quinta-feira, 15 de julho de 2010

O papel do gestor da comunicação organizacional

Uma vez que as relações sociais ocorrem através de processos comunicacionais, a área de comunicação dentro das organizações também deveria ser repensada, conforme as novas tendências, assumindo uma posição estratégica perante a direção. Mas isso, infelizmente, ainda não é tão comum na realidade brasileira.

Três mudanças de atitude são essenciais para que a are a de comunicação atinja status de inteligência organizacional e, consequentemente, área estratégica. A primeira diz respeito à adoção da filosofia da comunicação integrada; a segunda, à prática do planejamento estratégico da comunicação, com base em levantamento de dados realizados por meio de metodologias científicas e de desenvolvimento de índices ou métodos de mensuração dos resultados dos planos; por último, mas não menos importante, pelo contrário, a formalização de uma política de comunicação que oriente as ações de relacionamento com os públicos estratégicos.

Em resposta ao novo cenário mundial, o profissional de comunicação precisa atuar realmente como um gestor. As mudanças ocorridas no processo de gestão e na indústria da comunicação, em todo o mundo, exigem um novo profissional de comunicação para atuar nas empresas e sinalizam desafios enormes para aqueles que se dispuserem a atuar como gestores nesta área. O certo é que é preciso saber conviver com a instabilidade e a complexidade.

O gestor da comunicação organizacional deve romper com a comunicação fragmentada, ou seja, com a visão instrumental e funcionalista em que ações são estanques, pensadas para atingir objetivos específicos. Com base na filosofia integrada da comunicação, deve criar espaços de relacionamento entre a organização e seus públicos estratégicos, contribuindo para o cumprimento de sua missão e alcance dos objetivos estratégicos.

No novo modelo de comunicação que se consolidou com a globalização, passou a ter cada vez mais espaço o profissional que ajuda a definir os rumos da organização, utilizando a comunicação como matéria-prima para a tomada de decisão. Alguém que saiba conduzir processos, dialogar com os diferentes saberes e incentivar que todos participem, considerando todas as relações nas quais a comunicação está inserida.

A comunicação organizacional é um instrumento fundamental, não apenas para permitir a construção de uma imagem favorável da empresa, mas algo imprescindível ao sucesso da organização, inclusive, ou principalmente, no apoio de seus objetivos mercadológicos, ainda que de forma indireta. Isso requer do profissional de comunicação ter também habilidades de marketing e administração, visão ampla da empresa em que trabalha, como ela funciona e, principalmente, conhecimento de meios que a ajudem a lucrar, pois isso é da natureza da organização.

O gestor tem de observar boa parte das relações em que seu objetivo está envolvido. E esse ato toma como base a condição atual da comunicação de inserção na sociedade, no trabalho e em todas as faces da vida cotidiana. O gestor de comunicação precisa ser um profissional capacitado para compor estratégias globais de comunicação que maximizem recursos por meio de diversas mídias, entendendo com estratégia global uma estratégia de comunicação abrangente e integrada, dirigida aos públicos interno e externo (acionistas, imprensa, clientes, comunidade, fornecedores, governo etc), de maneira que os relacionamentos tenham objetivos comuns, fortalecendo uma imagem única e refletindo a postura ética estabelecida entre os diferentes agentes da organização.

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