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Dilma afirma que irá tratar mulheres que fazem aborto como uma 'questão de saúde'
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DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
No primeiro ato de campanha em São Paulo, após o início do segundo turno, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que, como presidente, não tratará mulheres que fazem aborto como uma "questão de polícia", mas como uma "questão de saúde".
Em discurso feito na noite de ontem à militantes do PT e de movimentos sindicais, Dilma tentou estabelecer uma diferença entre suas posições pessoal e política sobre o aborto.
"Eu quero dizer para vocês que eu, como pessoa, sou contra o aborto. Agora, eu, como presidente da República, não fecharei os olhos para as mulheres que, em momento de desespero, cometem atos extremos e que, em alguns deles, colocam em risco a própria vida. Como presidente, eu não tratarei essas mulheres como questão de polícia. Eu tratarei como questão de saúde", afirmou Dilma.
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A fala da petista foi toda fundamentada na tese de que a distribuição de renda é um instrumento de "resgate das famílias". Nessa linha, sobre a questão do aborto, que incomoda a candidatura de Dilma há duas semanas, a presidenciável do PT pregou "uma campanha, que una todas as igrejas, e que assegure às mulheres desse país, em qualquer estágio de gravidez, que elas poderão criar seus filhos".
Antes de Dilma falar, o pastor Marco Feliciano, recém eleito deputado federal do PSC, subiu ao palanque e defendeu a petista. Faz parte da estratégia da campanha do PT colocar lideranças religiosas para debater rumores de que Dilma é favorável ao aborto. "O Brasil é um país cristão e permanecerá um país cristão. Eu peguei nas mãos dela [Dilma] e senti paz", afirmou o pastor.
Dilma disse ser vítima de "falsidades, de calúnia e difamação". "Esse projeto que eu represento é o verdadeiro projeto a favor da vida. Esse projeto colocou na ordem do dia o resgate da família brasileira", afirmou a petista.
"Nos temos que ter consciência que, ser a favor da vida, é garantir que nenhuma criança, nenhum adolescente, nenhuma mulher grávida, se sinta desamparada e entre em desespero", disse Dilma.
CIRO GOMES
Ainda no evento de ontem o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), recém agregado à coordenação da campanha de Dilma subiu em um palanque para atacar os adversários da petista. Logo no início de sua fala, Ciro afirmou ter como "tarefa" atacar a "imundice do PSDB e do DEM".
"Estamos aqui entre militantes, então não preciso convencê-los a votar na Dilma. Entretanto, talvez seja minha tarefa, eu que não fui candidato a nada, que não tenho papas na língua, falar sobre uma das campanhas mais imundas, mais sujas, mais desonestas que já se viu. Essa é a nossa tarefa", disse o deputado.
Ciro também defendeu o amplo leque de alianças da campanha petista, que conta com o PMDB. "Me questionam sobre as contradições das alianças [do PT]. Se há contradições, não é pior do que a imundice que cimenta a tradição do PSDB e do DEM", atacou Ciro.
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