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S&P diz que temor sobre rating do Brasil é exagerado

Segundo diretora, o rebaixamento da nota não é um risco iminente e os temores se devem às altas especulações em relação ao país

Por Da Redação
7 nov 2013, 15h15

Apesar de admitir preocupação com a situação fiscal do Brasil, a diretora para ratings soberanos para a América Latina da Standard & Poor�s, Lisa Schineller, garantiu que a piora fiscal não significa que a nota soberana de crédito do Brasil está prestes a cair um degrau na categoria de grau de investimento, ficando mais próxima da categoria especulativa.

“O outlook negativo não significa que uma mudança no rating é iminente. Isso pode ocorrer em um a dois anos”, afirmou. Além disso, ela afirmou que é exagero dizer que o Brasil – entre os emergentes dos Brics, do qual fazem parte ainda Rússia, China, Índia e África do Sul – poderia ser o primeiro a perder o status de “grau de investimento”, conforme afirmaram analistas do banco Barclays, em relatório enviado ao jornal Financial Times. “A Índia tem nota BBB- com perspectiva negativa e está mais perto que o Brasil”, disse Lisa.

Hoje, o Brasil tem a nota em moeda estrangeira de BBB, com perspectiva negativa pela S&P. Das três principais agências de classificação de risco, a S&P é a única a colocar perspectiva negativa para o país. Segundo Lisa, os temores sobre perda do grau de investimento são exagerados e se devem a expectativas muito altas em relação ao Brasil no momento de crescimento mais acelerado. “O Brasil estava claramente superaquecido quando chegou a crescer 7,5% em 2010, período em que o potencial era bem mais baixo, ao redor de 3,5%”, disse. Mas julga exagero o pessimismo de agora. “Temos de considerar que o país teve uma melhora importante na última década e está sendo subestimado.”

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Lisa ressaltou que há riscos para baixo diante da deterioração fiscal e crescimento fraco, especialmente com a proximidade das eleições, no ano que vem, e que o governo tem desafios para firmar a credibilidade de suas políticas. “Esse cenário pode levar a um rating mais baixo, mas repito que não significa que isso seja iminente. Claro que é sempre possível uma mudança a qualquer momento, mas nós não estamos com o rating de crédito do Brasil sob análise”, reforçou.

Deterioração – Apesar dessa análise, a diretora disse que os números recentes mostram deterioração no lado fiscal e que é necessário que o governo ponha algumas mudanças em prática o quanto antes. “Os números da dívida estão indo na direção errada em termos de tendência”, avaliou.

Segundo a diretora, o governo tem ressaltado “verbalmente” que vai melhorar a situação fiscal, como, por exemplo, desacelerando o ritmo de financiamentos por bancos estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Mas o que queremos ver agora é execução, sinais concretos de mudança da política fiscal”, afirmou.

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Lisa lembrou que, independentemente das promessas que o governo faz, de que irá cumprir sua meta de superávit primário. “E nós não esperamos um resultado primário forte este ano ou no ano que vem”, admitiu. Por outro lado, embora a inflação siga alta e mais perto do teto da banda, Lisa ressalta que há hoje “mais flexibilidade monetária do que uma década atrás” e reconhece que o ambiente externo está “mais difícil atualmente”.

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(com Estadão Conteúdo)

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