que deveria cumprir as normas regulatórias nos EUA.


Janeiro de 2018 - Acusada de testar efeitos do diesel em macacos
Volkswagen, Daimler (dona da Mercedes-Benz) e BMW, além da Bosch, foram acusadas de testar efeitos do diesel em macacos e também em humanos. Um dia depois da reportagem do "The New York Times" sobre o caso, a Volkswagen suspendeu o chefe de relações públicas e prometeu que haveria "consequências internas".
 

Janeiro de 2018 - Novo recorde de vendas
A Volkswagen comemorou um novo recorde anual de carros entregues - a empresa não usa o termo "vendas". O volume em 2017 somou 6,23 milhões de unidades em todo o mundo, 4,2% acima de 2016. O título de campeã é disputado com a Aliança Renault-Nissan.


Março de 2018 - 'Mar' de carros guardados
Imagens mostram um dos lugares nos EUA onde a Volkswagen abriga parte dos 300 mil carros recomprados de clientes atingidos pelo escândalo.

Maio de 2018 - Winterkorn é indiciado
O ex-presidente mundial da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi acusado formalmente de fraude e conspiração pela Promotoria de Justiça dos EUA O processo afirma que ele e outros 5 executivos.

 

Março e novembro de 2018 - Processo coletivos na Europa
A Volkswagen começa a enfrentar a ação judicial movida por um grupo de clientes alemães, através de um dispositivo legal criado especificamente após o "dieselgate", e também no Reino Unido.


12 de abril de 2018 - Nova troca de presidente
Matthias Muller deixa o comando do grupo Volkswagen e é substituído por Herbert Diess. , que era até então o presidente da marca. Diess afirma que vai aprofundar mudança, e não fazer revolução.

Herbert Diess, na primeira entrevista coletiva como presidente do grupo Volkswagen (Foto: Fabian Bimmer/Reuters)Herbert Diess, na primeira entrevista coletiva como presidente do grupo Volkswagen (Foto: Fabian Bimmer/Reuters)

 


Junho de 2018 - Multa de 1 bi de euros na Alemanha
A Promotoria de Braunschweig, na Alemanha, impôs uma multa de 1 bilhão de euros para o grupo Volkswagen. A montadora alemã acatou a decisão.

 

Outubro de 2018 - Multas para Audi
A Procuradoria de Munique multa a Audi em 800 milhões de euros.

 

Janeiro de 2019 - Diretores da Audi indiciados
Depois do ex-presidente Martin Winterkorn, a Justiça dos EUA indiciou 4 diretores da Audi pelo dieselgate.

 

Fevereiro de 2019 - Terceira multa no Brasil
O Departamento de Proteção ao Consumidor conclui processo administrativo contra a Volkswagen determinando uma multa de R$ 7,2 milhões, a terceira da montadora no Brasil por conta do "dieselgate".

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