• Natalia Leão
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Tipos de meditação (Foto: Daniel das Neves)

Tipos de meditação (Foto: Daniel das Neves)

Zazen
Sentado, com os olhos entreabertos, você é orientado a esvaziar o pulmão três vezes, perceber seu corpo, a respiração, as tensões, os batimentos cardíacos, assim como o ambiente externo. Não há esforço para não pensar. Basta observar como os pensamentos se formam e se desfazem.

Vipassana
Defende que a mente é como um lago de águas agitadas. Para acalmá-la e enxergar a luz do fundo à superfície, a técnica utiliza apenas a respiração. O praticante deve ficar extremamente atento à inspiração e expiração, até alcançar a plena consciência no momento presente.

Ativa
Se você acha que permanecer sentado em silêncio ou recitando um mantra parece tedioso, tente a meditação ativa. Nela o aluno dança, realiza movimentos livres, respira profundamente e até grita. A ideia é dar liberdade ao corpo até que ele se aproxime de um estado de transe.

Sahaj Samadhi
Durante a sessão guiada, você é levado a perceber cada parte do corpo, a respiração e os ruídos externos até atingir um estado de relaxamento corporal. Depois, recebe um mantra (combinação de sons considerados sagrados) que é repetido ininterruptamente até atingir um grau de relaxamento profundo.

Transcendental
Para praticar você só precisa de 20 minutos sentado (em uma cadeira, no chão ou até no avião), com os olhos fechados, em silêncio e recitando um mantra para mentalizar. A técnica não tem relação com religião, filosofia ou estilo de vida. Em um curso de uma semana você aprende e pode fazer sozinho.

Budista
Sentado em uma postura confortável, com a coluna ereta, um professor guia você através do relaxamento. Na sequência ele transmitirá verbalmente algum ensinamento de Buda, que será o objeto de meditação. A meta é aprender o ensinamento de forma profunda e completa.

 

Veja mais: Meditação funciona

Posições para meditação (Foto: Daniel das Neves)

Movimentos da ioga para meditar sem que o corpo reclame

Rajakapotasana
De joelhos, deixe que um dos pés escorregue para trás, até a perna ficar estendida. Leve a outra perna até a frente do tronco, com o lado de fora do pé tocando o chão. Libera a região do quadril e abre o peitoral
 

Pavana- muktasana
Deitado com as costas no chão, abrace um dos joelhos, encostando-o na barriga. Faça o mesmo com o outro. Em seguida, abrace os dois juntos. Alivia toda a extensão da coluna, alongando-a e soltando-a
 

Setuban-dhasana
Apoie os pés paralelos, levemente afastados. Com as mãos no chão, levante o quadril, estendendo a coluna. Abre o peitoral, aumenta a flexibilidade da coluna e fortalece a região do quadril.

:: PASSO A PASSO::

Em apenas quatro etapas você pode se aventurar no mundo da meditação

Posição
Escolha uma posição confortável, mas que mantenha a coluna ereta. Pode ser sentado com as pernas cruzadas e as mãos repousando nos joelhos.


Olhos
Feche os olhos, ou mantenha-os entreabertos com o olhar fixo em um ponto (pode ser uma imagem, uma mandala, a chama de uma vela, ou até mesmo uma parede branca).


Respiração
Respire calmamente, sem alterar o ritmo, observando o fluxo natural do ar entrando e saindo das narinas aos pulmões, passando pelo abdome.


Pensamento
Esvazie a mente ou foque a atenção em um mantra ou palavra positiva. Quando algum pensamento surgir, apenas observe e deixe que ele vá

David Lynch (Foto: Divulgação)

Em Águas Profundas – Criatividade e Meditação
Gryfus, 204 págs.
O cineasta David Lynch, famoso por O Homem Elefante e Cidade dos Sonhos, começou a praticar meditação transcendental em 1973 após escutar uma frase que o intrigou: “A verdadeira felicidade não está no exterior, mas no interior de cada um”.  Em 2005, ele foi mais fundo e criou uma fundação de arrecadação para a disseminação da meditação como prática não religiosa. No livro, uma mistura de autobiografia, história do cinema, ensaio espiritual e manual de meditação, Lynch conta como a prática mudou a sua vida, estimulando sua criatividade e consciência.