22/10/2014 11h57 - Atualizado em 22/10/2014 11h57

Candidatos são denunciados por uso
irregular do Facebook em campanha

Denunciados teriam postado pesquisa sem registro e histórico patrocinado.
Representação é da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Amapá.

Abinoan SantiagoDo G1 AP

Sete candidatos que disputaram as Eleições 2014 foram denunciados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Amapá, por uso irregular do Facebook durante campanha eleitoral. Cinco concorrentes teriam contratado na rede social a ferramenta de histórico patrocinado para aumentar o alcance das publicações aos usuários. Os outros dois foram denunciados por divulgação de  pesquisas sem registro na Justiça Eleitoral.

De acordo com o PRE, a contratação do histórico patrocinado foi praticado pelo candidato ao Senado Pastor Jorvan (PRP) e o concorrente ao governo Bruno Mineiro (PT do B). Marcos Roberto (PT) e Pastor Jorielson (PRP), que disputavam a Câmara dos Deputados; e Fabrício Furlan (PSOL), candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), também foram denunciados pela mesma infração. Eles podem ser condenados ao pagamento de multa de até R$ 30 mil por terem pagado propaganda na internet, prática vedada pela legislação eleitoral.

A assessoria de comunicação do candidato Bruno Mineiro informou que não usou da ferramenta de forma irregular e lembrou que vários perfis falsos dele foram criados durante a campanha. Pastor Jorielson, que também foi porta-voz do Pastor Jorvan, negou que ambos tenham usado o histórico patrocinado, e disse que algum militante pode ter contratado o serviço. Marcos Roberto, Pastor Jorvan e Fabrício Furlan não foram localizados.

Os denunciados por publicação de pesquisas de intenções de votos na internet foram Jorge Amanajás (PPS), que concorria ao governo; e o candidato a deputado estadual Washignton Picanço (PSB). Além dos políticos, outros três eleitores são acusados da mesma prática. Todos estão sujeitos a pagamento de multas à Justiça. Nenhum dos denunciados foi localizado.

“A legitimidade e o equilíbrio das eleições são perigosamente afetados, mormente quando se trata de divulgação da pesquisa nas redes sociais, Facebook, por exemplo, dado o elevado potencial de massificação da informação neste meio, a partir de compartilhamentos com outros usuários”, diz trecho da representação da PRE do Amapá.

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