sexta-feira, setembro 12, 2008

O sábado e a “doença do tempo”

Nesta semana, a esotérica Marina Gold publicou no portal Terra um artigo interessante em que menciona o sábado como uma das soluções para um problema atual que ela chama de “doença do tempo”. Ela escreveu: “Estamos imersos em tempos furiosos. As pessoas vivem rotinas repletas de obrigações, apressadas, frenéticas, correndo sem parar para cá e para lá. Parece que um gigantesco cronômetro martela em nossas cabeças para que não deixemos de aproveitar cada migalha de tempo, encaixando mais e mais tarefas nas já apertadas horas de nossos dias. ... Por que será que todo mundo está sempre com tanta pressa? Não seria possível e mesmo necessário dar uma maneirada? A pressão é grande e a velocidade não é sempre, ao contrário do que se propala, a melhor opção. Maximizar a eficiência é bastante interessante em muitas áreas da atividade humana, porém, como bem alertava o sensível Carlitos (Charles Chaplin), o homem precisa ser tratado de forma diferente da máquina, com generosidade.

“Os japoneses criaram recentemente uma palavra, karoshi, para designar morte por excesso de trabalho. Os americanos não usufruem integralmente de seus períodos de férias, os ingleses vão trabalhar mesmo quando estão doentes. Pessoas cansadas cometem erros perigosos, comprometem a segurança, se tornam explosivas. Os países mais acelerados são os mais gordos, com altas taxas de consumo de álcool e drogas e distúrbios do sono elevados. O estresse coloca em risco a saúde ao provocar doenças cardíacas, digestivas, dermatológicas e, claro, psiquiátricas. O custo orgânico é alto, um verdadeiro desafio para a área da saúde pública. ...

“É preciso escapar dessa corrida maluca. Correr menos com os e-mails, com o supermercado, com a ginástica, com os relacionamentos, com os automóveis. Encontrar um tempo mais acertado, mais justo, deixar serenar. ...

“Sábia escolha a do descanso semanal instituído pelo monoteísmo dos judeus. O ‘sábado’ garantido e justificado por imposição divina, importante a ponto de ser um dos Dez Mandamentos. Perde-se na noite dos tempos tal determinação. Pastores e agricultores, após vencer uma semana animada de atividades, celebravam a vida com a melhor refeição, a melhor diversão e o melhor repouso. Desde então, muito progresso tecnológico foi alcançado, aumentamos bastante nosso bem-estar material. Diante disso, a pergunta: por que não ampliar o merecido descanso humano? Nossa espiritualidade agradeceria se a tratássemos melhor, não correndo desenfreadamente para lugar algum verdadeiramente significativo.”

Nota: Pena que muitos cristãos não reconhecem o que uma espiritualista já percebeu: o sábado do quarto mandamento é uma bênção. As “pedras” clamam...