Sul

 

Aspectos Gerais

 

Estados da Região Sul

Capital: Porto Alegre
Extensão Territorial: 268.781,896 km²
Quantidade de municípios: 469
População: 10.693.929 habitantes
Densidade demográfica: 39,8 hab./km²
Participação no PIB regional: 39,9%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,832
Santa Catarina:

Capital: Florianópolis
Extensão territorial: 95.703,487 km²

Quantidade de municípios: 293

População: 6.248.436 habitantes

Densidade demográfica: 65,3 hab./km²

Participação no PIB regional: 23,6%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,840

 

Paraná: 
Capital: Curitiba
Extensão territorial: 199.316,694 km²
Quantidade de municípios: 399
População: 10.444.526 habitantes
Densidade demográfica: 52,4 hab./km²
Participação no PIB regional: 36,5%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,820
Características Gerais:
 
Área total: 577.214 km²
População (2000): 27.384.815
A população começou a crescer significativamente somente a partir do século XIX. Antes disso, a Região Sul se encontrava quase que completamente desabitada, exceto pelos povos nativos. O governo queria facilitar o controle e administração da região e temia a invasão de países vizinhos, caso a região continuasse desabitada. Portanto, o governo promoveu uma política de povoamento que atraiu imigrantes, principalmente de origem europeia.
Densidade demográfica (2000): 43,46 hab./km²
 
Principais cidades: Curitiba, Porto Alegre, Joinville, Florianópolis, Londrina e Caxias do Sul.
Aspectos físicos

Vegetação: A vegetação da região sul, acompanha o clima e se adapta ao frio. Nas regiões mais frias, de  planalto, encontra-se a Mata dos Pinhais ou de Araucárias; na região da Serra do Mar podemos encontrar a Mata Atlântica; e na região da Campanha Gaúcha ou Pampa no Rio Grande do Sul, os Campos de Gramíneas. 
 
Mata das Araucárias.



Relevo: O relevo no Sul do Brasil se caracteriza pelas Depressões, Planaltos e Planícies. O relevo dessa região é dominado por duas divisões: o Planalto Brasileiro e o Planalto Atlântico (também denominado planalto Cristalino, abrange os estados Paraná e Santa Catarina. Suas elevações formam os “mares de morros”) e o planalto Meridional (recobre a maior parte do território da Região Sul do Brasil, alternando extensões de arenito com outras extensões de basalto formando um solo raro). Em Santa Catarina, a planície costeira é estreita, principalmente no norte, e dessa forma continua pelo litoral paranaense, onde forma praias, dunas ou ainda restingas.
 
Ponto mais elevado: Pico do Paraná (1992 metros de altitude)
 
Pico do Paraná.
 
Hidrografia: Tanto a serra do Mar quanto a Serra Geral estão localizadas próximas do litoral.  Dessa forma, o relevo da região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios segue de leste para oeste. Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia  do rio Uruguai, ambas subdivisões da Bacia Platina.

Rios Principais: Rio Panamá, Rio Jacuí, Rio Uruguai, Rio Pelotas e Rio Itajaí.
– Usinas Hidrelétricas: Itapuí (Rio Panamá), Machadinho (Rio Pelotas) e Itá (Rio Uruguai).

 
Usina Hidrelétrica de Itapuí – Construída na fronteira entre Brasil e Paraguai.

 Clima: Com exceção do norte Paraná, o clima predominante na região sul é o clima subtropical – um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina  o que explica as baixíssimas temperaturas. São as mais baixas do Brasil e em alguns locais as temperaturas chegam à abaixo de zero, gerando geadas e neve. Esse tipo de clima que atraiu os imigrantes europeus, que contribuíram para o desenvolvimento da região no século XX.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos Sócio-Econômicos:
 

– IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,830.
– Taxa de Mortalidade Infantil: 15,1 a cada mil nascidos.
– Taxa de Analfabetismo: 5,5%.
– Expectativa de Vida: 75 anos.
– PIB total da região (2003): 386.758.428.000,00 reais.
– Renda per capita (2009): 21.215 reais.
– População em idade escolar (2010): 6.014.722

Turismo:
Praia da Guarita, localizada na cidade de Torres.
As cidades litorâneas possuem uma excelente infra-estrutura turística (aeroportos, pousadas, hotéis, parques, etc). As praias catarinenses e paranaenses se destacam pelas belezas naturais, principalmente no litoral catarinense. Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de arquitetura e costumes do período da colonização italiana e alemã (final do século XIX e início do XX) no Rio Grande do Sul, por exemplo (Serra Gaúcha).
Agricultura:

Os principais produtos agrícolas são: soja, trigo, arroz, algodão, cana-de-açúcar, laranja, uva, café e erva-mate.
Apesar de a pecuária ocupar a maior parte do espaço territorial sulista, a atividade econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a agricultura.
A atividade agrícola na região Sul teve início no litoral, na Campanha Gaúcha. Após a vinda de imigrantes europeus, foram desenvolvidas, principalmente, as policulturas com o uso de mão de obra familiar.
Recentemente, houve muitas mudanças na configuração do espaço agrário sulista. As policulturas deram lugar às monoculturas, a produção começou a se voltar para o mercado externo, as propriedades que anteriormente eram de pequeno e médio porte, tornaram-se grandes latifúndios e o trabalho deixou de ser predominantemente familiar para ser mecanizado. Tal processo gerou um êxodo rural e a migração de sulistas para outras regiões do Brasil.
     
 
 A região Sul continua desempenhando um grande papel na produção agrícola nacional. Sendo responsável pela produção de, pelo menos, 70% do trigo e da soja, 65% de uva e 50% do milho e do arroz.

. Indústria:

Cidade industrial em Curitiba.
O setor industrial da região sul, assim como praticamente todos os seguimentos econômicos, se destaca positivamente.
Na região estão inseridos diferentes tipos de indústrias, sobretudo têxtil e alimentícia, que utilizam 
como matéria-prima a produção agropecuária desenvolvida na região.

História da Indústria gaúcha:

A principal atividade econômica do Rio Grande do Sul durante o Império foi à
pecuária (charque). Esta era praticada de maneira extensiva e em grandes propriedades,
onde se situavam os melhores e mais valorizados campos de pastoreio e rebanhos do
estado. Situava-se abaixo da linha formada pelos rios Ibicuí e Jacuí e junto à fronteira com
o Uruguai, e tinha nas cidades de Rio Grande e Pelotas o papel de centro comercial. Nesta região, de melhores pastagens e melhores gados, situavam-se oito dentre os 10 municípios com maior rebanho bovino do país em 1920.

No período do Plano de Metas, o Rio Grande do Sul foi deixado de lado, no sentido
de que recebeu uma parcela insignificante dos investimentos do governo federal para a
promoção do desenvolvimento industrial. Nesse sentido, a década de cinqüenta foi um
período extremamente desfavorável para a indústria gaúcha, que cresceu não só abaixo da média nacional, mas significativamente aquém da taxa do complexo paulista.

A indústria paulista avança cada vez mais, e se consolida, em 1960, com 55,08% do valor da produção industrial do país. A par disso, para a indústria gaúcha, este é novamente um período de perda, que decresce de 8,59% para 7,13% do valor da produção nacional. Em termos de renda setorial, a indústria do Rio Grande do Sul que gerava 6,67% do total do país, declinou para 5,41% em 1960, perdendo 1,26 pontos percentuais.

Assim, tendo o Rio Grande do Sul uma estrutura industrial de pequenas fábricas e baixa acumulação de capital, o resultado da integração e da característica de grandes unidades de produção no centro do país, aptas a atender o mercado interno, foi novamente, a perda de participação a nível nacional de suas indústrias. Por outro lado, a indústria paulista continuava a crescer.

Da década 50 até 1970, a indústria gaúcha sofreu transformações significativas em
sua estrutura. Enquanto que em 1949, 84% da produção industrial gaúcha era gerada pelas indústrias tradicionais, em 1970 a participação caia para 61,3%. As indústrias dinâmicas, que em 1949 eram responsáveis por 16% da produção industrial do estado, chegaram a alcançar, no ano de 1970, quase 40% da produção (FEE, 1976, p.33). Apesar disso, a principal atividade industrial do estado, ao chegar os anos 70, continuou sendo a produção de bens de consumo não duráveis, ou tradicionais. Embora terem sofrido uma queda acentuada no período, os bens de consumo não duráveis ainda eram responsáveis por aproximadamente, metade do valor da produção industrial gaúcha em 1970.

Entretanto, a partir dos anos 70,  região ingressou em um intenso processo de industrialização em diferentes seguimentos, logo se tornou o segundo pólo industrial do país. 

Mais tarde, no fim dos anos 80 e início dos anos 90, não houve um crescimento expressivo, desse modo o parque industrial do nordeste quase que o superou. Porém, o crescimento do setor industrial ocorreu recentemente, com a migração de investimentos no setor, que proporcionou a instalação de empresas nacionais e estrangeiras que produzem automóveis, peças, suprimentos de informática, eletrodomésticos e bebidas.

Porcentagem de participação de cada região do Brasil no setor da indústria farmacêutica

Os incentivos para a instalação de diversas empresas na Região estão diretamente ligados aos benefícios fiscais oferecidos pelos estados inseridos no contexto e todo o conjunto de infra-estrutura que facilita a circulação de mercadorias, capitais e pessoas, além da proximidade com os parceiros comerciais do MERCOSUL (Argentina, Uruguai e Paraguai).

Com todos esses aspectos, o sul se encontra em uma condição privilegiada em relação ao restante do país, a região estabelece uma homogeneidade do setor industrial e isso favorece o crescimento igualitário dentro do território.


Aspectos Culturais:
Muitas cidades do sul do país foram fundadas por colonos alemães e italianos. Portanto, a cultura desta região é fortemente marcada pela influência cultural destes países europeus.
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo alegre e rico em tradições. A riqueza cultural do Sul é muito grande, um exemplo disso é Curitiba, nomeada em 2003 como capital da Cultura das Américas, instituída por organismos da ONU (Organização das Nações Unidas). 
As características culturais da região sul é fortemente influenciada pela cultura europeia. Ainda hoje, algumas cidades do Sul, celebram tradições e festas típicas, como a Oktoberfest, em Blumenau (SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), que atraem muitos turistas. Algumas cidades falam línguas estrangeiras e tem como pratos típicos comidas europeias.

Culinária: É marcante no Rio Grande do Sul e Santa Catarina o consumo do churrasco (carne bovina assada em espetos), o chimarrão (bebida quente feita com as folhas e talos tostados da erva-mate, tomada em cuias de cabaça e canudos com filtros metálicos, as “bombas”), o pinhão (semente do pinheiro-do-paraná), a polenta, e outros pratos típicos dos imigrantes. Já culinária paranaense se caracteriza pelo barreado, um cozido de carne; peixes de água doce; churrasco; pinhão, soja, charque entre outros.



Principais problemas ambientais na Região Sul:


– Áreas desertificadas, devido a exploração pecuária durante séculos; 

A região da campanha, também conhecido como pampa gaúcho se caracteriza por elevações suaves e alongadas, as coxilhas. Nesta região é praticada a pecuária, ou seja, o cultivo do gado. O solo é desertificado em algumas partes da Campanha devido ao abuso de máquinas agrícolas, adubos químicos e pisoteio do gado.

 

– Pisoteio do gado nas matas destruindo as novas árvores.

– O cultivo de florestas com espécies não-nativas, que alteram os ecossistemas;

Para reflorestamento, extração de madeira, etc. muitas espécies não-nativas são cultivadas fora de seu ecossistema. Por não terem predadores naturais, essas espécies podem se multiplicar sem controle, tornando-se assim uma praga, como é o caso do Eucalipto. Por não terem uma boa relação com a floresta nativa, podem competir desigualmente pelo espaço, chegando até matar as espécies nativas, como é o caso da Leucena, que em seu habitat natural com pouca água, desenvolveu uma substância que impede o crescimento de outras espécies ao seu redor, para evitar a competição pela água escassa.

– Extinção de espécies.

Caça e destruição de habitat.

– Desmatamento.




– Exploração ilegal e predatória dos ecossistemas;

Descumprimento de leis ambientais em prol do crescimento econômico.

 
– Processos erosivos que criam voçorocas e desmoronamentos de encostas;


– Uso excessivo de produtos tóxicos, venenos e pesticidas.

 Desfertilização do solo por conta da alta exploração do solo. O solo se gasta. 


– Destruição das matas ciliares.

 Provoca escassez da água, erosão, assoreamento e perda de nutrientes do solo, perda da qualidade    da água impede a formação de corredores naturais e causa enchentes. 


 

– Plantio de grãos “transgênicos”

 Promove mudanças genéticas em plantas naturais, modificando habitat natural, modificando os    solos, desmatando áreas para plantio de transgênicos.

– Queimadas, erosão, falta de curvas de nível.



– Poluição dos rios etc…
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