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Ana Strumpf cria um colorido high-low em seu apartamento paulistano
A ilustradora, designer e multimulher faz de seu novo lar um verdadeiro espelho de sua alma e de seu estilo de vida
3 min de leituraAna Strumpf é várias mulheres em uma. Ilustradora, designer de interiores e de produtos, consultora criativa, apresentadora, esposa e mãe de dois meninos – uma verdadeira empresa de si mesma. Em 2017, por exemplo, enquanto concebia campanhas publicitárias para grandes da indústria fashion, como Tod’s, Nina Ricci e La Mer, ilustrava editoriais para as principais Vogues do planeta e dava continuidade à sua série Re.Cover (em que recria capas de revistas com suas coloridíssimas ilustrações), Ana se viu envolvida com mais um projeto, em parceria com a mãe, Regina Strumpf: o do seu novo lar, em Higienópolis, São Paulo, bairro que escolheu para viver desde 2014, quando voltou de Nova York depois de lá viver por quatro anos com o marido, o cineasta e roteirista de séries e filmes Dennison Ramalho.
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Os dois eram recém-casados na época em que foram para os Estados Unidos, por causa do mestrado em cinema que Dennison cursaria na Columbia University (hoje ele está em fase de finalização de seu primeiro longa, Morto Não Fala, e assina o roteiro do seriado Carcereiros, da TV Globo).
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“Aqui a gente tem o mais próximo do estilo de vida que tínhamos em Nova York: você vai para o trabalho, academia, clube, supermercado, farmácia, tudo a pé”, conta, enquanto apresenta os espaçosos ambientes do imóvel, para onde se mudou há cerca de quatro meses.
A decoração é um verdadeiro espelho de sua personalidade. “Gosto muito de misturar épocas, cores, peças assinadas por grandes designers com outras garimpadas nas minhas viagens e um pouco das minhas criações”, revela.
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E apesar de conhecida por seu toque colorido, Ana diz que, neste projeto, optou por partir de nuances calmas. “A base é mais neutra: sofá camelo, tapete preto e branco, mesa de madeira, móveis pretos ou de vime e mármore branco. Aí brinco com as almofadas, as paredes, os objetos e as artes, que pontuam tudo comas cores de que eu tanto gosto. Afinal, minimal é uma coisa que eu jamais serei”, diverte-se, enquanto pede aos gêmeos Max e Noah, de 4 anos, para segurarem um pouco a onda na bagunça. “É uma casa com criança, mas eu sou meio chata. A regra aqui é ‘pode fazer o que quiser, mas bagunçou, guardou!’”
De móveis com etiquetas consagradas – Alvar Aalto, Fornasetti, Jieldé, USM– a itens divertidos, tudo aponta para o high-low que Ana tanto valoriza. Presença marcante: muitas coisas de pessoas queridas. “Acho que tenho sorte de ter amigos talentosos e faço questão de prestigiá-los”, orgulha-se.
O iluminado living exemplifica: nas paredes, entre sua coleção de pratos, criações de Rita Wainer e Maurício Arruda convivem com fotos de Camila Guerreiro, Gil Inoue, Felipe Morozini, Mariana Tassinari e Sandra Jávera. Para completar a festa, arranjos de Daniela Laloum, da Fulô.
Um ponto crucial, que influenciou as outras escolhas do décor, foi a generosa área externa. Dos mais de 250 m² do imóvel, cerca de 70 são abertos. “A sensação é de estar em uma casa, me apaixonei logo que vi. A sacada é perfeita para os meninos, não tenho mais aquela fissura de tirá-los de casa. Agora eles podem ficar andando de patinete para lá e para cá aqui mesmo”, conta.
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O espaço ao ar livre ainda deu vazão a uma nova paixão: as plantas. Ali, Ana instalou uma mini-horta suspensa, onde cultiva desde manjericão e alecrim a melissa e almeirão, ao lado de um farto jardim tropical, que percorre de uma ponta a outra este terraço, para onde os quartos também têm saída.
O melhor resumo do que se vê em sua morada é a própria Ana quem faz: “Meu apartamento é sempre um cartão de visitas, é trabalho. Mas não suporto casa em que você não pode sentar na cadeira porque pode ser que quebre, ou não pode deitar no sofá porque é branco. O conforto, para mim, vem em primeiro lugar.”