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Brasil
Ano 9 - N° 419 - 21 de Junho de 2015
GIOVANA CAMPOS
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP
(Brasil)
 
 


O Milagre da Vida

Como entender a relação entre a embriologia e a alma humana


Na palestra O Milagre da Vida, que proferiu no dia 5 de junho, dentro da programação do MEDNESP 2015, realizado em Goiânia, o professor Dr. Romário de Araújo Mello apresentou ao público aspectos de seu mais recente livro – Embriologia e Fetologia da Alma, em que narra, de forma clara e objetiva, o processo de formação fetal e suas relações com a espiritualidade.

Dr. Romário é embriologista e especialista em malformações embrionárias envolvendo aspectos genéticos e ambientais, com mestrado e doutorado pela UNICAMP. Destacou-se no meio universitário como professor e pesquisador, sendo considerado pelo SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras do Estado de São Paulo) como um dos dez melhores professores do Estado de São Paulo e que mais influenciaram seus alunos no campo da aprendizagem e da busca do conhecimento.

É ele também membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cancerologia, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, da Associação Médico-Espírita de Campinas, do Developmental Biology, do The American Research Board e do IRCS Medical , tendo sido agraciado com diversos prêmios internacionais pela distinção em seu trabalho.

Dr. Romário de Araújo Mello falou-nos sobre o tema que abordou no congresso médico-espírita realizado no início deste mês em Goiânia.  

Sobre o que trata o livro Embriologia e Fetologia da Alma?

Romário Mello: O livro retrata os aspectos relacionados ao desenvolvimento embrionário, pois desde a gravidez de minha cunhada na adolescência, senti que devia dedicar a minha vida a estudar o desenvolvimento embrionário como meta de minha vida. Posteriormente, em 1969, quando li o livro Missionários da Luz, pelo espírito de André Luiz, que retrata a reencarnação de Segismundo, a minha vontade não só de ler, mas de mostrar tudo aquilo, intensificou-se ainda mais. Mas o tempo passou, e depois de mais de três décadas dando aulas de embriologia e fetologia tanto teóricas como

práticas, senti que era necessário mostrar para os leigos um pouco sobre o assunto. 

Quando você percebeu o interesse do público em saber um pouco mais sobre a relação entre a embriologia e a alma humana?

Desde a década de 1980. Foi quando comecei a levar este trabalho para as casas espíritas, em algo denominado, o ‘milagre da vida’. Neste período entendi que nascer e morrer representam a mesma coisa e que só entendemos a morte quando compreendemos a vida. Quando aprendi esse aspecto, minha vida mudou e espero que novas vidas possam mudar também. Assim, desde o início desde século, essa necessidade de se deixar um livro impresso vinha se intensificando cada vez mais, principalmente porque, como poderão ver no prefácio do livro, meu amigo espiritual também intuía para que isso acontecesse, pois, para o Augusto, aliar o conhecimento científico com os conhecimentos espirituais eram significativos neste momento. 

Quais aspectos da sexualidade são abordados no livro?

Embriologia da Alma aborda inicialmente a nossa própria sexualidade, pois hoje não podemos entender que só existem dois sexos: homem e mulher. Ocorrem nascimentos de hermafroditas verdadeiros, de pseudo-hermafrodita masculino, pseudo-hermafrodita feminino, de indivíduos sem sexo e de indivíduos com mutação nos genes responsáveis pelo desenvolvimento da genitália e isso é muito importante para que todos tenham uma maior aceitação para aqueles que têm desvios de sua sexualidade como consequência da Lei de Causa e Efeito.  Mesmo para os chamados espíritas, o olhar nesse sentido para muitos ainda é de puro preconceito. Em seguida analisamos o sexo como impulso criativo, visto que todos nós viemos de um relacionamento sexual, que sempre imaginamos tenha sido com muito amor, mas sabemos que nem sempre é assim, sendo esta a razão que levam mães a abortarem seus filhos. Mas deixo claro que o aborto lesa o corpo espiritual do espírito e que este fato, às vezes, precisa de décadas para consertá-lo. E é isso que precisamos mostrar para os nossos adolescentes! Desde o início, também existem os fetos que sofrerão rejeição no útero materno e terão sérios problemas na formação de sua personalidade, já que esta começa a ser formada na vida dentro do útero e tudo isso hoje pode ser muito bem estudado. 

Então podemos afirmar que durante os primeiros instantes de vida já temos impressões que nos marcarão de forma positiva ou negativa em nossa existência?

Sim. Posteriormente dedicamos a estudar o processo de formação dos gametas, a chamada gametogênese que leva à formação do óvulo e do espermatozoide, e todo o processo de fecundação que envolve o magnetismo de atração do espermatozoide e do óvulo e como a Espiritualidade Superior age nesse período. A seguir, mostramos todo o processo de clivagem ou segmentação, que é o aumento do número de células a partir da célula-ovo, que inicia o processo de divisão mitótica, em que ocorre conservação do material genético. Assim, todas as células resultantes desse processo têm o mesmo material genético da célula-ovo; essas são as chamadas células-tronco embrionárias que a priori podem dar origem a qualquer tipo de célula do nosso corpo. Depois, estudamos o processo de gastrulação, que leva à formação dos chamados folhetos embrionários que dão origem a todos os órgãos; a isto chamamos organogênese. Essa é a embriologia normal de todos nós e ela demora simplesmente oito semanas, ou seja, dois meses. 

E o que ocorre depois?

A partir do terceiro mês de desenvolvimento, só crescemos e passamos a ser chamados de fetos. Por conta disso, fiz uma recapitulação dos dois primeiros meses numa sinopse do desenvolvimento e todos os acontecimentos que ocorrem nos meses subsequentes até o nono mês de gestação. Para isso mostro o que acontece com o desenvolvimento do bebê aliado ao que as mães sentem nesse período, tendo ouvido várias mulheres para que essa sinopse seja a mais real possível. Finalmente, o livro aborda o nascimento, formação de gêmeos e todo o processo de interação que deve existir entre os pais e o bebê depois do nascimento. 

Há também fatores externos que podem prejudicar a formação do bebê?

Sim, no livro faço também uma abordagem de como drogas como cigarro, álcool e outras substâncias, até mesmo medicamentos triviais, que chamamos de cabeceira, podem atingir a criança em desenvolvimento. Mostro também que se a criança após o seu nascimento pode reconhecer a voz da mãe e se acalmar com ela, isto pode acontecer também com o pai, se o mesmo interagir com a criança principalmente a partir do quarto mês de gestação, quando o seu aparelho auditivo está completo. Importante também salientar que o livro retrata também que a mulher grávida, além da prestação de serviço orgânico à entidade que se reencarna, é igualmente constrangida a suportar-lhe o contato espiritual que sempre constitui um sacrifício quando se trata de alguém com escuros débitos de consciência. Assim, a organização feminina durante a gestação sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do ser que se acolhe no seu íntimo envolvem-na totalmente, determinando significativas alterações em seu corpo biológico. Se o filho é senhor de larga evolução e dono de qualidades morais, consegue auxiliar o campo materno, prodigalizando-lhe sublimadas emoções e convertendo a maternidade, habitualmente dolorosa, em estado de esperanças e alegrias intraduzíveis. Mas quando ambos – mãe e filho – apresentam encarnações de ajustes nas mesmas dívidas e na mesma posição evolutiva, influenciam-se mutuamente. 

A mãe, por estar gestando, pode influenciar espiritualmente o bebê que está gerando?

A mãe atua de maneira decisiva na formação do novo ser, estabelecendo fenômenos perturbadores em sua constituição, pois a mulher tem de doar de seu próprio magnetismo fluidos necessários ao desenvolvimento embrionário e fetal. Assim a permuta de impressões entre ambos é inevitável e os padecimentos que a criança traz na mente são impressos na mente materna, que os reproduz no próprio corpo. É muito importante que nós homens tenhamos consciência desses acontecimentos para entendermos as mudanças de comportamento que podem acompanhar a gravidez e estarmos aptos sempre a ajudá-las nessa difícil fase de transição. É preciso que nesse período possamos dar toda a tranquilidade emocional de que a mulher grávida precisa para levar a bom termo sua gravidez. Nós homens somos os sustentadores emocionais de nossa companheira, pois as mentes da mãe e do filho se ligam, se entrelaçam mantendo-se em permanente comunhão até que se complete o desenvolvimento embrionário e fetal.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita