Um crime curioso desafia a polícia ambiental do interior de São Paulo. Um leão de 300 quilos foi roubado de um centro de reabilitação de animais.
Nesta sexta-feira (2) à tarde, o dono do leão viu as imagens gravadas pelas câmeras de segurança de uma chácara que fica ao lado do criadouro, em Monte Azul Paulista. Elas mostram toda a ação dos ladrões.
Primeiro, aparece uma caminhonete, às sete horas e dez minutos da manhã, com uma jaula na carroceria. Em seguida, as câmeras dos fundos da chácara mostram dois homens andando pela rua que dá acesso ao criadouro. Um deles carrega um objeto que pode ter sido usado para sedar o animal.
Em seguida, a caminhonete entra de ré no centro de reabilitação. Vinte minutos depois, sai transportando o leão.
O dono reconheceu um dos ladrões e informou à polícia o nome dele. "Temos um suspeito forte. Se Deus quiser a gente vai chegar até ele", afirma Oswaldo Garcia Júnior, dono do criadouro.
O leão foi doado para um criadouro de Monte Azul Paulista por um comerciante do Paraná que criava animais selvagens e não queria mais ficar com alguns felinos. O animal chegou muito debilitado, recebeu tratamento, comida e passou a viver em uma jaula, durante cinco anos.
Nesta sexta-feira (3) à tarde, a polícia do Paraná intimou o ex-dono do animal a prestar depoimento. Peritos e policiais ambientais estiveram no criadouro que tem autorização do Ibama para funcionar.
A cerca de arame cortada perto da jaula e marcas no chão indicam que o leão foi arrastado. "Ele deve ter sido sedado aqui para retirar para fora da jaula, que há vestígio de arrastamento", declara o perito criminal Nilceu Fortunato.
Rauél tem 12 anos e pesa 300 quilos. A polícia está preocupada com o risco que o animal oferece. "Se caso às vezes ele vier ser solto, ele pode causar algum dano, atacar alguém", alerta Antônio Orestes Carózio, cabo da Polícia Ambiental.
O dono do leão disse que o animal é o preferido dele. "Eu cuidei dele, pelas fotos você pode ver que ele é um leão feliz, feliz, alegre e bonito", diz Oswaldo Garcia Júnior, dono do criadouro.
