Aspectos Gerais
Estados da Região Sul
Santa Catarina:
Capital: Florianópolis
Extensão territorial: 95.703,487 km²
Quantidade de municípios: 293
População: 6.248.436 habitantes
Densidade demográfica: 65,3 hab./km²
Participação no PIB regional: 23,6%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,840
Vegetação: A vegetação da região sul, acompanha o clima e se adapta ao frio. Nas regiões mais frias, de planalto, encontra-se a Mata dos Pinhais ou de Araucárias; na região da Serra do Mar podemos encontrar a Mata Atlântica; e na região da Campanha Gaúcha ou Pampa no Rio Grande do Sul, os Campos de Gramíneas.
Mata das Araucárias. |
Pico do Paraná. |
Tanto a serra do Mar quanto a Serra Geral estão localizadas próximas do litoral. Dessa forma, o relevo da região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios segue de leste para oeste. Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas subdivisões da Bacia Platina.
– Rios Principais: Rio Panamá, Rio Jacuí, Rio Uruguai, Rio Pelotas e Rio Itajaí.
– Usinas Hidrelétricas: Itapuí (Rio Panamá), Machadinho (Rio Pelotas) e Itá (Rio Uruguai).
Usina Hidrelétrica de Itapuí – Construída na fronteira entre Brasil e Paraguai. |
Clima: Com exceção do norte Paraná, o clima predominante na região sul é o clima subtropical – um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina – o que explica as baixíssimas temperaturas. São as mais baixas do Brasil e em alguns locais as temperaturas chegam à abaixo de zero, gerando geadas e neve. Esse tipo de clima que atraiu os imigrantes europeus, que contribuíram para o desenvolvimento da região no século XX.
Aspectos Sócio-Econômicos:
– IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 0,830.
– Taxa de Mortalidade Infantil: 15,1 a cada mil nascidos.
– Taxa de Analfabetismo: 5,5%.
– Expectativa de Vida: 75 anos.
– PIB total da região (2003): 386.758.428.000,00 reais.
– Renda per capita (2009): 21.215 reais.
– População em idade escolar (2010): 6.014.722
Turismo:
Praia da Guarita, localizada na cidade de Torres. |
As cidades litorâneas possuem uma excelente infra-estrutura turística (aeroportos, pousadas, hotéis, parques, etc). As praias catarinenses e paranaenses se destacam pelas belezas naturais, principalmente no litoral catarinense. Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de arquitetura e costumes do período da colonização italiana e alemã (final do século XIX e início do XX) no Rio Grande do Sul, por exemplo (Serra Gaúcha).
. Indústria:
Cidade industrial em Curitiba. |
como matéria-prima a produção agropecuária desenvolvida na região.
História da Indústria gaúcha:
A principal atividade econômica do Rio Grande do Sul durante o Império foi à
pecuária (charque). Esta era praticada de maneira extensiva e em grandes propriedades,
onde se situavam os melhores e mais valorizados campos de pastoreio e rebanhos do
estado. Situava-se abaixo da linha formada pelos rios Ibicuí e Jacuí e junto à fronteira com
o Uruguai, e tinha nas cidades de Rio Grande e Pelotas o papel de centro comercial. Nesta região, de melhores pastagens e melhores gados, situavam-se oito dentre os 10 municípios com maior rebanho bovino do país em 1920.
No período do Plano de Metas, o Rio Grande do Sul foi deixado de lado, no sentido
de que recebeu uma parcela insignificante dos investimentos do governo federal para a
promoção do desenvolvimento industrial. Nesse sentido, a década de cinqüenta foi um
período extremamente desfavorável para a indústria gaúcha, que cresceu não só abaixo da média nacional, mas significativamente aquém da taxa do complexo paulista.
A indústria paulista avança cada vez mais, e se consolida, em 1960, com 55,08% do valor da produção industrial do país. A par disso, para a indústria gaúcha, este é novamente um período de perda, que decresce de 8,59% para 7,13% do valor da produção nacional. Em termos de renda setorial, a indústria do Rio Grande do Sul que gerava 6,67% do total do país, declinou para 5,41% em 1960, perdendo 1,26 pontos percentuais.
Assim, tendo o Rio Grande do Sul uma estrutura industrial de pequenas fábricas e baixa acumulação de capital, o resultado da integração e da característica de grandes unidades de produção no centro do país, aptas a atender o mercado interno, foi novamente, a perda de participação a nível nacional de suas indústrias. Por outro lado, a indústria paulista continuava a crescer.
Da década 50 até 1970, a indústria gaúcha sofreu transformações significativas em
sua estrutura. Enquanto que em 1949, 84% da produção industrial gaúcha era gerada pelas indústrias tradicionais, em 1970 a participação caia para 61,3%. As indústrias dinâmicas, que em 1949 eram responsáveis por 16% da produção industrial do estado, chegaram a alcançar, no ano de 1970, quase 40% da produção (FEE, 1976, p.33). Apesar disso, a principal atividade industrial do estado, ao chegar os anos 70, continuou sendo a produção de bens de consumo não duráveis, ou tradicionais. Embora terem sofrido uma queda acentuada no período, os bens de consumo não duráveis ainda eram responsáveis por aproximadamente, metade do valor da produção industrial gaúcha em 1970.
Entretanto, a partir dos anos 70, região ingressou em um intenso processo de industrialização em diferentes seguimentos, logo se tornou o segundo pólo industrial do país.
Mais tarde, no fim dos anos 80 e início dos anos 90, não houve um crescimento expressivo, desse modo o parque industrial do nordeste quase que o superou. Porém, o crescimento do setor industrial ocorreu recentemente, com a migração de investimentos no setor, que proporcionou a instalação de empresas nacionais e estrangeiras que produzem automóveis, peças, suprimentos de informática, eletrodomésticos e bebidas.
Porcentagem de participação de cada região do Brasil no setor da indústria farmacêutica
Os incentivos para a instalação de diversas empresas na Região estão diretamente ligados aos benefícios fiscais oferecidos pelos estados inseridos no contexto e todo o conjunto de infra-estrutura que facilita a circulação de mercadorias, capitais e pessoas, além da proximidade com os parceiros comerciais do MERCOSUL (Argentina, Uruguai e Paraguai).
Com todos esses aspectos, o sul se encontra em uma condição privilegiada em relação ao restante do país, a região estabelece uma homogeneidade do setor industrial e isso favorece o crescimento igualitário dentro do território.
Aspectos Culturais:
As características culturais da região sul é fortemente influenciada pela cultura europeia. Ainda hoje, algumas cidades do Sul, celebram tradições e festas típicas, como a Oktoberfest, em Blumenau (SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), que atraem muitos turistas. Algumas cidades falam línguas estrangeiras e tem como pratos típicos comidas europeias.
Principais problemas ambientais na Região Sul:
– Áreas desertificadas, devido a exploração pecuária durante séculos;
A região da campanha, também conhecido como pampa gaúcho se caracteriza por elevações suaves e alongadas, as coxilhas. Nesta região é praticada a pecuária, ou seja, o cultivo do gado. O solo é desertificado em algumas partes da Campanha devido ao abuso de máquinas agrícolas, adubos químicos e pisoteio do gado.
– Pisoteio do gado nas matas destruindo as novas árvores.
– O cultivo de florestas com espécies não-nativas, que alteram os ecossistemas;
– Extinção de espécies.
Caça e destruição de habitat.
– Desmatamento.
– Exploração ilegal e predatória dos ecossistemas;
Descumprimento de leis ambientais em prol do crescimento econômico.
– Uso excessivo de produtos tóxicos, venenos e pesticidas.
– Destruição das matas ciliares.
Provoca escassez da água, erosão, assoreamento e perda de nutrientes do solo, perda da qualidade da água impede a formação de corredores naturais e causa enchentes.
– Plantio de grãos “transgênicos”
muito legal