Agência de viagens argentina quer faturar R$ 200 mi no Brasil em 2018
Arthur Mota/Folha de Pernambuco/Folhapress | ||
Movimentação na orla da praia de Boa Viagem, no Recife |
A agência de viagens Almundo, uma das maiores do setor na Argentina, planeja entrar no mercado brasileiro no primeiro trimestre de 2018 e quer faturar R$ 200 milhões neste primeiro ano.
A empresa, que foi fundada em 1992 com o nome Asatej Viajes, iniciará sua atuação com vendas exclusivamente pela internet, a partir de site e aplicativo.
A companhia possui 60 lojas na Argentina, oito no México e uma na Colômbia.
Ela será dirigida no Brasil por Luciano Barreto, ex-presidente do Submarino Viagens (comprado pela CVC em 2015).
Barreto diz que, pelo tamanho da economia do país, estar no Brasil é fundamental para empresas que queiram ser relevantes na América Latina.
Sobre a crise pela qual o país passa, o executivo diz ver a economia demonstrando sinais de recuperação. Por isso, a empresa chegaria em momento ideal para crescer no país.
Segundo Barreto, a Almundo buscará se diferenciar de seus principais concorrentes a partir de ferramentas de personalização das ofertas para cada consumidor e com a ampliação da relação com eles durante a viagem.
O primeiro objetivo será buscado usando ferramenta de análise de dados que, a partir do comportamento dos consumidores, indicará a eles resultados mais adequados em suas pesquisas.
"Não adianta trazer mil resultados de buscas de passagens aéreas. O importante é incluir o que é mais relevante para o cliente", exemplifica Barreto.
Já a personalização durante a viagem deve vir a partir do oferecimento de serviços complementares, como compra de ingressos, passeios e aluguel de carros, por exemplo.
"O setor de atrações, atividades, é muito fragmentado, ainda não é explorado com todo seu potencial", diz o executivo.
A Almundo tem faturamento anual de US$ 500 milhões e mais de 1.000 funcionários —cerca de 35 deles no Brasil.
A companhia disputará o mercado brasileiro com grandes empresas nacionais e internacionais, entre elas o Decolar, também argentino, e as brasileiras CVC e Hotel Urbano.
DEMANDA MAIOR
Outra empresa argentina que aposta no reaquecimento do turismo brasileiro é a companhia aérea Aerolíneas.
Neste ano, a companhia aumentou em 12% a oferta de assentos voos entre o país e o Brasil.
Com isso, a demanda de passageiros cresceu 25% nos primeiros oito meses, em relação ao mesmo período do ano anterior.
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