Os filmes premiados do I FESTIVAL DE FILMES ARQUEOLÓGICOS DO RECIFE

por JuCa

d351ea_3f4697f6244f4db0978349e8eb28fc4bmv2Entre os dias 05 e 08 de Dezembro de 2017 ocorreu o primeiro I FESTIVAL DE FILMES ARQUEOLÓGICOS DO RECIFE. A proposta do evento foi de ampliar o espaço para discussão e divulgação da produção científica na arqueologia e áreas afins, possibilitando um importante intercâmbio com diversos profissionais, pondo em evidência, sobretudo a produção nacional e internacional sobre as temáticas propostas.

Piragiba
Logomarca do filme vencedor do I Festival de Filmes Arqueológicos do Recife.

O filme vencedor do festival foi Piragiba, escavacando uma história, documentário que estreou originalmente em 2014 (Confira o documentário completo no final da matéria). Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, os filmes Onde for sítio, há sítios; e Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape.

Dois filmes ainda receberam Menção Honrosa do Júri aos filmes por Relevância para o Campo, sendo ambos episódios especiais do canal Arqueologia em Ação, do YouTube. De acordo com o jurí “apesar de trazer um conteúdo importante, o formato de programa de entrevista de TV se distancia da linguagem técnica e artística de um filme documentário. Por não apresentar linguagem fluída com sonoplastia, fotografia, montagem e outros recursos audiovisuais, consideremos que, por sua relevância para o campo, deva receber Menção Honrosa os vídeos da série Arqueologia em Ação – Especial com Tânia Andrade Lima e Especial com Igor Chmyz.
O canal Arqueologia em Ação realiza séries de videos, principalmente de entrevistas, que tem por objetivo difundir o conhecimento arqueológico para o grande público. O canal é mantido através do esforço dos voluntários, estudantes de arqueologia em sua maioria, que se organizam para realizar os vídeos. Nenhum dos voluntários possui grandes conhecimento técnicos de produção audiovisual, ou sequer equipamentos de boa qualidade. Portanto, o autor desta matéria, sendo também o coordenador da maioria das produções do canal Arqueologia em Ação, recebe estas menções honrosas com muita alegria, pois trata-se de um reconhecimento importante sobra a relevância dos nossos esforços.
Confira abaixo o sensacional documentário vencedor do festival. Mais abaixo você pode conferir, também, os dois episódios especiais do canal Arqueologia em Ação que receberam menção honrosa do juri.

Piragiba, escavacando uma história (filme vencedor)

Sinopse: Por volta dos anos de 1970, uma grande cheia do riacho que passa pela vila de Piragiba faz surgir uma imensa quantidade de urnas funerárias indígenas antigas. Em 1992, uma equipe de arqueólogos da Universidade Federal da Bahia é acionada para examinar os achados. Surgem daí descobertas sobre a história da vila, sobre as antigas ocupações humanas na região, bem como sobre o cotidiano dos moradores de Piragiba. A proximidade dos trabalhos arqueológicos com o cotidiano da vila foi um dos desafios da pesquisa e um dos principais elementos da descoberta. Toda a vila foi transformada em um imenso palco de pesquisa arqueológica.

Direção: Luydy Fernandes & Anderson Silveira
Duração: 46:25 m.
Produção: Doc4U
Apoio: Instituto Júlio Cesar Mello de Oliveira
Realização: Recôncavo Arqueológico (UFRB) & Bahia Arqueológica (UFBA)
Patrocínio: Fapesb & Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia

Arqueologia em Ação – Especial Tânia Andrade Lima (menção honrosa)

Sinopse: Tânia Andrade Lima é arqueóloga formada pela Universidade Estácio de Sá, e possui doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora e pesquisadora do Museu Nacional. Neste especial, Tânia conta sobre o que a levou a se tornar arqueóloga; suas referências na arqueologia brasileira durante os anos 70; fala sobre sua pesquisa de doutorado, que tratou da zooarqueologia em sambaquis; explica sua visão sobre o processualismo e pós-processualismo; conta o que a levou à arqueologia histórica; explica um pouco do seu projeto no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro; conta sobre os problemas que a arqueologia enfrentava na década de 80; fala sobre a regulamentação da arqueologia enquanto profissão no Brasil; fala sobre as barreiras por ser mulher na arqueologia; o tempo que presidiu a Sociedade de Arqueologia Brasileira; entre outras coisas. Mais do que uma simples entrevista, Tânia nos presenteia com lições para os atuais e futuro arqueólogos. Esta entrevista foi filmada no dia 16 de Março de 2016, em espaço cedido na Biblioteca do Horto/Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Agradecimentos especiais à Leandra Pereira Oliveira, chefe da Biblioteca.

Produção:
João Carlos Moreno de Sousa (JuCa) – Câmera e edição
Lucas Braga – Entrevista e roteiro
André Ávila Pinto – Auxílio Técnico
Leidiana Mota – Auxílio Técnico
Antônio Lima – Auxílio Técnico

Arqueologia em Ação – Especial Igor Chmyz (menção honrosa)

Igor Chmyz é historiador e geógrafo formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também realizou cursos voltados à arqueologia com João José Bigarella, Annette Laming-Emperaire, Betty Meggers e Clifford Evans. Possui doutorado em Antropologia/Arqueologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor e pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (CEPA) da UFPR. Neste especial, Igor conta sua trajetória até iniciar seus estudos em Arqueologia; fala sobre os seus professores de arqueologia durante os anos 60 e 70; sobre seu doutorado com sítios arqueológicos da região do Paranapanema; conta sobre alguns projetos realizados; fala sobre as pontos positivos e negativos da arqueologia de hoje comparada há décadas atrás; as lições e arrependimentos tiradas em décadas de experiência; e deixa lições para os atuais e futuros arqueólogos. Neste especial, Igor Chmyz nos presenteia com um fragmento importante da história da Arqueologia Brasileira. Esta entrevista foi filmada no dia 04 de Maio de 2016, no escritório do Dr. Igor Chmyz, no Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.

Produção:
João Carlos Moreno de Sousa (JuCa) – Câmera, edição, roteiro
Gabriela Sartori Mingatos – Entrevista e roteiro
Roseli Ceccon – Auxílio Técnico

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