O Brasil precisa investir aproximadamente R$ 200 bilhões para atingir a penetração de banda larga de 90% em dez anos. O montante inclui investimentos tanto da iniciativa privada como do governo, este último essencial para criar políticas de incentivo para levar a internet para as áreas remotas e pouco ou nada atraentes para os provedores de serviço de telecomunicações, conforme explicou Marcos Aguiar, diretor do BCG, em palestra durante o Painel TeleBrasil, que ocorre nesta semana em Brasília.
O especialista deixou claro que os subsídios são essenciais para viabilizar a oferta de internet banda larga nas regiões mais remotas. "Investimentos históricos da indústria precisam ser incrementados em 38% para democratização da banda larga. Os R$ 15 bilhões investidos pelas operadoras não são suficientes para a expansão desejada", sinalizou.
Ainda de acordo com Aguiar, a viabilização dos investimentos e o aumento da penetração da banda larga passam por dez princípios regulatórios, incluindo o compartilhamento de infraestrutura, o valor percebido pelos usuários e empresas e a garantia de competição. "É preciso reconhecer que há regiões em que há baixa atratividade e não tem espaço para nenhum player e conseguirão assegurar [a banda larga] por meio de subsídios. As melhores práticas mundiais para aumentar o dinamismo e a atratividade do setor apontam para financiar áreas que não são atraentes."
O diretor do BCG criticou, mais uma vez, a alta carga tributária do setor e a baixa rentabilidade da indústria, cujo retorno ficou em 4% em 2016, abaixo do que investidores podem obter em outros investimentos. Assistam a apresentação do diretor da BCG, Marcos Aguiar.
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"Conectividade significativa exige pararmos de reproduzir nossas desigualdades", diz a coordenadora de estudos setoriais do Cetic.br, Graziela Castello.
Operadora riograndense, Coprel Telecom, vai usar o recurso para construir uma rede de 410 KM de fibra óptica para as conexões de escola e 82 Km de rede de alta capacidade para interligar 2000 mil residências com banda larga.
Reformulado pela União Internacional de Telecomunicações, índice avalia cobertura, tráfego, preço e qualidade das conexões fixas e móveis em 169 países.
Cronograma prevê, agora, que o prazo final será junho de 2025.
Operadora regional está usando as faixas secundárias de 2,6GHz e 700 Mhz para a oferta de serviços em 37 comunidades desconectadas.