Esqueletos que sairão do armário no próximo governo

Tão logo Beto Richa deixe o governo dia 7 de abril para disputar o Senado alguns esqueletos podem surgir dos armários em que se mantiveram escondidos até agora. São situações sobre as quais pesam suspeitas de ilegalidade e que, mais dia menos dia, quem assumir o comando do estado terá de enfrentar. Pode ser já durante o curto mandato da vice-governadora Cida Borghetti, como também pode se arrastar para o período do próximo governador eleito.

O próximo governante terá de enfrentar questões que poderão ser enquadradas na categoria “herança maldita”:

  • decidir o que fará com a Companhia Paranaense de Securitização (ParanaSec), empresa de economia mista que tem o governo como majoritário com participação das pessoas físicas do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, do secretário de Comunicação Social, Deonilson Roldo, do diretor-geral da Fazenda, George Hermann, e do executivo Rogério Perna. A função da ParanaSec é negociar no mercado títulos de crédito que o governo detém. Algo como: se um contribuinte, por exemplo, deve (e não paga) R$ 100,00, companhia está autoriza a vender este crédito a valor menor; o comprador é que se encarregará de cobrar e lucrar com a operação. Até agora, três anos depois de criada, a companhia só pagou bons salários aos seus diretores e funcionários, acumulou prejuízos e foi pouco produtiva;
  • recuperar a ParanaPrevidência, de cujos fundos estão sendo retirados milhões por mês para tapar despesas que seriam de responsabilidade direta do Tesouro do Estado. Na marcha que vai, a previsão é de que a partir de 2029 haverá extrema dificuldade para a ParanaPrevidência custear aposentadorias e pensões do funcionalismo público;
  • enfrentar ações judiciais que vão questionar a composição dos Comitês de Indicação e Avaliação (CIA) instalados nas empresas públicas com faturamento anual superior a R$ 90 milhões. Copel, Sanepar, Compagas, Cohapar e Celepar estão incluídas. A esses comitês compete fazer o controle interno das companhias. Há uma peculiaridade considerada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como ilegal: seus membros não podem ser secretários de Estado e/ou outros agentes públicos. Mas para os Comitês criados, com salários de R$ 25 mil para cada membro, foram nomeados apenas secretários: Mauro Ricardo (Fazenda), Deonilson Roldo (Comunicação), Fernando Ghignone (Administração), Juraci Barbosa (Planejamento), Valdir Rossoni (Casa Civil) e Carlos Eduardo de Moura (Controlador Geral do Estado).

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