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FGV vê preços no atacado sem grandes altas
05/09/2014 | 13:33
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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) não deve ter grandes elevações nos próximos meses, em um cenário em que os movimentos de alta de alguns itens são contrabalançados pelo de baixa de outros, sem grandes pressões inflacionárias, afirmou nesta sexta-feira, 05, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Em agosto, houve elevação de 0,04%, após queda de 1,01% no mês anterior.

Os insumos industriais, por exemplo, puxam o índice para baixo. Os materiais para manufatura tiveram deflação de 0,37% em agosto. "São produtos que não têm espaço para aumentos, uma vez que a indústria brasileira está em marcha lenta e a demanda mundial por insumos está em banho-maria", afirmou Quadros.

Apesar de já estar num nível baixo, o preço da soja no atacado deve se manter estável, sem expectativa de grandes aumentos dos preços nos próximos meses, segundo Quadros. "O preço já chegou a um nível muito baixo por uma sucessão de fatos positivos para a produção, mas não se espera uma subida nos próximos meses".

Um dos indicativos de que o preço está baixo, diz, é que começa a ter uma preocupação dos produtores em relação a safra seguinte, que será plantada neste mês e no seguinte, com colheita a partir de fevereiro. Em agosto, a soja ficou 0,26% mais cara no atacado, após queda de 5,60% no mês anterior. No caso do milho, outro importante item agrícola, houve deflação de 1,76% no mês passado e de 10,05% em julho.

Já os bovinos tiveram elevação de 1,46% em agosto, após ficarem 0,54% mais baratos em julho. O aumento é resultado do período de entressafra em agosto e setembro, com o gado engordando menos no período. Há ainda uma expectativa de mais subida nos preços diante da notícia de que a Rússia pode passar a demandar mais matéria-prima brasileira, em resposta aos embargos impostos por países da União Europeia e Estados Unidos.




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