O prêmio Nobel da Paz foi concedido ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelos seus esforços para pôr fim à guerra civil no país, matou pelo menos 220 mil colombianos. O prêmio foi anunciado nesta sexta-feira (7) pelo Comitê Nobel norueguês.
Apesar do reconhecimento internacional em relação ao avanço do acordo de paz entre o Estado da Colômbia e as FARC, a população do país, em um referendo organizado no último domingo (2), recusou oi tratado que colocaria um fim na guerra que já dura mais de 52 anos.
O resultado das urnas mostrou que pouco mais da metade dos participantes (50,2%) não aceita o acordoo de paz. Este revés para o presidente colombiano, mesmo que muito negativo para o processo de paz, não foi entendido como o fim dos esforços pelo entendimento.
Recentemente, Juan Manuel Santos anunciou que está buscando um "plano B" para a paz que contará com uma "comissão ampla" composta por diferentes partidos que permita a manutenção do diálogo para o entendimento com as FARC.
Após a derrota nas urnas, muitos especialistas afirmaram que o presidente colombiano e seu governo teriam "perdido o favoritismo ao Nobel da Paz". Entretanto, o resultado anunciado hoje reforçou a tese de que a organização pode conceder o prêmio também aos processos considerados "promissores", como já havia ocorrido anteriormente na Irlanda do Norte em 1998, entre israelenses e palestinos em 1994 e até no Vietnã em 1973.
Manifestantes marcham contra a rejeição do acordo de paz com as FARC: