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NOSSO<br />
Blog:<br />
Jornal Comunitário Metropolitano<br />
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong><br />
Distribuição Gratuita<br />
AGROTÓXICOS<br />
TUMORES<br />
JÁ OCUPAM<br />
2ª POSIÇÃO<br />
DENTRE AS<br />
CAUSAS DE<br />
MORTES<br />
NO PARANÁ<br />
O ENVENAMENTO DE CASA COMUM • foi o tema da mesa redonda organizada pela ARAS CARITAS que divulgou dados<br />
alarmantes: No ano de 2017 as neoplasias foram a maior causa de morte para os municípios de Doutor Camargo e Floresta, e a<br />
segunda maior para Jandaia do Sul, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Maringá, Marumbi, Paiçandu, Paranacity e Sarandi. Página 2<br />
PREVISÃO DO TEMPO PARA 07 DE <strong>OUTUBRO</strong> • DIA DAS ELEIÇÕES<br />
CHUVA Mínima +12º<br />
E SOL Máxima +13º<br />
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO | PISO SUPERIOR | 44<br />
3<strong>03</strong>2-5023<br />
| <strong>MARINGÁ</strong>/PR
2 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1<br />
Editorial<br />
#ELENÃO<br />
Ligiane Ciola<br />
Faltam poucos dias para que o exercício do voto popular,<br />
faça calar toda discussão das frentes ideológicas posicionadas<br />
entorno do abismo político em que o país se encontra. E<br />
quando falamos de frentes ideológicas, não falamos só de<br />
partidos, mas da população em modo geral.<br />
Descontentes que desistiram de lutar, pensam que a violência<br />
e a opressão nos conduzirão na construção de uma nação<br />
para todos, mas só estão a pensar assim, porque buscam<br />
desesperadamente uma alternativa à uma situação que consideram<br />
injusta.<br />
Estão com os bolsos vazios depois de um período bom.<br />
Talvez a democracia ainda não tenha encontrado o caminho<br />
justo, mas fora dela é o abismo da ditadura e nós não merecemos<br />
viver nossos piores dias de novo.<br />
O cidadão que vive hoje sufocado pela crise econômica<br />
que devasta meio mundo, decidiu que essa tal democracia demorou<br />
para resolver seus próprios problemas e como todo<br />
ser que confia sua espiritualidade ao dinheiro, resolve que é<br />
hora de dar chance ao desconhecido, ao fascismo.<br />
Desconhecido para ele, que é vítima de um sistema de ensino<br />
que nunca privilegiou a formação do ser humano mas<br />
sim de profissionais bem treinados capazes de coisas incríveis<br />
que poderiam salvar o mundo, mas que normalmente<br />
servem só para enriquecer-lhes.<br />
Não há nada que se possa dizer de um sujeito que não ousamos<br />
pronunciar o nome, que piore sua péssima reputação<br />
em termos de ética, moral, humanidade e civilidade. Não espere<br />
que algo pior sobre ele apareça, pois já está no fundo do<br />
poço. “...esse dinheiro de auxílio moradia eu usava para comer<br />
gente”, disse à Folha de São Paulo em janeiro desse ano.<br />
É por tudo isso que não merece ser nominado. Não é um<br />
adversário político, é um inimigo do povo. Despreza aquilo<br />
que somos como nação. Despreza o negro, o nordestino, a<br />
mulher, o índio, o pobre, o operário, despreza a vida.<br />
#ELENÃO porque fascistas são criminosos. Fascismo não<br />
é opinião, é crime. Fascismo não merece concorrer nas eleições<br />
pois conspira contra a democracia. A democracia aceita<br />
tudo menos isso.<br />
O Fascista não é adversário, é inimigo. Temos que dar nome<br />
justo às coisas. Não é assim. Na Europa a apologia ao fascismo<br />
e ao nazismo é crime e mesmo assim, não estão livres<br />
de governos compostos por partidos provenientes da terceira<br />
via fascista, xenófobos e racistas.<br />
É estranho pedir unanimidade onde se repete que<br />
“toda unanimidade é burra”. Um amigo porém me alertou:<br />
“Olha que quem escreveu isso aí, era muito reacionário”, e<br />
sendo assim dizemos: Vamos nos unir num propósito.<br />
Votar a favor da democracia. Nele não.<br />
#ELENÃO é declaradamente racista. Não é um suposto homofóbico<br />
é declaradamente homofóbico. Não é um suposto<br />
machista; é declaradamente machista.<br />
Se você apoia uma pessoa assim, que se faz de burro, mas<br />
que na verdade é mal, está mostrando mais ao mundo quem<br />
você é, e como você pensa... Você é racista, homofóbico, machista,<br />
misógino, torturador, fascista e tudo o que ele diz ser?<br />
Não né. Então diga não a ele.<br />
Ele aposta na violência para combater a violência, mas esse<br />
jornal diz que “não existe paz sem justiça social”. #ELENÃO ◆<br />
OUANDO A POLÍTICA NÃO<br />
CONSEGUE DAR RESPOSTAS<br />
ÀS NECESSIDADES DA SOCIEDADE,<br />
PARTE DO POVO COMEÇAR<br />
A PROCURAR POR CULPADOS.<br />
ASSIM DESPERTA O FASCISMO<br />
Roberto Saviano<br />
ITÁLIA • O Rei da Itália,<br />
Vittorio Emanuele III de Savóia<br />
era muito bem protegido<br />
em sua casa de verão em<br />
San Rossore, quando assinou<br />
o documento escrito por Benito<br />
Mussolini que estabeleciam<br />
leis anti-hebraicos.<br />
Era dia 5 de setembro de<br />
1938. Antes de assinar e de dizer<br />
que compartilhava das<br />
ideias do Duce, havia permitido<br />
com muita indiferença<br />
que o governo fascista realizasse<br />
uma campanha midiática<br />
ferocíssima, cujos pontos<br />
centrais apareciam aqui e<br />
lá, a todo momento, nos jornais<br />
de todo o país.<br />
“Os Hebreus controlam os<br />
bancos” –“Os Hebreus são falsamente<br />
italianos porque na<br />
verdade nunca se integraram”<br />
– “Os Hebreus invadiram as<br />
nações europeias modificando<br />
suas identidades e introduzindo<br />
a usura” – “Os Hebreus<br />
são ricos e anti-italianos” –<br />
“Os Hebreus têm em mãos os<br />
jornais da esquerda” – “Os Hebreus<br />
boicotam a revolução nacional<br />
fascista contra os ricos<br />
que nos assediam”.<br />
Ao final desta enorme<br />
campanha midiática, a assinatura<br />
do Rei, foi recebida<br />
por grande parte do povo como<br />
coisa necessária para eliminar<br />
a “peste judaica”. No silêncio<br />
quase total, aquela assinatura<br />
autorizou também<br />
a implementação imediata<br />
de ações voltadas a defender<br />
a raça na escola fascista.<br />
Uma das primeiras ações,<br />
resultou na exclusão de todas<br />
as crianças, estudantes,<br />
professores e trabalhadores<br />
hebreus de todas as escolas<br />
do Estado. Na época, nasceu<br />
Manchete do jornal italiano “La Stampa” de <strong>03</strong> de Setembro de 1938<br />
Foto: www.metroct.it<br />
um mecanismo que até hoje<br />
nunca foi superado na Itália<br />
e que se se difundiu em várias<br />
partes do mundo. Erra<br />
quem pensa que o fascio tenha<br />
desaparecido, na verdade<br />
viveu períodos de letargo.<br />
Quando a política não<br />
consegue realizar os direitos<br />
e transformar a economia, reformulando<br />
a sociedade que<br />
sofre estagnada, essa passa a<br />
ter necessidade de encontrar<br />
um culpado, um inimigo,<br />
uma ameaça, um problema.<br />
A criação desse inimigo,<br />
na verdade não provem do povo,<br />
mas de ideologias antidemocráticas<br />
que não assumem<br />
a responsabilidade de ser oposição<br />
dentro das regras.<br />
O racismo não é algo, você<br />
pode afastar, não é um velho<br />
brilho superficial que ninguém<br />
quer mais sentir e que<br />
ninguém ousa pronunciar temendo<br />
de ser acusado de não<br />
entender o tempo presente.<br />
O racismo é uma pesquisa<br />
desesperada de identidade<br />
e se manifesta quando a<br />
política vem a falir.<br />
O racismo está crescendo<br />
agora no desastre da Itália,<br />
da Europa e de muitos países<br />
que passam por momentos<br />
de eleições.<br />
Quem acompanha os filhos<br />
à escola tem o grande dever<br />
de contar aquilo que<br />
aconteceu no dia 5 de setembro<br />
de 1938, mas sobretudo<br />
deve contar porquê e com<br />
qual método se chegou a excluir<br />
as crianças hebraicas da<br />
escola italiana.◆<br />
Foto Notícia<br />
FOTO:<br />
Breno Thomé Ortega<br />
• Coletivo Don´t Blink<br />
EXPEDIENTE:<br />
Registro 491.574 • Matricula B-51*<br />
Ano 1 • Edição <strong>10</strong><br />
Outubro de <strong>2018</strong><br />
Direção Geral: J. C. Leonel<br />
Jornalista Responsável: Ligiane Ciola (MTB 30014)<br />
Diagramação: Ricardo Rennó (ArtWork Com&Mkt)<br />
<strong>MARINGÁ</strong><br />
29/09<br />
No dia 29 de Setembro<br />
de <strong>2018</strong>, a manifestação<br />
“MULHERES CONTRA ELE"<br />
reúne cerca de 4.500 pessoas<br />
no centro de Maringá/PR.◆<br />
R. Itamar Garcia Pereira, 55 • Vila Santa Izabel • Maringá/PR<br />
(44) 3246-1769 • (44) 99713-0<strong>03</strong>0 • ofatomaringa@gmail.com<br />
Impressão: O Diário • Maringá/PR<br />
Tiragem: 5.000 Exemplares<br />
Distribuição: Gratuita<br />
*Periódico Registrado em 04/09/ <strong>2018</strong> no Cartório de Registro de Títulos e Documentos e no Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Maringá.<br />
Protocolado e Digitalizado sob Nº 491.574 e Matriculado no Livro "B", sob Nº 51. A opinião dos colunistas não representa necessariamente a posição<br />
editorial do Jornal O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>. Nos espaços publicitários contendo OFERTAS, PROMOÇÕES e/ou VALORES são de total responsabilidade dos anunciantes,<br />
e suas imagens são meramente ilustrativas. Reservamo-nos no direito de corrigir informações incorretas de digitação, diagramação e/ou erros gráficos.
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 3<br />
AROUIDIOCESE DE <strong>MARINGÁ</strong><br />
LANÇA ALARME CONTRA<br />
AGROTÓXICOS<br />
da Redação<br />
Tumores já ocupam a 2ª posição dentre<br />
causas de mortes no Paraná.<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • A Arquidiocese<br />
de Maringá, através<br />
da ARAS/Cáritas, realizou<br />
uma mesa redonda dia 26<br />
de setembro no auditório<br />
Dona Guilhermina para debater<br />
com a comunidade e<br />
a sociedade organizada, o<br />
uso excessivo de venenos<br />
no Brasil dando ênfase ao<br />
caso paranaense.<br />
O objetivo, lançar luz sobre<br />
uma questão de grande<br />
impacto socioambiental para<br />
a região de sua abrangência.<br />
Trata-se do alto índice<br />
de consumo de Agrotóxicos e<br />
suas consequências para o<br />
equilíbrio e a saúde das comunidades<br />
locais.<br />
O Presidente da ARAS /<br />
Cáritas de Maringá, Padre<br />
Emerson Cícero de Carvalho,<br />
apresentou um estudo relativo<br />
ao consumo de agrotóxicos<br />
no território da Arquidiocese<br />
de Maringá.<br />
“Estamos diante de um<br />
cenário socioambiental visivelmente<br />
degradado e que<br />
se encaminha para um colapso<br />
planetário. Isso é o<br />
que demonstra as diversas<br />
informações, resultantes de<br />
inúmeras pesquisas produzidas<br />
desde a metade do século<br />
passado, que apresentam<br />
o futuro pouco promissor<br />
que tem sido construído<br />
pela humanidade. Atualmente,<br />
as alterações ambientais<br />
são perceptíveis no<br />
cotidiano de todos e é notável,<br />
por exemplo, as alterações<br />
sofridas, nas últimas<br />
décadas, no regime de chuvas<br />
ou mesmo nas condições<br />
climáticas, além da redução<br />
do número e da qualidade<br />
de fontes de água potável<br />
e na perda da biodiversidade<br />
local, entre muitas<br />
outras”.<br />
O Brasil, desde o ano de<br />
2008, é o maior consumidor<br />
mundial de agrotóxicos,<br />
ultrapassando a marca<br />
de 1 milhão de toneladas<br />
kg/litros por ano. Entre os<br />
anos de 2005 e 2015 o mercado<br />
mundial de agrotóxicos<br />
teve um incremento de<br />
93% no consumo destes<br />
produtos e no Brasil este aumento<br />
foi de 190%. O estado<br />
do Paraná, desde o ano<br />
de 2009, é o terceiro estado<br />
que mais utiliza agrotóxicos<br />
em sua agricultura.<br />
A quantidade utilizada<br />
no período de 2012 a 2014<br />
representou uma média anual<br />
de 12,21Kg/ha, um consumo<br />
34,9% maior que o apresentado<br />
para o estado do<br />
Rio Grande do Sul neste<br />
mesmo período.<br />
No ano de 2015 o consumo<br />
de agrotóxicos no Paraná<br />
foi de <strong>10</strong>0.572,8 toneladas,<br />
e os municípios pertencentes<br />
à Arquidiocese de Maringá<br />
consumiram um montante<br />
de 5.093,4 toneladas<br />
destes produtos, o que correspondeu<br />
a um aumento<br />
de 27,5% em relação ao ano<br />
de 2013.<br />
Dos cincos municípios<br />
do Estado que apresentaram<br />
a maior relação entre o<br />
número de estabelecimentos<br />
que utilizaram agrotóxicos<br />
e o total de estabelecimentos<br />
do município, dois<br />
pertencem a nossa Arquidiocese:<br />
Floresta e Itambé.<br />
Dos quinze produtos mais<br />
consumidos no Paraná,<br />
quatro são proibidos na<br />
União Europeia (UE); em<br />
2017, o segundo agrotóxico<br />
mais consumido foi o Paraquate,<br />
proibido desde 2009<br />
na UE pelo altíssimo risco de<br />
contaminação, e por provocar<br />
morte devido a necrose<br />
dos rins e a morte das células<br />
dos pulmões.<br />
A média nacional per capta<br />
do consumo de agrotóxicos<br />
por ano é de 7,3 litros e<br />
para o estado do Paraná esta<br />
média é de 8,7 litros. No ano<br />
de 2015, assustadoramente,<br />
9 municípios da Arquidiocese<br />
tiveram médias superiores<br />
a 30 litros de agrotóxicos/pessoa/ano,<br />
conforme<br />
demonstra a tabela abaixo:<br />
DADOS DE CONSUMO • LITRO POR PESSOA • 2015<br />
(Cálculo: quantidade de agrotóxicos consumido no município / número habitantes)<br />
MUNICÍPIOS LITRO / PESSOA / ANO MUNICÍPIOS LITRO / PESSOA / ANO<br />
São Jorge do Ivaí 75,20 Uniflor 13,76<br />
Ourizona 61,09 São Pedro do Ivaí 11,60<br />
Ivatuba 46,82 Presidente Castelo Branco 7,81<br />
Floraí 45,80 Mandaguaçu 7,48<br />
Atalaia 39,26 Jandaia do Sul 7,36<br />
Marialva 38,74 Nova Esperança 6,61<br />
Floresta 35,36 Paiçandu 3,91<br />
Itambé 31,01 Inajá 2,97<br />
Kaloré 30,31 Mandaguari 2,81<br />
Doutor Camargo 23,84 Paranacity 2,63<br />
Cruzeiro do Sul 18,83 Maringá 1,32<br />
Bom Sucesso 14,60 Sarandi 1,18<br />
Marumbi 14,32 Fonte: Observatório do Agrotóxico UFPR (19/07/<strong>2018</strong>)<br />
VOCÊ TAMBÉM PODECONTRIBUIR<br />
COM A REDUÇÃO DO USO DE VENENOS<br />
• Contribua com a coleta de assinaturas;<br />
• Denuncie o uso de agrotóxicos e a pulverização aérea que causa danos a<br />
moradias, comunidades, criações, culturas, mananciais e recursos de água.<br />
Os números para as denúncias são: ADAPAR (44) 3245-4448<br />
Ministério Público (44) 3226-0484 e IAP (44) 3226-3665<br />
• Não realize capina química em seu terreno urbano ou propriedade rural;<br />
• Consuma e produza produtos orgânicos.<br />
No Estado do Paraná são<br />
notificados, em média, 830<br />
casos por ano de intoxicação<br />
por agrotóxicos, entretanto<br />
a Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) estipula que para<br />
cada 1 caso notificado outros<br />
50 são subnotificados.<br />
Entre os anos de 2013 e<br />
2017 foram registrados 450 casos<br />
de intoxicação por agrotóxicos<br />
na Arquidiocese de Maringá,<br />
sendo, respectivamente,<br />
os municípios com maior incidência:<br />
Maringá, Marialva, Jandaia<br />
do Sul, Sarandi, Mandaguari,<br />
Bom Sucesso e Itambé.<br />
Outro fator alarmante<br />
corresponde às causas de óbito.<br />
As neoplasias (tumores)<br />
ocupam a segunda posição<br />
dentre as causas de óbito no<br />
Paraná e apresentam taxas<br />
crescentes desde a década de<br />
1990, onde 224 municípios<br />
do Paraná (56%) evidenciaram<br />
taxas superiores à média<br />
do estado.<br />
No ano de 2017 as neoplasias<br />
foram a maior causa<br />
de morte para os municípios<br />
de Doutor Camargo e Floresta,<br />
e a segunda maior para<br />
Jandaia do Sul, Mandaguaçu,<br />
Mandaguari, Marialva, Maringá,<br />
Marumbi, Paiçandu,<br />
Paranacity e Sarandi.<br />
Existem pesquisas científicas<br />
que comprovam outros<br />
efeitos nocivos causados por<br />
agrotóxicos, como a carcinogenicidade,<br />
toxicidade reprodutiva,<br />
neurotoxicidade, efeitos<br />
de desregulação endócrina<br />
e mutagenicidade.<br />
O glifosato, agrotóxico<br />
mais consumido pelo Paraná,<br />
foi classificado pela Organização<br />
Mundial de Saúde como<br />
provável cancerígeno.◆
4 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1<br />
ANDERSON ALARCON APRESENTA<br />
A CONSTITUIÇÃO EM MIÚDOS<br />
NA SEMANA DA PÁTRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE <strong>MARINGÁ</strong><br />
O Advogado apresentou a constituição a uma plateia de estudantes.<br />
Ligiane Ciola<br />
O Advogado Anderson Alarcon.<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Cerca de <strong>10</strong>0<br />
estudantes com idades entre<br />
11 e 15 anos dos Colégios,<br />
São Francisco Xavier, Estadual<br />
Silvio Magalhães e Legião<br />
da Boa Vontade (LBV),<br />
assistiram a palestra do advogado<br />
Anderson Alarcon, que<br />
teve como tema "Constituição<br />
em Miúdos". A palestra<br />
fez parte da programação da<br />
Semana da Pátria da Câmara<br />
Municipal de Maringá.<br />
Doutorando em Ciências<br />
Políticas, Alarcon usou seu<br />
método de ensino para envolver<br />
a plateia que respondeu<br />
à altura, participando ativamente<br />
da aula.<br />
O advogado explicou às<br />
crianças o significado da palavra<br />
constituição e o valor<br />
da Constituição para nossa<br />
sociedade. Outros termos explicados<br />
através da etimologia,<br />
foram o conceito de cidadania<br />
e política.<br />
Os objetivos da “Constituição<br />
em Miúdos” são proporcionar<br />
ao jovem de 12 a<br />
15 anos um contato com os<br />
temas abordados na Constituição<br />
Federal, numa linguagem<br />
simples e acessível, propiciar<br />
uma reflexão entre as<br />
garantias constitucionais e a<br />
realidade desses jovens, despertar<br />
o interesse dos jovens<br />
e provoca-los para uma posição<br />
mais crítica, tornando os<br />
mais atuantes.<br />
CONSTITUIÇÃO EM MIÚDOS<br />
NASCEU EM MINAS GERAIS<br />
MAS ESTÁ SENDO ADOTADA<br />
EM MUITAS CIDADES DO PAÍS.<br />
A ideia de contribuir na<br />
formação de cidadãos conscientes<br />
sob o ponto de vista<br />
de seus direitos humanos,<br />
ambientais, públicos e constitucionais<br />
nasceu na Escola<br />
do Legislativo de Pouso Alegre<br />
(MG), na pessoa de sua coordenadora<br />
Madu Macedo,<br />
Estudantes na Câmara Municipal de Maringá.<br />
em parceria com outras entidades,<br />
notadamente a ABEL<br />
- Associação Brasileira de<br />
Escolas do Legislativo e Tribunais<br />
de Contas, bem ainda<br />
com a Gráfica do Senado Federal,<br />
ambas coordenadas pelo<br />
Dr. Florian Madruga, lançou<br />
o projeto denominado<br />
Constituição em Miúdos.<br />
O objetivo do projeto é<br />
possibilitar o estudo da Constituição<br />
Federal do Brasil,<br />
em linguagem didática e<br />
acessível, com desenhos e explicações<br />
que possibilite a<br />
qualquer cidadão brasileiro,<br />
e até mesmo crianças, estudar<br />
e entender os princípios<br />
e regras básicas que norteiam<br />
nosso país.<br />
Com linguagem simples,<br />
é possível informar e instruir<br />
melhor o funcionamento do<br />
país, das instituições democráticas<br />
e sistema brasileiro.<br />
Saber o que faz um vereador,<br />
qual a função de um prefeito,<br />
de um governador. Qual a missão<br />
de um juiz, de um presidente<br />
da república. O que podem e<br />
devem fazer os cidadãos.<br />
Como se dá a divisão de<br />
obrigações e receitas entre<br />
União, Estados e Municípios.<br />
Sistema tributário. O que é<br />
orçamento público, licitação,<br />
deveres dos gestores e<br />
servidores públicos. Direitos<br />
humanos e cidadania. Formas<br />
de participação etc.<br />
A proposta visa formar cidadãos<br />
conscientes e, empoderados<br />
de conhecimento, possibilitar<br />
maior acompanhamento,<br />
cobrança, fiscalização<br />
e controle, estimulando a participação<br />
consciente da população,<br />
de forma democrática,<br />
em questões do interesse de todos.<br />
Um olhar individual para<br />
um pensar coletivo.<br />
É muito comum encontrar<br />
pessoas que desconhecem<br />
seus direitos. Que ignoram<br />
por completo o que faz<br />
um vereador, um governador.<br />
O que é imposto. O que é orçamento<br />
público. Vemos discussões,<br />
por vezes, polarizadas,<br />
de um lado, de outro, e,<br />
não raro, desprovidas de qualquer<br />
sustentação ou base minimamente<br />
técnica de que determina<br />
a constituição.<br />
Nesse sentido, ao tempo<br />
que o estudo da cidadania estimula<br />
maior participação democrática,<br />
o conhecimento<br />
dos institutos e das instituições<br />
também possibilita um<br />
posicionamento amadurecido,<br />
empoderado e arrazoado,<br />
o que, em última análise, tanto<br />
serve para a apresentação<br />
de pleitos consistentes acerca<br />
de direitos e deveres, quanto<br />
para um caminhar rumo a pacificação<br />
social com maior visão<br />
coletiva em contraponto<br />
a estritamente individual.<br />
O estudo se propôs a ter<br />
como base e norte a Constituição<br />
em Miúdos, desprovida<br />
de utilização político, ideológica<br />
ou partidária, seja de<br />
qual coloração ou inclinação<br />
for, pautando-se pelo estudo<br />
objetivo dos nortes constitucionais<br />
adotados pelo país.<br />
O cenário ideal e meta buscada<br />
é a criação e implementação<br />
de estudo regular obrigatório<br />
em todos os níveis de<br />
ensino da Constituição Federal.<br />
Enquanto os projetos de leis<br />
não se materializam, voluntários<br />
tem se engajado no projeto<br />
para aplicar os estudos em<br />
suas comunidades.<br />
Vereadores podem apresentar<br />
projeto para o estudo<br />
no ensino municipal, assim<br />
como deputados podem fazê-lo<br />
no ensino estadual, e<br />
parlamentares federais, no<br />
ensino e diretrizes federais,<br />
para todo o país.<br />
Visando contribuir para a<br />
capilarização deste importante<br />
estudo permanente, disponibilizamos<br />
o projeto / lei e<br />
já em vigor no município autor<br />
do projeto, Pouso Alegre-<br />
MG, que pode ser replicado,<br />
melhorado e adaptado para<br />
as mais diferentes realidades<br />
do país, para aqueles que também<br />
acreditam que, no horizonte,<br />
caminharemos para<br />
uma sociedade melhor e igualitária,<br />
a partir de investimento<br />
prioritário, e perene,<br />
em nossa educação.<br />
Como participar ativamente<br />
das questões de interesse de<br />
nossa comunidade, Estado e país,<br />
se sequer conhecemos, ao<br />
certo, as regras constitucionais<br />
que a norteiam?<br />
O filósofo alemão Jürgen<br />
Habermas apregoava que a<br />
vinda se instrumentaliza por<br />
linguagem e todo o significado<br />
que ela encerra. Em outras<br />
palavras, a ação comunicativa<br />
que se realiza por<br />
meio da linguagem é o carro<br />
que viabiliza a vida e as relações<br />
pessoais, interpessoais<br />
e em sociedade, forte na ideia<br />
de que as pessoas se relacionam<br />
por meio de palavras,<br />
expressões, pensamentos<br />
e ações. Daí que quanto<br />
melhor e maior instrumentalizarmos<br />
nosso conhecimento<br />
e linguagem, maior<br />
ação comunicativa pautará<br />
nossas relações.◆<br />
SEMANA DA PÁTRIA ORGANIZADA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE <strong>MARINGÁ</strong><br />
BRASÃO E MÉRITO COMUNITÁRIO<br />
Foto:<br />
Marquinhos<br />
Oliveira<br />
“Não sei o que fiz de tão grandioso<br />
para ser honrado com essa homenagem,<br />
mas quero ressaltar que estou<br />
imensamente grato.” - Nho Juca<br />
Capa do Cartilha.<br />
PARA NHO JUCA<br />
da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Um dos momentos mais emocionantes das atividades da Semana da Pátria<br />
da Câmara Municipal de Maringá, aconteceu durante a entrega do Brasão do Municipio e<br />
doTítulo do Mérito Comunitário ao cantor, compositor e poeta Antônio Mário Manicardi,<br />
o Nho Juca. Manicardi, hoje com 93 anos, foi o primeiro servidor público da Prefeitura de Maringá,<br />
é pioneiro do rádio maringaense e foi vereador por três gestões entre as décadas de<br />
1960 e 1970 e por várias vezes assumiu interinamente o cargo de Prefeito de Maringá.◆
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 5<br />
PESOUISADORES DA UEM EXPLICAM<br />
O OUE REPRESENTA A DESTRUIÇÃO<br />
DO MUSEU NACIONAL<br />
Eles lamentam principalmente o desaparecimento, para sempre,<br />
do acervo montado com a ajuda da pesquisa na universidade.<br />
Paulo Pupim<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Para os pesquisadores<br />
ligados à pesquisa e à gestão<br />
dos museus da Universidade<br />
Estadual de Maringá (UEM), a destruição<br />
pelo fogo do Museu Nacional,<br />
no Rio de Janeiro, acarreta<br />
uma regressão imensurável no<br />
avanço científico sobre o conhecimento<br />
da história.<br />
Museu da Bacia do Paraná (MBP) no Câmpus da UEM<br />
Primeiro coordenador do<br />
Museu da Bacia do Paraná<br />
(MBP), o professor Sérgio Luiz<br />
Thomaz avalia o ocorrido como<br />
“uma tragédia”, pois o Museu Nacional<br />
era uma referência para o<br />
Brasil e para o mundo.<br />
Ele menciona, por exemplo,<br />
a paleontologia, sua área de pesquisa.<br />
Segundo Thomaz, muitas<br />
peças sobre formas de vidas existentes<br />
em períodos geológicos<br />
passados estavam guardadas na<br />
instituição, subordinada à Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro<br />
(UFRJ).<br />
“Não existe palavra”, disse<br />
ele, ainda atônito pela catástrofe<br />
de ontem à noite. Thomaz pertenceu<br />
ao Departamento de Geografia,<br />
assumiu, em 1979, a coordenação<br />
do MBP, na gestão do<br />
ex-reitor Neumar Godoy, de onde<br />
se desligou em 2012.<br />
Criador do Museu de Geologia<br />
da UEM, ele lamenta também<br />
a destruição ao se recordar que,<br />
nos últimos anos, tinha havido<br />
um avanço muito expressivo das<br />
investigações sobre dinossauros,<br />
conduzidas principalmente por<br />
um grupo de pesquisadores do<br />
próprio Museu Nacional.<br />
A atual coordenadora do Museu<br />
da Bacia do Paraná, professora<br />
Sandra Pelegrini: “É lamentável<br />
a destruição que presenciamos<br />
no Museu Nacional. A perda<br />
do acervo é realmente imensurável”.<br />
No entanto, ela diz que a falta<br />
de apoio às instituições museais<br />
é algo recorrente no Brasil.<br />
“Trata-se de um momento de<br />
reflexão, mas muito mais de ação.<br />
Mobilizações posteriores às tragédias<br />
são comuns. Cabe-nos chamar<br />
a atenção das autoridades políticas<br />
para a necessidade de<br />
ações preventivas frente à realidade<br />
dos museus na atualidade.<br />
Cabe-nos evitar que 'tragédias<br />
anunciadas' se efetivem ao nosso<br />
redor. Esse é o caso do Museu Da<br />
Bacia do Paraná, que sobrevive<br />
sem verbas e sem apoio das políticas<br />
públicas municipais, apesar<br />
de ser tombado pela Prefeitura<br />
Municipal de Maringá”, assinala<br />
Sandra, docente do Departamento<br />
de História (DHI).<br />
Na opinião da coordenadora<br />
do Museu Dinâmico Interdisciplinar<br />
(MUDI), professora Ana<br />
Paula Vidotti, o fim do prédio e<br />
do acervo do Museu Nacional representa<br />
uma perda imensurável<br />
de caráter histórico, cultural<br />
e científico. Ela entende que a<br />
instituição era um legado do patrimônio<br />
nacional.<br />
“Que tristeza”, desabafa a coordenadora,<br />
ressaltando que a<br />
tragédia se deu pela falta de uma<br />
brigada de incêndio e pela ausência<br />
de manutenção. Ela mesma<br />
atestou esta situação quando<br />
visitou o Museu, em abril deste<br />
ano, e viu a fragilidade da estrutura,<br />
as infiltrações e vários<br />
espaços fechados.<br />
Professora do Departamento<br />
de Ciências Morfológicas (DCM),<br />
MUDI: Museu Dinâmico Interdisciplinar<br />
PRIMAVERA DOS MUSEUS<br />
“Estamos antenados com a situação e queremos dialogar<br />
com a sociedade.” diz Secretário de Cultura.<br />
da Redação<br />
Incêndio no Museu Nacional do RJ (Setembro/<strong>2018</strong>).<br />
Ana Paula resume em poucas palavras<br />
o que aconteceu na capital<br />
fluminense: “Perdemos duzentos<br />
anos em duas horas”.<br />
Já, a coordenadora do Museu<br />
de Geologia, professora Susana<br />
Wolkmer, descreve o incêndio<br />
como “indiscutivelmente uma<br />
lástima para a ciência e para a cultura,<br />
que perderam o acesso a mais<br />
de duzentos anos de registro da<br />
história mundial”.<br />
Na opinião dela, estudantes,<br />
professores e cientistas em geral<br />
perdem parte do nosso importante<br />
acervo da cultura brasileira.<br />
“Nós, coordenadores de museus,<br />
museólogos e educadores em<br />
museologia, estamos em luto”,<br />
conclui.<br />
No momento em que falava<br />
com a Assessoria de Comunicação<br />
da UEM, Susana comunicou<br />
que havia acabado de receber a<br />
informação de que não foram<br />
atingidos os prédios de vertebrados,<br />
de botânica, da biblioteca<br />
principal do pavilhão de solos<br />
e do laboratório de arqueologia<br />
do Museu Nacional.<br />
Susana pertence ao Departamento<br />
de Geografia (DGE).<br />
Também é coordenadora científica<br />
do grupo de pesquisa do Grupo<br />
de Estudos Multidisciplinares<br />
do Meio Ambiente (GEMA).<br />
A bióloga Carla Pavanelli,<br />
curadora da coleção de peixes<br />
do Núcleo de Pesquisas em<br />
Limnologia, Ictiologia e Aquicultura<br />
(NUPÉLIA), disse não<br />
ter dormido esta noite “de tão<br />
arrasada” que ficou.<br />
Carla se lembra de que múmias<br />
egípcias, de milhares de<br />
anos, faziam parte do acervo do<br />
Museu de Geologia da UEM<br />
Museu Nacional, só para ficar<br />
num exemplo. Para citar a área<br />
em que atua, a ictiológica, a bióloga<br />
menciona o fato de que os<br />
trabalhos científicos em nível de<br />
produção científica, como dissertações<br />
e teses, além do registro<br />
de novas espécies científicas<br />
de peixes, foram todos perdidos.<br />
Instalado em um palacete<br />
imperial, que completou 200<br />
anos em junho, o Museu nacional<br />
foi fundado por dom João 6º<br />
em 1818. A instituição, com acervo<br />
com mais de 20 milhões de<br />
itens, tinha perfil acadêmico e científico,<br />
com coleções focadas<br />
em paleontologia, antropologia<br />
e etnologia biológica.<br />
Segundo o site UOL, guardava<br />
o meteorito do Bendegó, o maior<br />
já encontrado no país, e uma<br />
coleção de múmias egípcias. Também<br />
o crânio de Luzia, a mulher<br />
mais antiga das Américas. Além<br />
de coleções de vasos gregos e<br />
etruscos (povo que viveu na Etrúria,<br />
na península Itálica).<br />
O Museu Nacional era considerado<br />
um dos cinco maiores<br />
museus de antropologia do mundo.<br />
Nem o próprio Egito tinha algumas<br />
das peças egípcias do<br />
acervo destruído.◆<br />
CONTATOS<br />
• MBP: (44) 3011-4554<br />
Coorde.: Sandra Pelegrini<br />
• MUDI: (44) 3011-4930<br />
Coord.: Ana Paula Vidotti<br />
• M. de Geologia: (44) 3011-4290<br />
Coord.: Susana Volkmer<br />
A Prefeitura de Maringá, por meio da Gerência de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura<br />
(SEMUC), promoveu entre os dias 19 e 21 de setembro, atividades integradas à 12ª Primavera de Museus<br />
do Ministério da Cultura, ação nacional de valorização da museologia do país.<br />
Com o tema “Celebrando a<br />
Educação em Museus”, o evento<br />
destacou os 200 anos do primeiro<br />
museu do Brasil - Museu Nacional<br />
do Rio de Janeiro que foi totalmente<br />
destruído dia 02 de setembro<br />
por um incêndio que<br />
comprometeu quase todo o acervo<br />
histórico.<br />
A programação da Primavera<br />
do Museus começou dia 19<br />
com uma roda de conversa com<br />
pioneiros, prosseguiu dia 20<br />
com uma palestra com a Professora<br />
Veroni Friedrich que teve como<br />
tema “Patrimônio material e<br />
imaterial - desafios” e terminou<br />
dia 21 de setembro um city tour<br />
da capelas maringaenses.<br />
Miguel Fernando, Secretário<br />
de Cultura do Município diz<br />
estar atento às condições do<br />
acervo maringaense. “Esse ano<br />
discutiremos a importância estrutural<br />
dos museus na nossa sociedade,<br />
ainda mais após a fatídica<br />
destruição de 20 milhões de documentos<br />
no Museu Nacional do Rio<br />
de Janeiro. Estamos antenados<br />
com a situação e queremos proporcionar<br />
um diálogo maior para<br />
que a sociedade participe mais<br />
dos nossos equipamentos culturais,<br />
em especial, o Museu Histórico<br />
Héleton Borba Côrtes.”◆
6 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1<br />
EIXO MONUMENTAL<br />
Reunião e visita monitorada<br />
explica bases para concurso.<br />
Comunicação Prefeitura Municipal de Maringá<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Elaborados<br />
por uma comissão formada<br />
por técnicos de seis secretarias<br />
municipais e três representantes<br />
do Instituto de<br />
Arquitetos do Brasil (IAB), os<br />
termos do edital para o “Concurso<br />
Público Nacional de Requalificação<br />
do Espaço Público<br />
do Eixo Monumental de Maringá”<br />
foram apresentados<br />
dia 19 de setembro, para empresas<br />
e participantes inscritos<br />
no concurso.<br />
O objetivo foi sanar dúvidas<br />
a respeito do projeto de 1,8<br />
km compreendido entre a Praça<br />
da Catedral e o complexo esportivo<br />
da Vila Olímpica.<br />
“A licitação desse concurso<br />
é totalmente aberta e<br />
como nossa gestão é online,<br />
as perguntas poderão ser feitas<br />
com mais frequência.<br />
Nós poderíamos ter cometidos<br />
enganos ou erros, por isso<br />
se faz importante momentos<br />
como este.”, disse o<br />
coordenador do IAB, Jeferson<br />
Dantas. Segundo ele, o<br />
projeto é uma invenção muito<br />
grande. “A prefeitura está<br />
de parabéns pela transparência<br />
e democracia. Com<br />
certeza, a intervenção no espaço<br />
urbano colocará Maringá<br />
num patamar bastante<br />
diferenciado das outras cidades.”,<br />
finalizou.<br />
Na sequência, o grupo e a<br />
comissão de técnicos realizaram<br />
visita monitorada até<br />
a Catedral. A paulista, Daniela<br />
Yamana, 24 anos, é uma<br />
das inscritas para o concurso.<br />
Pela primeira vez em Maringá,<br />
a arquiteta disse que<br />
será um grande desafio.<br />
Os arquitetos.<br />
“Gostei muito da participação<br />
dos integrantes do<br />
IAB, isso mostra que está<br />
sendo bem organizado o concurso,<br />
pessoal é bastante sério<br />
e comprometido, diferente<br />
de outros que já realizei.”,<br />
disse.<br />
As inscrições vão até dia<br />
3 de outubro de <strong>2018</strong>, no portal<br />
concursoeixomaringa.com<br />
onde consta também o regulamento,<br />
orientações e todos<br />
os detalhes do concurso.<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Repassar recomendações<br />
técnicas para que<br />
os projetos dos municípios sejam<br />
protocolados na Secretaria<br />
de Estado do Desenvolvimento<br />
Urbano (SEDU) e no Paranacidade,<br />
de acordo com as<br />
especificações legais para serem<br />
aprovados e as obras liberadas<br />
para execução.<br />
Com esse objetivo, representantes<br />
do Governo do Estado<br />
e das prefeituras das 30 cidades<br />
da área de abrangência da Associação<br />
dos Municípios do Setentrião<br />
Paranaense (AMUSEP) estiveram<br />
reunidos, no dia 14 de<br />
setembro, em Maringá. O encontro<br />
ocorreu no Auditório Desembargador<br />
Miguel Kfouri Neto,<br />
localizado na sede da Associação<br />
Comercial e Empresarial<br />
da cidade (ACIM).<br />
Os trabalhos foram conduzidos<br />
pelo secretário Estadual<br />
de Desenvolvimento Urbano,<br />
Sílvio Barros. Ele explicou que<br />
muitos projetos chegam a Curitiba<br />
sem as assinaturas necessárias.<br />
Ou, então, ferem o Código<br />
de Obras ou de Ocupação do<br />
Solo do Município. Outros, ainda,<br />
têm planilhas anexadas, cujas<br />
as “somas não batem”.<br />
“Para evitar, o vai e vem de<br />
documentos, o Governo vai oferecer<br />
12 cursos de capacitação<br />
para os servidores municipais.<br />
As aulas serão no sistema de Educação<br />
a Distância para permitir<br />
que o maior número possível de<br />
técnicos frequente as capacitações”,<br />
destacou.<br />
Sílvio Barros alertou que a<br />
Pasta comandada por ele pode<br />
financiar muito mais do que pavimentação<br />
asfáltica, construção<br />
e reformas de prédios públicos<br />
e compra de veículos e<br />
equipamentos. Para ilustrar,<br />
ele citou a elaboração e a execução<br />
de planos de prevenção e<br />
Arquitetos no Eixo Catedrál<br />
Podem participar profissionais<br />
e empresas de arquitetura<br />
e engenharia de<br />
todo o Brasil.<br />
A documentação para habilitação<br />
dos inscritos deve<br />
ser enviada até o dia 3 de outubro<br />
e a entrega do estudo<br />
preliminar tem o dia 26 de<br />
outubro como data final.<br />
combate a incêndios; e de adaptação<br />
às leis de acessibilidade.<br />
O secretário também apresentou<br />
o Mapa Paraná; uma<br />
construção em alvenaria, para<br />
ser instalada em parques e praças,<br />
que representa o relevo do<br />
Estado e serve de ponto de apoio<br />
para aulas de Geografia e História,<br />
além de local de lazer para<br />
as famílias.<br />
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO<br />
Em um segundo momento,<br />
Sílvio Barros falou sobre as ferramentas<br />
tecnológicas disponíveis<br />
para os prefeitos poderem<br />
tomar decisões mais acertadas<br />
em diversas áreas.<br />
O Paraná Interativo, de<br />
acordo com o secretário, é o<br />
maior banco de dados sobre<br />
planejamento urbano existente<br />
no País. O sistema indica<br />
onde estão localizados os<br />
hospitais, postos de Saúde, escolas<br />
e creches; quais ruas<br />
são asfaltadas; a densidade<br />
demográfica dos bairros, entre<br />
outras informações.<br />
“É um mecanismo confiável,<br />
completo e preciso, que pode<br />
auxiliar os gestores na hora<br />
de eleger as prioridades de governo”,<br />
ressaltou.<br />
O Eixo é um importante<br />
espaço público central, que<br />
reúne alguns dos principais<br />
edifícios de interesse público<br />
da cidade.<br />
A requalificação da área<br />
será composta de uma sucessão<br />
de espaços livres que,<br />
além de permitir a circulação<br />
No segmento de produtos<br />
voltados para celulares, Sílvio<br />
Barros mostrou o funcionamento<br />
de um aplicativo que monitora,<br />
em tempo real, a situação<br />
das certidões negativas dos<br />
municípios. Relata quais documentos<br />
estão em dia; quando<br />
vencem; e o que é preciso fazer<br />
para renová-los.<br />
Na defesa do consumidor,<br />
por meio do Programa Nota<br />
Paraná, o secretário revelou<br />
que o Menor Preço permite<br />
pesquisar quanto que o produto<br />
custa em mais de <strong>10</strong>0<br />
mil estabelecimentos comerciais<br />
do Estado. Também<br />
anunciou que o sistema poderá<br />
servir de referência para a<br />
montagem dos processos de licitações<br />
das prefeituras.<br />
PRESENÇA<br />
Todos os 30 municípios da<br />
região da AMUSEP estiveram<br />
representados no encontro<br />
com o secretário e técnicos da<br />
SEDU e Paranacidade.<br />
Dezessete prefeitos, acompanharam<br />
a apresentação de<br />
Sílvio Barros. O presidente da<br />
Associação, prefeito de São Jorge<br />
do Ivaí, André Luís Bovo, avaliou<br />
que a reunião foi esclarecedora<br />
e apresentou subsídios<br />
de pessoas, dará acesso aos<br />
edifícios de interesse público<br />
da área central, como a Catedral,<br />
um futuro Centro Cultural,<br />
o Terminal Intermodal<br />
e a Vila Olímpica.◆<br />
SAIBA MAIS:<br />
• SEPLAN: (44) 3221-1478<br />
concursoeixomaringa.com<br />
REUNIÃO DA AMUSEP ORIENTA<br />
TÉCNICOS DAS PREFEITURAS<br />
E apresenta Ferramentas Tecnológicas para Prefeitos.<br />
Cláudio Galleti • Imprensa AMUSEP<br />
Presidente da Amusep, André Luís Bovo, considerou a reunião esclarecedora e instrutiva.<br />
Foto:<br />
Cláudio Galleti<br />
importantes para os gestores<br />
melhorarem os controles e as<br />
tomadas de decisões. “Os recursos<br />
do Paraná Interativo são<br />
fantásticos. Até dimensionam o<br />
valor de obras de pavimentação”,<br />
acrescentou.<br />
O vice-presidente da ACIM,<br />
Mohamad Ali Awada Sobrinho,<br />
declarou ser importante às autoridades<br />
do governo apresentarem<br />
os mecanismos disponíveis<br />
e como usá-los para tornar<br />
os mandatos dos prefeitos mais<br />
eficientes e favorecer a transparência<br />
dos atos públicos.<br />
Os secretários estaduais<br />
de Saúde, Antônio Carlos Nardi,<br />
e da Fazenda, José Luiz Bovo,<br />
também estiveram presentes<br />
ao encontro.◆
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
MORADORES DE RUA<br />
Audiência Pública trata do delicado tema<br />
dos cidadãos moradores de rua de Maringá.<br />
J. C. Leonel<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • A polêmica<br />
questão dos cerca de 350 cidadãos<br />
sem teto de Maringá,<br />
os ditos moradores de rua,<br />
foi parar na Câmara Municipal<br />
na noite de 12 de setembro<br />
de <strong>2018</strong>. O confronto de<br />
ideias entre quem defende<br />
políticas sociais inclusivas,<br />
contrasta com as de quem, diante<br />
do fenômeno novo no<br />
município, prefere ações de<br />
coação; Ações que muitas vezes<br />
esbarram em direitos inalienáveis<br />
e previstos na constituição.<br />
Para enfrentar a questão<br />
em modo organizado e consensual,<br />
o vereador Flávio<br />
Mantovani (PPS), requereu a<br />
realização de uma audiência<br />
pública para debater aquilo<br />
que por muitos é qualificado<br />
como problema. “O objetivo é<br />
elaborar um conjunto de<br />
ações e agir rapidamente”, disse<br />
o vereador.<br />
Para o Presidente do Conselho<br />
de Segurança de Maringá,<br />
(CONSEG), Coronel<br />
Antonio Tadeu Rodrigues, é<br />
necessário fazer uma campanha<br />
para que as entidades<br />
que ajudam os moradores de<br />
rua com marmitex, roupas e<br />
cobertores, entrem em sintonia<br />
com o trabalho já feito<br />
por entidade que atuam em<br />
modo institucional, como a<br />
Prefeitura e o Albergue Santa<br />
Luzia de Marilac. “Precisamos<br />
disciplinar esse trabalho”.<br />
O vereador Alex Chaves<br />
(PHS) afirmou que “não foram<br />
implementadas soluções<br />
adequadas por parte do poder<br />
público”, prosseguiu dizendo<br />
que o maringaense tem que<br />
lembrar que esses moradores<br />
de rua são seres humanos<br />
que precisam de ajuda e mesmo<br />
vivendo na melhor cidade<br />
do mundo, não estamos livres<br />
desse tipo de problema”.<br />
Já o vereador Jean Marques<br />
adotou um discurso diferente:<br />
“Temos na rua o dependente<br />
que não aceita ser<br />
tratado mas entre eles temos<br />
bandidos. Não podemos ignorar<br />
o problema. A primeira coisa<br />
é definir bem esses perfis”,<br />
concluiu o vereador.<br />
A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL<br />
Marta Regina Kaiser, Secretária<br />
Municipal de Assistência<br />
Social (SASC), representou<br />
o executivo na audiência<br />
pública e relatou o<br />
que a administração Ulisses<br />
Maia junto com as entidades<br />
assistências, está procurando<br />
fazer para encontrar soluções<br />
adequadas para resolver<br />
os problemas de todos.<br />
“Quem lida com pessoas em situação<br />
de rua, disse Marta,<br />
tem que acreditar que aquela<br />
pessoa pode se recuperar e ser<br />
reinserida na sociedade. Precisamos<br />
criar percursos que<br />
ofereçam saídas, salientou a<br />
Secretária”. Enfim, enumerou<br />
as várias ideias que estão<br />
Representantes do Observatório das Metrópoles<br />
Foto:<br />
Adriano de Souza - CMM<br />
sendo estudadas para serem<br />
colocadas em prática pela<br />
prefeitura, como a criação de<br />
um selo municipal (Selo Cidadão)<br />
que colocaria em destaque<br />
empresas que se propusessem<br />
a contratar exmoradores<br />
de rua.<br />
Sobre a presença maior<br />
de moradores no entorno da<br />
Avenida Carneiro Leão e Rua<br />
Fernão Diaz, nas proximidades<br />
do albergue e Centro<br />
Pop, se pronunciou também<br />
o Secretário Extraordinário<br />
de Segurança, Coronel Antônio<br />
Roberto Padilha: “Os profissionais<br />
de segurança pública<br />
devem se preocupar com a<br />
dignidade humana quando devem<br />
abordar pessoas em situação<br />
de rua, mesmo que eventualmente<br />
tenham cometido<br />
crimes. A comunidade precisa<br />
colaborar mais. Não queremos<br />
que os cidadãos deixem<br />
de ajudar os moradores de rua<br />
mas que procurem as entidades<br />
para fazer o trabalho em<br />
modo organizado”.<br />
Padilha recordou que em<br />
breve a Guarda Municipal se<br />
mudará para um imóvel na<br />
Rua Fernão Diaz , ”sabemos<br />
que existe uma situação grave.<br />
A presença da Guarda deve<br />
ajudar a atenuar o problema<br />
no local mas a população<br />
tem que saber que esses moradores<br />
poderão migrar para<br />
outros pontos da cidade”. A<br />
cúria metropolitana também<br />
foi convidada para o<br />
evento e enviou Padre Virgilio<br />
Cabral dos Santos que<br />
lembrou o trabalho feito no<br />
passado por Padre Geraldo<br />
Schneider, que mesmo recebendo<br />
ameaças de morte continuou<br />
a fazer seu trabalho<br />
em prol dos últimos até o fim<br />
de sua vida.<br />
Representantes do Observatório<br />
das Metrópoles também<br />
participaram do evento como<br />
público. A Professora Ana<br />
Lúcia Rodrigues citou dados<br />
das pesquisas que o Observatório<br />
realizou nos últimos anos e<br />
anunciou que em breve teremos<br />
os números de <strong>2018</strong>.<br />
Ao fim da audiência, que<br />
se não mudou a situação, pelo<br />
menos se desenhou uma<br />
abertura de diálogo, entre<br />
quem vê a mesma coisa em<br />
modo diferente.<br />
Foi anunciado pelo propositor<br />
do encontro, a intenção<br />
de enviar ao Ministério<br />
Público e ao Poder Executivo,<br />
um documento assinado<br />
por todos os participantes requerendo<br />
providências que<br />
levem ao realinhamento das<br />
ações por parte da sociedade<br />
civil. Não existe paz sem justiça<br />
social.◆<br />
da Redação<br />
MAIS DE 92% DESEJAM<br />
DEIXAR AS RUAS<br />
Revela Pesquisas do<br />
Observatório das Metrópoles.<br />
E o número de desempregados<br />
aumentou entre cidadãos sem teto.<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • O Observatório das Metrópoles concluirá ainda no mês de outubro a quarta<br />
edição da pesquisa sobre os cidadãos maringaenses que vivem nas ruas. As equipes começaram<br />
o trabalho de campo da edição <strong>2018</strong>, no final do mês passado e concluirão a coleta<br />
e o análise dos dados nos próximos dias. As primeiras três edições da pesquisa (2015,<br />
2016 e 2017), revelaram que mais de 92% dos entrevistados desejam sair da situação de<br />
rua. Para a coordenadora do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, Ana Lúcia<br />
Rodrigues, “o índice revela a necessidade de implementar políticas públicas em favor<br />
dessa população que anseia a possibilidade de sair da condição de rua”.<br />
ABORDAGENS (Pessoas Entrevistadas)<br />
2015<br />
2016<br />
2017<br />
219<br />
165<br />
222<br />
Nas 3 edições da pesquisa, em<br />
média 90% dos entrevistados<br />
eram homens, com idade de<br />
38 anos e solteiros.<br />
No período a pesquisa apontou<br />
que a maior parte das pessoas<br />
entrevistadas se declarou de cor<br />
parda (49%), 14% se declaram de<br />
cor preta, 36% de cor branca, sendo<br />
uma minoria de cor amarela e,<br />
ainda, alguns indígenas.<br />
MOTIVOS DA SITUAÇÃO DE RUA<br />
Dependência Quimica<br />
Desentendimento Familiar<br />
Desemprego<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 7<br />
2015<br />
46%<br />
35%<br />
16%<br />
ESCOLARIDADE<br />
Ensino Fundamental Incompleto<br />
Ensino Fundamental Completo<br />
2017<br />
2016<br />
Os três motivos com maior índice de<br />
representatividade na pesquisa foram a<br />
dependência química, seguido do desentendimento<br />
familiar e desemprego.<br />
Os pesquisadores do Observatório<br />
chamam a atenção para o fato que percebe-se<br />
que nas três edições da pesquisa, diminuiu a dependência química e aumentou o<br />
desemprego como causa<br />
para a situação de<br />
rua, ainda segundo o<br />
Observatório, a tendência<br />
é que esses dados<br />
sejam confirmados<br />
na 4ª Edição, afinal, o<br />
desemprego, o índice<br />
que mais cresceu na pesquisa desde a primeira edição, resulta da crise econômica que caracteriza<br />
esse momento atual do país.◆<br />
38%<br />
20%<br />
27%<br />
45%<br />
42,5%<br />
28%<br />
50%<br />
20%
8 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1<br />
<strong>MARINGÁ</strong> GANHA 1ª SALA DE TEATRO EM UM SHOPPING<br />
A Companhia "Circo Teatro Sem Lona" segue sua missão de levar o teatro para perto do público.<br />
Pedro Ochôa • Diretor da Companhia “Circo Teatro Sem Lona”<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • O Circo Teatro<br />
Sem Lona é uma compa-<br />
palestras e oficinas.<br />
nais que ministram cursos,<br />
nhia independente criada O grupo desenvolveu ao<br />
com o objetivo de pesquisar e longo dos anos, uma linguagem<br />
própria fundamentado<br />
criar uma linguagem teatral<br />
inspirada nas companhias de em estudos, pesquisas de<br />
circo-teatro que movimentaram<br />
a circulação de espetácu-<br />
espetáculos em localidades<br />
campo com a realização de<br />
los pelo interior do Brasil, desde<br />
a década de 50.<br />
aos trabalhos uma caracte-<br />
inusitadas, o que confere<br />
A circulação de nossos espetáculos<br />
pelo interior, tem A companhia maringarística<br />
própria e inédita.<br />
nos mostrado que a realidade ense “Circo Teatro Sem Lona”,<br />
existe desde 1996, quan-<br />
ainda não difere das décadas<br />
passadas, ou seja, falta de espaço<br />
adequado para a prática de unificar os estudos das<br />
do foi criada com o objetivo<br />
teatral. Deste modo a companhia<br />
adotou o procedimento através do resgate da figura<br />
linguagens de circo e teatro,<br />
de promover espetáculos para<br />
espaços alternativos. de fundo de quintal, motivo<br />
simbólica do pequeno circo<br />
Um sistemático e organizado<br />
procedimento de estudeiras<br />
infantis.<br />
sempre presente nas brincado,<br />
pesquisa para montagem Depois de várias oficinas<br />
de acrobacia, malaba-<br />
e oficinas, que são oferecidas<br />
em nosso espaço e região, garantem<br />
as atividades consdos<br />
sobre a figura do palhares,<br />
trapézio, mágicas, estutante<br />
e regulares de nosso ço, etc., surgiu à necessidade<br />
de produzir um espetá-<br />
grupo. Promovemos eventos<br />
constantemente com o objetivo<br />
de proporcionar o inter-<br />
aproveitar as experiências<br />
culo, no qual se pudessem<br />
câmbio de grupos e profissio-<br />
apreendidas.<br />
O CAPACHO, A<br />
FRIGIDEIRA E A<br />
MENTE HUMANA<br />
Toda pessoa tem no coração a<br />
Chama Trina: o Amor, a Sabedoria<br />
Nilson Pereira<br />
Como dizem as escrituras,<br />
o homem foi criado à<br />
imagem e semelhança do Divino.<br />
Dentro de si, cada um<br />
de nós tem, portanto, uma<br />
essência bonita!<br />
Imaginando uma fruta;<br />
dentro temos, então, o caroço.<br />
Por fora, uma polpa, um campo<br />
de energia dentro do qual<br />
funcionamos. Esse campo de<br />
energia é construído pelos padrões<br />
daquilo que “vibramos” ,<br />
consequência daquilo que pensamos,<br />
sentimos; uma aura.<br />
Uma aura limpa, leve, elevada,<br />
quando estamos na<br />
Luz... densa, pesada, baixo astral,<br />
quando estamos cheios<br />
de medo, de ódio, ressentidos,<br />
orgulhosos, cheios de inveja.<br />
Nossa tarefa diária: limpar<br />
o interior, limpar o coração.<br />
Espírito puro...<br />
Quando buscamos a verdade<br />
sobre nós, através do autoconhecimento,<br />
os estudos<br />
aclaram aspectos que fazem<br />
parte de nós; temos o Ser, o<br />
Ego, a Personalidade. Carregamos<br />
memórias, crenças. Não<br />
há nada de mal nisso.<br />
Tudo o que está em nós<br />
tem um propósito, tem a função<br />
de nos fazer responsáveis<br />
pelo nosso próprio crescimento,<br />
através do esforço pessoal,<br />
ter interesse em melhorar,<br />
aprender a ter discernimento,<br />
superar limites, elevando nosso<br />
nível de consciência.<br />
Como diz o Cristo no evangelho<br />
de Lucas: “Chega um momento,<br />
em que finalmente,<br />
e o Poder de Deus.<br />
Da pesquisa e investigação<br />
teatral, estreou em 1999<br />
“O Guarani”, que depois mudamos<br />
o titulo para “O Amor<br />
de Peri e Ceci”, inspirado na<br />
obra de José de Alencar, resultando<br />
num espetáculo irreverente,<br />
dinâmico, satírico e<br />
musical, apoiado na linguagem<br />
simples e popular, como<br />
meio de atingir o espectador.<br />
Desde a estreia de seu primeiro<br />
espetáculo o grupo<br />
tem participado de inúmeros<br />
festivais e mostras de teatro,<br />
E com 19 anos de história conquistou<br />
mais de 70 prêmios<br />
em todo território nacional e<br />
solidificando o nome da companhia<br />
como uma das mais<br />
atuantes no estado do Paraná<br />
realizando cerca de 300 apresentações<br />
por ano em todo o<br />
Brasil e 22 montagens nesses<br />
19 anos de histórias sendo<br />
que 17 peças ainda continuam<br />
em circulação pelo Brasil.<br />
O espaço cultural inaugurado<br />
em Agosto de <strong>2018</strong> no<br />
Shopping Lar Center Mandacaru<br />
Boulevard, uma parceria<br />
percebemos, a ficha vai cair, vamos<br />
tomar consciência de que<br />
o Reino Divino, na verdade, está<br />
dentro de nós, 'No nosso interior',<br />
'no nosso íntimo'”.<br />
MUNDO EXTERIOR, MUNDO<br />
INTERIOR<br />
É um acontecimento, um<br />
choque de consciência que muda<br />
a nossa maneira de pensar,<br />
olhar para a vida. Nosso íntimo,<br />
esse dentro de nós, é a<br />
“gruta” onde nasce o menino<br />
Deus, como reaprendemos e<br />
lembramos todos os anos, na<br />
noite de Natal.<br />
Para os homens que assim<br />
compreendem e se posicionam<br />
diante da vida, depois desse<br />
choque de consciência, eles<br />
costumam dar Glórias a Deus<br />
nas alturas dessa consciência<br />
alcançada e vivem em paz na<br />
Terra, ainda que tenham que lidar<br />
- como todos - com as questões<br />
próprias do mundo, com<br />
os eventos da vida matérial.<br />
Um capacho pode remover<br />
a lama dos nossos pés, mas se<br />
nós carregamos lama na cabeça,<br />
o que pode removê-la?<br />
A sabedoria de Deus, a<br />
consciência de Deus, faz<br />
uma diferença enorme na<br />
mente humana: A Sabedoria<br />
Divina torna a mente humana<br />
antiaderente !<br />
SER ANTIADERENTE ANTE OS<br />
EVENTOS DO MUNDO<br />
Você já viu frigideiras antiaderentes<br />
nas quais você pode<br />
fazer panquecas? Quando essas<br />
panelas não aderentes não<br />
estavam disponíveis, as pessoas<br />
já costumavam fazer panquecas.<br />
As panquecas ficavam<br />
presas na panela e teriam que<br />
esfregar para que saíssem. Quem<br />
limpava tinha mais trabalho<br />
a fazer para deixá-la pronta<br />
para o próximo uso.<br />
Então, os Eventos são como<br />
panquecas que ficam na panela.<br />
Agora imagine se você<br />
não limpar a panela (se referindo<br />
à Mente) e continuar fazendo<br />
mais panquecas, dia<br />
após dia, na mesma panela, e<br />
as consumindo. Meu Deus,<br />
quão anti-higiênico!<br />
Durante anos você está<br />
usando a mesma panela. Um lado<br />
da panela está queimado<br />
por causa das panquecas presas.<br />
E cheira mal, porque você<br />
não limpou sua panela. No entanto,<br />
você continua fazendo<br />
panquecas (causando dor a si<br />
mesmo), e você está servindo<br />
essas panquecas aos outros (causando<br />
dor aos outros).<br />
Isso é o que está acontecendo.<br />
Você se esqueceu de tornar<br />
sua Mente uma panela antiaderente.<br />
É a sabedoria que<br />
sopra os Eventos para fora da<br />
sua Mente e ajuda você a fluir<br />
com o Tempo.<br />
Pergunta: como aumentar<br />
a sabedoria?<br />
Sabedoria não é sobre os livros<br />
que você lê.<br />
A sabedoria é um estado<br />
expandido de consciência. É<br />
sua mente antiaderente, não<br />
permanecendo cheia, mas ficando<br />
oca e vazia.<br />
No momento em que você<br />
pensa em sabedoria, você pensa<br />
em ler livros. Não! Isso é apenas<br />
informação.<br />
Sabedoria é estar estável e<br />
não se apegar aos eventos.<br />
(SRI SRI RAVI SHANKAR)<br />
Como diz o Cristo: é viver<br />
no mundo, mas não pertencer<br />
a ele. É como ficar imerso na<br />
água e não se molhar...<br />
Mantra: Eu Sou a Ressurreição<br />
e a Vida!◆<br />
Ensinamentos da Grande<br />
Fraternidade Branca<br />
(44) 3028 6139<br />
firmado com o shopping, tem<br />
como objetivo oferecer um espaço<br />
de oficinas, palestras,<br />
cursos, pesquisa teatral e circense<br />
para a comunidade em<br />
geral, ou seja, para crianças,<br />
adolescentes e adultos, processos<br />
de iniciação e aperfeiçoamento<br />
da interpretação teatral<br />
e em breve com oficina<br />
para professores para a realização<br />
de projetos de teatro<br />
na escola, com orientação para<br />
a preparação dos alunos<br />
atores, organização das atividades<br />
para a sala de aula,<br />
adaptação de textos e concepção<br />
e direção de espetáculos<br />
para o ambiente escolar.<br />
Estamos oferecendo mais<br />
um espaço de apresentações<br />
artísticas para a cidade.<br />
O primeiro com condições<br />
técnicas dentro de um shopping,<br />
dentro em breve, o espaço<br />
oferecerá uma agenda<br />
de apresentações e temporadas<br />
de espetáculos como opção<br />
de lazer e entretenimento<br />
para a comunidade de Maringá<br />
e região.◆<br />
ORAÇÃO E PAZ<br />
15ª noite de Oração pela Paz.<br />
Líderes do Cristianismo, Budismo, Islamismo, Espiritismo, Candomblé, Umbanda, Religiões de Deus, Fé Bahá´i e Indígena.<br />
da Redação<br />
Representantes de 9 religiões<br />
presentes no território<br />
maringaense protagonizaram<br />
a edição <strong>2018</strong>.<br />
A reportagem completa<br />
e todas as fotos do evento estão<br />
à disposição no blog do<br />
O Fato Maringá.◆<br />
Use o Leitor de Código<br />
(QR Code), em seu<br />
celular para ler a<br />
matéria na integra.
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 9<br />
Foto Notícia<br />
JARDIM SUMARÉ GANHA<br />
SALÃO COMUNITÁRIO<br />
da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • A Prefeitura Municipal, por meio da Diretoria<br />
de Assuntos Comunitários, realizou nesta quinta, 13, a entrega<br />
do salão comunitário do Jardim Sumaré.<br />
Localizado na rua Pioneiro Bartolomeu Rodrigues, 299, o<br />
centro possui 135m² e capacidade para 120 pessoas. A estrutura<br />
conta ainda com seis ventiladores, bebedouro, banheiros com<br />
acessibilidade, cozinha, área de serviço e sistema de segurança<br />
contra incêndio. O investimento total foi de R$ 446.492,52.<br />
“Ficou bonito né?!”, disse o prefeito Ulisses Maia para a comunidade.<br />
“Agradeço a presença de todos e parabenizo todo o esforço<br />
que a equipe da associação tem pela comunidade. Que o espaço<br />
seja efetivamente um ponto de confraternização e fortalecimento<br />
de vínculos desta comunidade”, finalizou Maia.◆<br />
1<strong>10</strong> ANOS SEM<br />
MACHADO DE ASSIS<br />
“Um dos maiores gênios literários do século XIX...”<br />
Naylor Marques Jr<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Machado de<br />
Assis, poeta, cronista, dramaturgo,<br />
romancista, contista e<br />
crítico literário e de costumes,<br />
um dos maiores gênios literários<br />
do século XIX no<br />
mundo, nasceu Joaquim Maria<br />
Machado de Assis, no RJ,<br />
em 21/06/1839, e lá mesmo faleceu<br />
em 29/09/1908. Portanto,<br />
nesse dia 29 de setembro<br />
de <strong>2018</strong>, estaremos<br />
há 1<strong>10</strong> anos sem o nosso<br />
Bruxo do Cosme Velho.<br />
Em sua carreira, além de<br />
toda a sua participação no<br />
mundo da escrita, foi um dos<br />
fundadores da Academia Brasileira<br />
de Letras, em 1897,<br />
ocupando a cadeira 23, que tinha<br />
como patrono seu velho<br />
amigo, José de Alencar, morto<br />
em 1877. Foi, ainda, por<br />
mais de dez anos presidente<br />
da ABL, que passou a ser chamada<br />
também de Casa de Machado<br />
de Assis, e a partir daí<br />
é seu presidente perpétuo.<br />
O menino simples era filho<br />
do pintor e dourador Francisco<br />
de Assis e da açoriana<br />
Maria Machado de Assis, ficou<br />
órfão de mãe muito cedo,<br />
foi criado no Morro do Livramento,<br />
uma favela e, portanto,<br />
não teve vida fácil como negro<br />
e pobre num país escravocrata.<br />
Além de vencer a sua<br />
condição de pouca escolaridade<br />
e negritude, nosso escritor,<br />
teve que driblar também<br />
o fato de ser um menino<br />
tímido, canhoto, gago e epilético.<br />
É mole? E vejam quanta<br />
gente reclama da vida. Ele<br />
não é só um escritor exemplar,<br />
é um exemplo de vida.<br />
Logo cedo travou amizade<br />
e caiu nas graças de Manuel<br />
Antônio de Almeida, o autor<br />
de Memórias de um sargento<br />
de milícias, com Paula<br />
Xavier (o livreiro), com Louis<br />
Garnier (o mais importante livreiro<br />
e editor do Brasil no século<br />
XIX), com José de Alencar<br />
(o grande romancista romântico,<br />
de quem foi amigo<br />
muito próximo), de Joaquim<br />
Manuel de Macedo (autor de<br />
A Moreninha), de Casimiro de<br />
Abreu, do grande diplomata e<br />
pensador, Joaquim Nabuco e,<br />
entre outros não poderia deixar<br />
de citar, o poeta, Faustino<br />
Xavier de Novais, que lhe deu<br />
o maior dos prêmios, a irmã<br />
em casamento, Carolina Novais<br />
(decisiva na vida do escritor<br />
e com quem foi casado<br />
de 1869 a 1904).<br />
Machado é muito conhecido<br />
pela polêmica história de<br />
uma possível traição entre Capitu<br />
e Bentinho, no romance,<br />
Dom Casmurro. Mas merece<br />
ser lembrado ainda por Memórias<br />
póstumas de Brás Cubas,<br />
na qual um narrador morto<br />
com a sua história de vida e<br />
por mais de uma centena de<br />
contos, destaque para O Alienista,<br />
A causa secreta, Missa<br />
do Galo, Pai contra mãe e A<br />
igreja do Diabo, tendo produzido<br />
ainda uma fortuna crítica<br />
e de crônicas que chegam<br />
à casa dos milhares.<br />
Nosso Bruxo foi, além de<br />
tudo isso, um grande leitor<br />
dos clássicos, funcionário publico,<br />
marido exemplar, caseiro<br />
e apaixonado. É até estranho<br />
que um escritor que escreva<br />
tanto sobre amores fracassados,<br />
possa ter vivido no<br />
mundo real, um amor tão verdadeiro<br />
e forte com Carolina.<br />
Depois da morte dela, em<br />
1904, o escritor entristece e<br />
começa a preparar a própria<br />
morte, de saudades. Recomendo<br />
a todos que, se não leram,<br />
leiam e já o fizeram, voltem<br />
ao mestre como uma justa<br />
homenagem. E deixo aqui<br />
o poema que ele fez para a esposa<br />
morta.◆<br />
Querida! Ao pé do<br />
leito derradeiro,<br />
em que descansas<br />
desta longa vida,<br />
aqui venho e virei,<br />
pobre querida,<br />
trazer-te o coração<br />
de companheiro.<br />
Pulsa-lhe aquele<br />
afeto verdadeiro<br />
que, a despeito de<br />
toda a humana lida,<br />
fez a nossa existência<br />
apetecida e num<br />
recanto pôs um<br />
mundo inteiro...<br />
Trago-te flores -<br />
restos arrancados<br />
da terra que nos viu<br />
passar unidos<br />
e ora mortos nos<br />
deixa e separados;<br />
Que eu, se tenho,<br />
nos olhos malferidos,<br />
pensamentos de<br />
vida formulados,<br />
são pensamentos<br />
idos e vividos.<br />
HEMOCENTRO<br />
Ônibus caracterizados para coleta de sangue.<br />
da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Com apoio da Prefeitura de Maringá e do<br />
Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), a campanha<br />
“Doe Sangue, Doe Vida, Doe Sempre” do Hemocentro, recebeu<br />
na manhã do dia, 26, na praça Raposo Tavares, dois<br />
ônibus caracterizados para intensificar a coleta de doações.<br />
Um dos veículos é adaptado com quatro espaços de coleta<br />
de sangue, local para exames e cadastro, e o outro percorrerá<br />
a cidade nas linhas do transporte coletivo, de modo a divulgar<br />
a campanha e sensibilizar a população para a importância<br />
da doação.<br />
Atualmente, o Hemocentro precisa de 50 doadores diariamente<br />
para atender todas as demandas e manter o estoque<br />
do banco de sangue. Porém, essa meta não é atingida.◆<br />
ÔNIBUS DO HEMOCENTRO<br />
A PROGRAMAÇÃO NAS CIDADES<br />
É DIVULGADA MENSALMENTE NO SITE:<br />
www.hum.uem.br/hemocentro<br />
SAIBA MAIS:<br />
• Hemocentro de Maringá: (44) 3011-9151<br />
• Secretaria de Saúde: (44) 3218-3<strong>10</strong>0<br />
Notas de Fato<br />
• FESTIVAL AFRO-BRASILEIRO<br />
O <strong>10</strong>º Festival Afro-Brasileiro de Maringá abre inscrições para oficinas<br />
preparatórias, voltadas para elementos culturais de raízes<br />
africanas. As oficinas começaram na última semana de setembro.<br />
O festival, aberto ao público, ocorrerá entre os dias 20 e 25 de novembro,<br />
na Travessa Jorge Amado. O evento é promovido pela prefeitura<br />
de Maringá, por meio da Gerência de Igualdade Racial da<br />
Secretaria da Mulher (SEMULHER), em parceria com a secretaria<br />
de Cultura (SEMUC).◆<br />
• VEREADOR POR 120 DIAS<br />
Luís Carlos Pereira do Sindicato do Bancários volta a Câmara<br />
de Maringá. Ele foi empossado dia 20 de setembro em virtude<br />
do pedido de licença apresentado pelo vereador Chico Caiana.<br />
Pereira concorreu pelo PTB e recebeu 2235 votos na última<br />
eleição para o legislativo maringaense e ficará no cargo pelos<br />
próximo 120 dias.◆<br />
• IDOSOS NO TRÂNSITO<br />
Aconteceu dia 20 durante a Semana Nacional de Trânsito, o lançamento<br />
do projeto “A pessoa idosa e o trânsito” da Secretaria de<br />
Mobilidade Urbana (SEMOB). Cerca de 30 % das vítimas de trânsito<br />
neste ano eram de idosos, principalmente pedestres. O projeto<br />
visa conscientizar e orientar idosos sobre os cuidados enquanto<br />
motoristas e pedestres.◆<br />
• MISSÃO CUMPRIDA<br />
Maringá atingiu <strong>10</strong>0,33% de vacinação para poliomielite, imunizando<br />
17.322 crianças e 99,62% contra sarampo, vacinando<br />
17.199. “Agradecemos aos pais por colaborarem levando as crianças<br />
para imunização. Hoje, a vacina é um programa de família, existem<br />
vacinas para crianças, adultos e pessoas idosas, disse Edlene<br />
Goes, coordenadora da Sala da Vacina da Secretaria de Saúde.◆<br />
Se é importante, sai no jornal!<br />
o fato anuncio<br />
Sugestões<br />
de pautas,<br />
ou para<br />
anunciar:<br />
(44) 99713-0<strong>03</strong>0<br />
ofatomaringa@gmail.com<br />
/ofatomaringa
<strong>10</strong> • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1<br />
FESTIVAL PARALÍMPICO<br />
LEVA ALEGRIA A 150 CRIANÇAS<br />
Manhã memorável no Ginásio de Esportes<br />
da Redação<br />
Vôlei Sentado, uma das modalidades Paralímpicas.<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Pelo menos<br />
para as mais de 150 crianças especiais<br />
que participaram das<br />
atividades do Festival Paralímpico<br />
no sábado, 22 de setembro,<br />
a alegria estava estampada<br />
Use o Leitor de Código<br />
(QR Code), em seu<br />
celular para ler a<br />
matéria na integra.<br />
Valdir Pinheiro.<br />
nos olhos e nos largos sorrisos<br />
de todos os envolvidos.<br />
As meninas e meninos foram<br />
divididos em 3 grandes<br />
grupos para revezarem-se<br />
na prática de vôlei sentado,<br />
atletismo e a bocha.<br />
Todas as atividades se desenvolveram<br />
em forma de recreação,<br />
sem as regras oficiais<br />
e isso acabou por envolver<br />
até quem como nós, está<br />
ali só para desenvolver um<br />
trabalho paralelo ao evento.<br />
O coordenador dos Esportes<br />
Olímpicos e Paralímpicos<br />
da SESP, Sílvio José Rodrigues,<br />
enfatizou a importância de<br />
eventos como esse.<br />
“É algo que ajudará as<br />
crianças a ter vivência maior<br />
não só com os esportes,<br />
mas também com crianças<br />
das mesmas limitações”.<br />
Além das atividades esportivas<br />
a programação incluiu<br />
distribuição de lanches e camisetas<br />
aos participantes.<br />
Além de Maringá, outras<br />
três cidades receberão o Festival<br />
Paralímpico. Curitiba,<br />
Cascavel e Pontal do Paraná.<br />
O evento foi organizado<br />
pela Prefeitura Municipal de<br />
Maringá através da Secretaria<br />
de Esporte e Lazer (SESP)<br />
em parceria com o Comitê<br />
Paralímpico Nacional.◆<br />
PIONEIROS E FILHOS DA TERRA<br />
“Meu nome é Nelson Nazário dos Santos. Tenho 84 anos e<br />
cheguei em Maringá em 1954.<br />
Eu tinha 16 anos e cheguei sozinho. A viagem do Pernambuco<br />
para cá foi longa e antes de chegar aqui, fiquei um ano em<br />
São Paulo.<br />
Eu vim atrás do meu irmão João, <strong>10</strong> anos mais velho, nem<br />
me lembrava da face dele, pois quando partiu para trabalhar eu<br />
ainda era um bebê, então posso dizer que foi em Maringá que conheci<br />
meu irmão. Foi aqui também que conheci a Terezinha Maria<br />
Valença dos Santos, a mulher que seria destinada a ser minha<br />
futura esposa e que já está comigo há 60 anos.<br />
Nelson e Terezinha.<br />
Uma coisa curiosa: Nós dois, somos pernambucanos, mas por lá, nunca nos encontramos.<br />
Eu morava em Bom Conselho e ela em Serrita que fica bem longe, (420km), é quase divisa<br />
com o Ceará.<br />
Me lembro que só tinha 3<br />
postos de gasolina nessa cidade,<br />
e aqui no Mandacaru,<br />
não tinha nada, só o nome do<br />
lugar. Foi aqui que construí<br />
minha primeira casa e depois<br />
outra, e depois outra que é<br />
essa onde vivo hoje. Trabalhei<br />
desde meus 6 anos lá no<br />
nordeste e em Maringá trabalhei<br />
em muitas empresas<br />
até me aposentar, mas quando<br />
chegamos aqui não haviam<br />
empresas e então nós trabalhávamos<br />
no campo. Colhi,<br />
algodão, milho, feijão, arroz,<br />
café, e hoje só tem soja,<br />
que alimenta a quem?”◆<br />
Representantes na Cerimônia de Assinatura do Termo de Cooperação.<br />
UEM REPASSARÁ CONHECIMENTO<br />
PARA FORTALECER O ESPORTE<br />
PARALÍMPICO BRASILEIRO<br />
Departamento de Educação Física celebrou termo de<br />
cooperação técnica com o Comitê Paralímpico Brasileiro<br />
Eder Alfredo<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • O convênio<br />
tem o objetivo de aplicar o conhecimento<br />
em Ciências do<br />
Esporte, gerado pela UEM, no<br />
aprimoramento do desempenho<br />
das seleções esportivas<br />
nacionais e a implantação do<br />
Laboratório Paralímpico de<br />
Pesquisa, Avaliação e Inovação<br />
em Esportes Paralímpicos.<br />
A iniciativa também deve<br />
oferecer formação e habilitação<br />
profissional a diferentes áreas<br />
do conhecimento em benefício<br />
do esporte paralímpico.<br />
Para apresentação e formalização<br />
da cooperação, esteve<br />
presente o vice-presidente<br />
do CPB, Ivaldo Brandão Vieira.<br />
Segundo ele, o convênio serve<br />
para dar apoio jurídico às relações<br />
entre o Comitê e a Universidade,<br />
dando viabilidade<br />
às pesquisas. “Trata-se de uma<br />
área carente, portanto, temos<br />
de nos apropriar do conhecimento<br />
das universidades, disponibilizando<br />
as informações,<br />
que partirá da UEM para todo o<br />
País”, certifica.<br />
Para o professor do DEF, Décio<br />
Calegari, o trabalho realizado<br />
pelo Programa de Atividade<br />
Fisica Adaptada (PROAFA), juntamente<br />
com demais instituições<br />
paradesportivas regionais,<br />
possibilitou a oficialização<br />
do convênio, que deve durar<br />
até 2020. Ainda de acordo com<br />
Calegari, o bom aproveitamento<br />
da parceria firmada pode<br />
fazer da região de Maringá<br />
referência em esportes paralímpicos.<br />
A oficialização do convênio<br />
também oferece garantias<br />
de novos projetos de extensão,<br />
difundindo ainda mais<br />
as áreas relacionadas ao paradesporto.<br />
“A cooperação oferece<br />
condições para envolvimento<br />
mais incisivo da comunidade<br />
com os eventos paralímpicos<br />
regionais. Isso contribui<br />
com o fortalecimento atletas”,<br />
acrescenta Calegari.<br />
Levando em conta o aspecto<br />
interdisciplinar e, ainda,<br />
para continuidade às<br />
ações, entidades envolvidas<br />
devem mobilizar professores<br />
e acadêmicos de vários departamentos<br />
pela UEM para<br />
dar direcionamento a possíveis<br />
projetos de pesquisa relacionados<br />
às modalidades paralímpicas.<br />
Esteviram presentes na cerimônia<br />
de assinatura do Termo<br />
de Cooperação o reitor da<br />
UEM, Mauro Baesso, o diretor<br />
administrativo da Secretaria<br />
de Esportes de Maringá, Marco<br />
Aurélio Rocha, o diretor do<br />
Escritório Regional do Esporte<br />
e do Turismo de Maringá, Luciano<br />
Pozza, o chefe do Departamento<br />
de Educação Física da Universidade,<br />
Claudio Kravchychyn,<br />
além de atletas paralímpicos<br />
de Maringá.◆<br />
(44) 3029-1431<br />
Av. Alziro Zarur, 702<br />
Jardim São Jorge<br />
Maringá - PR
Ano 1 • Edição <strong>10</strong> • Outubro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 11<br />
2047 • O FUTURO JÁ COMEÇOU<br />
Nailor Marques Jr. • www.nailor.com.br<br />
Foto: Assessoria de Comunicação • PMM<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Esse é o título<br />
de uma série de palestras<br />
que venho fazendo pelos bairros<br />
da cidade de Maringá, a<br />
convite do CODEM e da<br />
ACIM. E por que o futuro já começou?<br />
Porque Maringá a melhor<br />
cidade para se viver no<br />
Brasil, saiu na dianteira e criou<br />
um plano, com a ajuda da<br />
PwC, para antever como será<br />
nossa cidade no seu aniversário<br />
de <strong>10</strong>0 anos. Esse projeto<br />
se chama Masterplan.<br />
Muitos leitores dessa matéria<br />
vão pensar: “Então isso<br />
não é para mim”. Eu digo<br />
que esse é um engano comum.<br />
Leitores, podem acreditar<br />
que a maioria de vocês<br />
vai estar lá sim e é, justamente<br />
por isso, que o futuro<br />
já começou. A grande pergunta<br />
que todos devem se fazer<br />
não é SE estaremos lá, mas<br />
sim COMO estaremos lá?<br />
Hoje há um conceito que<br />
vigora no mundo de que cada<br />
vez mais estaremos amortais.<br />
Notem que eu escrevi<br />
Amortais e não Imortais.<br />
Imortalidade é a capacidade<br />
ou a qualidade da pessoa ou<br />
da coisa que não morre nunca;<br />
amortalidade é a qualidade<br />
que adquirimos, com o<br />
avanço da Medicina, de vivermos<br />
cada vez mais e com<br />
uma qualidade de vida cada<br />
vez melhor. Isso implica, no<br />
entanto, que precisaremos<br />
nos ocupar e de dinheiro por<br />
mais tempo, é sobre isso e as<br />
formas de se alcançar que<br />
discuto nas palestras.<br />
Mas, enfim, o que vem a ser<br />
esse Masterplan: O CODEM e<br />
a ACIM, juntos com a sociedade<br />
civil organizada, desenvolveram<br />
um grande projeto<br />
de visão de futuro e planejamento<br />
estratégico de<br />
longo prazo, que se denominou:<br />
Masterplan Metrópole<br />
de Maringá - Plano Socioeconômico.<br />
Nessa visão de futuro cinco<br />
grandes áreas foram apontadas<br />
como de excelência e é<br />
preciso que todos saibam para<br />
direcionar seus negócios<br />
diretos ou indiretos. As áreas<br />
são: Educação, Saúde, Tecnologia<br />
da informação, Segurança e<br />
Serviços financeiros e seguros.<br />
E o que nós precisamos<br />
saber, o que temos a ver com<br />
isso? Essa é a chave da questão,<br />
nossa cidade só vai continuar<br />
se sobressaindo, melhorando,<br />
crescendo com<br />
qualidade, se cada um de nós<br />
comprarmos esse projeto como<br />
nosso. A cidade vai fazer<br />
e está fazendo a parte dela<br />
(Acim, Codem, Prefeitura),<br />
mas precisamos, sobretudo,<br />
do apoio da sociedade civil,<br />
que quer dizer cada um de<br />
nós. É o esforço de todos para<br />
o bem de todos.<br />
VAMOS SABER UMA<br />
POUQUINHO DO QUE JÁ<br />
TEMOS EM <strong>MARINGÁ</strong>:<br />
• Somos a 20ª cidade mais inteligente<br />
do Brasil, 8ª melhor<br />
entre as não-capitais,<br />
2ª melhor o Paraná, 4ª da<br />
Região Sul.<br />
• Do 1º a 5º ano, 83% dos<br />
alunos tem conhecimento<br />
adequado de português,<br />
enquanto a média<br />
Paraná é de 65% e média<br />
Brasil é de 51%.<br />
• A educação municipal (1º. ao<br />
5º. Ano) tem IDEB nota 70;<br />
quando o aluno passa para<br />
o Estado, a nota vira 37.<br />
• 70% das escolas são de<br />
tempo integral.<br />
• Prefeitura de Maringá é a<br />
13ª que mais sabe poupar<br />
no Brasil e é a 14ª que mais<br />
investe no cidadão.<br />
• Somos a 2ª melhor cidade<br />
em saneamento e a 3ª melhor<br />
em saúde do Brasil.<br />
• Além de sermos a <strong>10</strong>ª melhor<br />
cidade em equipes<br />
da atenção básica à saúde<br />
e a 18ª melhor cidade<br />
do Brasil para idosos.<br />
Bom, isso é o que já temos<br />
e é muito, se comparado<br />
a outras cidades do Brasil. Só<br />
que além de nos mantermos<br />
assim, precisamos melhorar.<br />
O que nos cabe, enquanto cidadãos<br />
civilizados:<br />
Manter a cidade limpa,<br />
arrumar nossas calçadas, respeitar<br />
as vagas de idosos, gestantes<br />
e deficientes, evitar<br />
epidemias, comparecer às<br />
consultas agendadas (40%<br />
das pessoas faltam), marcar<br />
consultas à tarde, quando os<br />
postos de saúde estão praticamente<br />
vazios, podem defender<br />
as escolas e a polícia,<br />
respeitar as leis, acender os<br />
faróis dos carros mesmo durante<br />
o dia, para evitar atropelamentos,<br />
para antes da faixa.<br />
Enfim, podemos fazer,<br />
cada um, pequenas coisas e<br />
juntos uma Maringá excelente<br />
em 2047.◆<br />
Professor Nailor Marques Jr.
12 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Outubro de <strong>2018</strong> • Edição <strong>10</strong> • Ano 1