30/12/2015 16h51 - Atualizado em 30/12/2015 16h56

'Muito há a ser feito ainda', diz Alckmin sobre Sistema Cantareira

Cantareira parou de usar volume morto após 19 meses.
Governador de SP agradeceu a população pelo 'uso racional da água'.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

30/12/2015 - SP - CANTAREIRA/REPRESA - Represa do Jaguari, em Jacareí, interior de São Paulo, nesta quarta (30). Falta apenas 0,03% para o Sistema Cantareira sair do volume morto (Foto: Nilton Cardin/Estadão Conteúdo)Represa do Jaguari, em Jacareí, interior de São Paulo, faz parte do Sistema Cantareira, que saiu do volume morto nesta quarta-feira (30) (Foto: Nilton Cardin/Estadão Conteúdo)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, comentou nesta quarta-feira (30) a situação do Sistema Cantareira, que voltou a operar com volume útil depois de 19 meses. Durante visita a Sorocaba, onde participou da entrega de casas populares, Alckmin afirmou que, apesar da situação ter melhorado, ainda há muito a ser feito. "Muito há para ser feito ainda, mas isso mostra que estamos no caminho certo. Tivemos no ano passado a maior seca dos últimos 100 anos, e mesmo assim não tivemos rodízio, não tivemos colapso nem caos. Queria agradecer a população da região metropolitana porque todo mundo ajudou com o uso racional da água. E também tivemos obras emergenciais que foram feitas a contento", disse.

Arte explica volume morto do Sistema Cantareira (Foto: Arte G1)

O fim da dependência da reserva técnica do Cantareira, conhecida como volume morto, ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril.

A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial.

Segundo o governador, estão previstas para 2017 obras de infraestrutura que darão maior "segurança hídrica" para o abastecimento na região metropolitana. Alckmin afirmou que não acredita que haverá necessidade da capital adotar o sistema de rodízio no ano que vem porque 2014 voi um ano atípico. "Em 1953 tivemos a maior seca histórica. Ano passado choveu a metade de 1953, uma coisa raríssma de acontecer. Estamos saindo da reserva técnica do Cantareira, mas fica a cultura de que a água é um bem finito e que nao pode haver desperdício."

Mesmo após o Cantareira parar de usar o volume morto, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou que a crise ainda não acabou nos reservatórios do estado operados pela companhia na Grande São Paulo, já que o sistema ainda vive uma "restrição hídrica", segundo a assessoria de imprensa da empresa.

O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas hoje abastece 5,4 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.

Entrega de casas
Alckmin entregou nesta quarta-feira as chaves da casa própria para 320 famílias do município de Sorocaba. Os apartamentos do Condomínio Residencial Parque da Mata foram viabilizados por meio da Agência Paulista de Habitação Social em parceria com o Governo Federal.

O investimento total das 320 unidades habitacionais foi de R$ 28,3 milhões. Todas as moradias foram destinadas às famílias com renda mensal de até R$ 1.600 (público alvo do programa da agência Casa Paulista). Os beneficiados, que não podem ter participado anteriormente de nenhum programa habitacional, terão 120 meses para a quitação do imóvel. A menor prestação é de R$ 25 e a maior de R$ 80.

Os apartamentos têm dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço, banheiro com área total de 49,67 m² e área útil de 42,96 m².

Condomínio Residencial Parque da Mata recebeu a visita do governador  (Foto: Eduardo Saraiva )Residencial Parque da Mata recebeu investimento de R$ 28,3 milhões (Foto: Eduardo Saraiva/Divulgação)

 

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