Começa a negociação por acordo coletivo dos jornalistas

Primeiro encontro da rodada de negociação teve poucos avanços

Representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado (SindJors) e das entidades patronais se reuniram nesta terça-feira, 23, para o primeiro encontro da rodada de negociação pelo acordo coletivo da categoria. Os participantes debateram a pauta de reivindicações entregue pelos jornalistas no final de abril e rejeitaram a proposta de reajuste salarial de reposição da inflação pelo INPC (8,76%) e aumento real de 4%.
Destacando a crise econômica e o mau momento pelo qual passa o setor de comunicação, as entidades patronais indicaram aumento apenas para a reposição da inflação, concedido em duas parcelas - a primeira a ser paga em julho e a segunda em novembro. A proposta não foi aceita pelo SindJors, que rebateu sugerindo 10% de aumento, entre reposição de inflação e aumento real. Segundo o presidente Milton Simas, o sindicato irá insistir para que a categoria tenha um aumento real. O mesmo acontece com o vale-cultura, também reivindicado pelo sindicato. Outra cláusula rejeitada pelas entidades patronais diz respeito à concessão de 180 dias de licença-maternidade.
Em contrapartida, foi bem recebida pelas entidades patronais a cláusula relacionada à licença remunerada para profissionais que estudam Metrado e Doutorado. Outros itens da pauta ainda serão alinhados pelos departamentos jurídicos do Sindicato dos Jornalistas e das entidades patronais. É o caso das cláusulas que tratam sobre a complementação do auxílio-doença - que será atualizada conforme decreto do Governo Federal -, que estabelece os termos para aposentadoria, e que regula o pagamento de diárias trabalhadas. Nesta última, a redação atual permite interpretação dúbia.
Após o alinhamento destas cláusulas, as reivindicações dos jornalistas voltarão à mesa de negociações em reunião prevista para 13 de julho.
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