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Política

RJ: filho de Bolsonaro pede investigação de lavagem de dinheiro das Farc

11 jun 2013 - 12h43
(atualizado às 13h39)
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<p>Flavio Bolsonaro quer que as autoridades do RJ investiguem as Farc</p>
Flavio Bolsonaro quer que as autoridades do RJ investiguem as Farc
Foto: Divulgação

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro propõe que as autoridades passem a investigar o novo perfil de atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Rio de Janeiro, supostamente focado na lavagem de dinheiro, informou nesta terça-feira o deputado Flavio Bolsonaro (PP-RJ). "As Farc deixaram de operar como grupo que oferece cocaína para os traficantes que atuam nas favelas do Rio de Janeiro e se aliou com empresários e proprietários rurais para lavar o dinheiro procedente do tráfico no Rio de Janeiro", afirmou Bolsonaro à agência EFE.

Seu projeto de lei, que começou a tramitar nesta semana com sua publicação no Diário Oficial, autoriza a secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro a assinar um convênio com a Polícia Federal para "trocar informações sobre as atividades de membros das Farc no Rio de Janeiro".

A iniciativa, segundo o parlamentar, tem o objetivo de combater o tráfico de drogas e de armas no Rio de Janeiro, assim como a lavagem de dinheiro procedente do tráfico, e prevenir possíveis atentados com vista nos grandes eventos internacionais, como a Copa das Confederações, que começará no próximo sábado, e a visita do papa Francisco, que ocorrerá em julho. Segundo Bolsonaro, porta-voz de grupos de ex-militares no legislativo, as relações das Farc com facções criminosas do Rio de Janeiro são conhecidas há vários anos. 

O deputado lembrou que o traficante Fernandinho Beira-Mar, que se encontra preso e que há uma década era considerado como o máximo "chefe" das drogas no País, foi detido em 2001 em um acampamento das Farc na Colômbia. Na ocasião, as autoridades confirmaram seus vínculos com o líder das Farc Tomás Molina Caracas, conhecido como "Negro Acácio", que fornecia cocaína às facções cariocas em troca de armas para a guerrilha.

"A intenção é chamar a atenção sobre uma nova forma de operação das Farc no Brasil. Tivemos acesso a relatórios de inteligência que mostram que as Farc seguem treinando facções e que se aliaram com empresários e fazendeiros para lavar em Rio dinheiro procedente do tráfico", afirmou.

De acordo com o legislador, os vínculos das Farc já não são com os "peixes pequenos" que vendiam drogas nas favelas, mas com os "peixes grandes" que nunca foram identificados e que financiam o tráfico no Rio de Janeiro. "Estão utilizando empresas e fazendas de pessoas ricas no Rio de Janeiro como fachada para lavar dinheiro", afirmou Bolsonaro, que ressaltou que o projeto também tem o objetivo de fazer com que as autoridades deixem de considerar as Farc como um movimento político para ser tratada como organização criminosa e terrorista.

"A ingênua percepção das Farc como grupo político, fruto de um retorcido trabalho ideológico, permite o trânsito livre de integrantes e simpatizantes do grupo entre diversos segmentos da sociedade", finalizou Bolsonaro.

EFE   
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