RIO — O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deve anunciar nos próximos dias o nome do futuro ministro das Relações Exteriores . Em entrevista na segunda-feira, ele disse que mais quatro ministérios estão perto de terem seus titulares anunciados. Em meio à falta de clareza do programa de governo apresentado na campanha e a declarações contraditórias, a política externa brasileira dos próximos anos traz incertezas. Colunistas do GLOBO analisam os sinais dados pelo presidente eleito e alertam para risco de retrocesso.
Questão de imagem, por Merval Pereira
É preocupante o rumo que Jair Bolsonaro parece querer imprimir à política externa, que poderá pôr em risco a credibilidade das instituições brasileiras e promover a importação de ódios e terrorismo, em vez de exportar concórdia, resultante do convívio harmônico entre judeus e árabes, de que o país é exemplo. Leia mais
O que evitar, por Míriam Leitão
Diplomacia é arte de delicada tessitura. Mesmo para endurecer é preciso saber como fazer e qual é o passo seguinte, como num jogo de xadrez. E só deve ter um norte: o interesse do Brasil. O próximo governo tem falado qual será a política externa antes de escolher o futuro ministro. Como candidato, Jair Bolsonaro fez declarações das quais teve que recuar. Como presidente eleito deveria evitar precipitações porque suas palavras têm enorme peso agora. Nos governos Geisel e Figueiredo o Brasil retomou a política externa não ideológica e não alinhada aos Estados Unidos, que, depois, foi seguida em governos democráticos. Leia mais
Bolsonaro no buraco, por José Casado
Presidente eleito de um país desesperado para ampliar exportações e receber investimentos estrangeiros, Bolsonaro resolveu desprezar um quarto do mercado global, com três bilhões de consumidores. Semana passada a China advertiu, publicamente, que uma ruptura vai “custar caro” ao Brasil. Leia mais