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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações cairam 60%!! Onde está a verdade?



O Ministério Público Federal tem uma página na internet que fala somente sobre combate a corrupção:
 http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/


Foi criado uma seção especial somente para informar sobre a operação Lava-Jato!

Vamos ver o que o Ministério Público, órgão que é independente do Governo federal, nos fala sobre o caso, mas antes vamos ver uma reportagem da revista Exame...

Matéria da revista exame em 08/2013:

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-20-empresas-mais-lucrativas-do-pais-no-primeiro-semestre

Semestre de recordes

São Paulo – Petrobras, Banco do Brasil e Itaú Unibanco foram as três companhias brasileiras de capital aberto com maior lucro líquido no primeiro semestre de 2013 – de acordo com dados levantados pela consultoria Economatica.

Enquanto a primeira empresa faturou R$ 13,8 bilhões, o banco público bateu a marca dos R$ 10 bilhões, o melhor resultado de sua história. No caso do Itaú, o lucro foi o maior já registrado entre os bancos privados do país: R$ 7 bilhões.
Veja a seguir a lista completa das 20 companhias brasileiras mais lucrativas de janeiro a junho de 2013.

1)Petrobras

Lucro 1º semestre 2013: R$ 13,8 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 7,8 bilhões
Variação: 76,5%
Setor: Petróleo e Gás

2)Banco do Brasil

Lucro 1º semestre 2013: R$ 10 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 5,5 bilhões
Variação: 82%
Setor: Finanças e Seguros

3)Itaú Unibanco

Lucro 1º semestre 2013: R$ 7,2 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 7,1 bilhões
Variação: 1,4%
Setor: Finanças e Seguros

4)Vale

Lucro 1º semestre 2013: R$ 7,0 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 7,3 bilhões
Variação: -4,8%
Setor: Mineração

5)Bradesco

Lucro 1º semestre 2013: R$ 5,8 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 5,7 bilhões
Variação: 2,7%
Setor: Finanças e Seguros

6)Ambev

Lucro 1º semestre 2013: R$ 4,22 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 4,28 bilhões
Variação: -1,2%
Setor: Alimentos e Bebidas

7)Santander do Brasil

Lucro 1º semestre 2013: R$ 2,9 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 3,2 bilhões
Variação: -7,6%
Setor: Finanças e Seguros

8)Telefônica

Lucro 1º semestre 2013: R$ 1,7 bilhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 2 bilhões
Variação: -15,5%
Setor: Telecomunicações

9)Cemig

Lucro 1º semestre 2013: R$ 1,4 bilhão
Lucro 1º semestre 2012: R$ 1,2 bilhão
Variação: 20%
Setor: Energia

10)Cielo

Lucro 1º semestre 2013: R$ 1,2 bilhão
Lucro 1º semestre 2012: R$ 1,1 bilhão
Variação: 13%
Setor: Software e dados

11)Banco BTG Pactual

Lucro 1º semestre 2013: R$ 1,24 bilhão
Lucro 1º semestre 2012: R$ 1,22 bilhão
Variação: 2%
Setor: Finanças e Seguro

12)Souza Cruz

Lucro 1º semestre 2013: R$ 889,8 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 841,9 milhões
Variação: 5%
Setor: Fumo

13)Sabesp

Lucro 1º semestre 2013: R$ 857,8 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 784,7 milhões
Variação: 9%
Setor: Saneamento

14)Tractebel

Lucro 1º semestre 2013: R$ 784,5 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 699,4 milhões
Variação: 11%
Setor: Energia

15)TIM

Lucro 1º semestre 2013: R$ 691,6 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 623,6 milhões
Variação: 10%
Setor: Telecomunicações
16)BB Seguridade
Lucro 1º semestre 2013: R$ 677,8 milhões
Lucro 1º semestre 2012: Criada em dezembro de 2012, a BB Seguridade colocou suas ações na Bovespa em 29 de abril
Variação: -
Setor: Finanças e Seguros

17)CCR

Lucro 1º semestre 2013: R$ 641,1 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 512,9 milhõesl
Variação: 24%
Setor: Transporte e Serviços

18)Copel

Lucro 1º semestre 2013: R$ 632,4 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$491,6 milhõesl
Variação: 28%
Setor :Energia Elétrica

19)BM&FBovespa

Lucro 1º semestre 2013: R$ 617,8 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 580,4 milhões
Variação: 6%
Setor: Finanças e Seguros

20)Cesp

Lucro 1º semestre 2013: R$ 603,3 milhões
Lucro 1º semestre 2012: R$ 295 milhões
Variação: 104%
Setor: Energia elétrica
=============Fim da matéria da Revista Época=================

E vamos olhar essas 20 empresas mais lucrativas do Brasil. 

8 delas são do setor Financeiro/bancário/seguros. 

Isso dá muito lucro, no Brasil então nem se fala... Mas lucros somente para eles mesmo, mas não produz riqueza para o país, quer dizer: não produz alimento, vestuário, entretenimento, cultura, casas, automóveis... simplesmente não produzem. 

Guardar nosso dinheiro no banco, pagar taxas bancárias e pegar dinheiro emprestado sustenta 8 das 20 empresas mais lucrativas empresas do país.

Outras 7 são da área dos serviços públicos de saneamento, energia e telecomunicações.

O que pagamos de água, luz e telefone sustentam 7 das 20 empresas mais lucrativas empresas do país. 

Sobram só 5.

Industrias mesmo, empresas do setor secundário, de transformação, que produzem são duas: uma alimentícia (alimentícia nada, mas é assim que é classificada, né?!) a AmBev e uma de fumo: Souza Cruz! 

(Poxa vida! as duas únicas indústria que temos no Top20 de empresas produzem cigarro e cerveja! Esse é o Brasil!)

Uma está aí meio de intrusa, depois estudarei mais sobre ela: setor de transportes CCR.

E sobraram duas da área Extrativistas - setor primário: Petrobras e Vale. 1° e 4° lugares.

Eu aprendi, lá no segundo grau, o conceito de um país industrializado são aqueles onde suas principais empresas não são as extrativistas(primárias) que extraem matéria-prima e vendem, são aqueles empresas de transformação(secundárias) que compram matérias-primas, transformaram em produtos com algum valor agregado e vendem esses produtos. Na teoria as empresas de transformação são mais complexas, produzem mais riquezas, geram mais empregos, enfim um país mais desenvolvido tem mais lucros com empresas de transformação do que aquelas de extração.

Portanto eu não queria que a Vale e a Petrobras fossem as principais empresas do país... (E muito menos as empresas financeiras!!). Queria que essas empresas fossem base para a criação de outras empresas (essas sim, poderiam ser privadas) que comprassem a matéria-prima da Vale e Petrobrás, transformando essas empresas do setor de transformação em grandes empresas mundiais!!... 

Que sonho...

Bom, vou falar dos roubos, dos escândalos, dos desvios, dos ladrões, da vergonha, do descalabro de todas as merdas que acontecem na Petrobras. Mas quis começar com essa matéria da revista exame que  mostra que a Petrobras ainda é a empresa que mais lucra no Brasil. Maior receita bruta e maior lucro entre todas. Vou começar assim para ninguém acusar de que eu esteja faltando com a verdade (depois podemos debater sobre "a verdade"). Mas primeiro falaremos da Petrobras. 


Sabe o que me lembra tudo isso que ocorre com a Petrobras?
Me lembra o que ocorria com a empresa Vale do rio doce, pouco antes de ser vendida, privatizada... 



A empresa era vítima de vários corruptos que a utilizavam como cabide de empregos, superfaturamento, sugava todo o dinheiro do governo brasileiro que deveria ir para a educação, saúde, segurança, etc... 
Eu sei disso pois além de ser noticiado em todos os jornais da época isso era dito até nas propagandas do governo... Lembra aquela propaganda do elefantinho?

 

A privatização da Vale foi muito benéfica... para a Vale.  
Depois que ela passou para mãos privadas ela deixou de ser cabide de emprego e chegou até a passar o valor de mercado da Petrobras como mostra essa reportagem da Globo:

Em 2013 está em 4° lugar entre as mais lucrativas, que bom que a vale foi privatizada, não!? 
Ela cresceu bastante... 
Olha só essa reportagem da Época em 2010:





Imagine uma empresa privada que tem o complexo de Carajás (item 1 da imagem), maior mina de ferro do mundo a céu aberto, uma estrada de ferro(item 3) e um porto no Maranhão(item 2) para escoar esse ferro lá para o exterior e ganhar o dinheirinho deles.
Além dos item 4/5/6 que é a mesma coisa, só que em Minas Gerais/Espírito Santo, e não é a maior do mundo é a segunda maior do mundo. 

E a competência da iniciativa privada foi extrema! Pois em pouco tempo a Vale passou a dar lucros astronômicos, pagou o seu preço em seis meses e deixou de ser um cabide de empregos, antro da corrupção, alvo de ratos salafrários ladrões que acabavam com o patrimônio nacional e nossa riqueza indo para o bolso daqueles safados da época. A história é a mesma! Lembro do dia do leilão um monte de "sem o que fazer", provavelmente aqueles que mamavam nas tetas da estatal, estavam com cartazes querendo melar o negócio... 

Ok!... Ok!... Ok!... Agora falando sério....

Vocês viram o que virou a Vale depois da privatização?
Uma Mina(a maior do mundo) - Uma linha de ferro - Um porto para escoar o Ferro(e outros minerais).
Outra Mina(a segunda maior do mundo) - Uma linha de ferro - Um porto para escoar o Ferro (e outros minerais).

Isso funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, levando nossa riqueza, deixando nossos buracos... É a forma do século 21 de nos transformar em colônias... Nos transforma em um país de baixa industrialização, consomem as nossas matérias-primas(pois não possuem em seu próprio país) e evoluem a industria deles! A nossa industria que se F*d@!...  

Não se importam com nossa indústria e nem com a nossa população... Importam? Você acha que se importam? Olha só esse exemplo da cidade de Conceição do Mato Dentro/MG:
Em 2013 eles começaram a pesquisar se era viável a mineração na cidade. Essa notícia é de fevereiro

http://www.viacomercial.com.br/2013/02/mineracao-vale-confirma-pesquisas-em-conceicao-do-mato-dentro-e-morro-do-pilar/
Trecho:
"Apesar da negativa da empresa, o prefeito de Conceição do Mato Dentro, Reinaldo César de Lima Guimarães, em nota, afirma que a mineradora vem adquirindo propriedades no entorno de suas reservas minerais. Já em relação aos trabalhos de sondagem, ele explica que a administração municipal dispõe de poucas informações."

Essa aqui é de Julho de 2013
http://aguasdogandarela.org/events/05jul13

Trecho:
"Segundo os autores do requerimento o assunto é de grande relevância, pois foram apresentadas denúncias de grilagem de terras, assoreamento de córregos e rios, coação da população e destruição do meio ambiente. As queixas foram apresentadas, em maio deste ano, na Comissão de Direitos Humanos, da ALMG. , “As acusações foram feitas pela população, pela sociedade civil organizada e por representantes da Defensoria Pública, do Ministério Público e da prefeitura municipal contra a mineradora Anglo American, que atualmente implanta unidade mineradora no município”, conclui."
  
Essa outra é de novembro:
http://www.hojeemdia.com.br/conceic-o-do-mato-dentro-sob-a-ameaca-da-minerac-o-1.196980
Trecho:
"O drama vivido pelos moradores de Conceição do Mato Dentro, exposto nas duas últimas edições do Hoje em Dia, pode estar apenas começando. Os problemas devem se acentuar, quando estiver operando o mineroduto que está sendo construído para levar o minério de ferro até o litoral do Rio de Janeiro, para ser exportado.

Pois, junto com o minério, a tubulação de aço estará levando água doce que já não é abundante nessa região, apesar de suas famosas cachoeiras.
Esse fato motivou ambientalistas a se manifestarem contra esse empreendimento bilionário, na época em que se discutia a concessão de licença ambiental e de instalação da mina e do mineroduto. O governo não lhes deu a devida atenção. Conceição do Mato Dentro poderá ter o mesmo destino de outras cidades históricas mineiras, mais castigadas, no decorrer do tempo, do que beneficiadas pela riqueza que se escondia em suas terras."

Essa reportagem é de Março de 2014:



Essa aqui é de Dezembro 2014
http://aconteceunovale.com.br/portal/?p=48369
Trecho:
"Após inúmeras tentativas de conseguir junto à mineradora Anglo American contrapartidas para mitigar os efeitos da construção de uma mina de minério de ferro em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas, os conselheiros se cansaram da falta de retorno e resolveram, por unanimidade dos presentes na última reunião, dissolver o Conselho de Desenvolvimento Municipal (CDM), criado há cerca de dois anos. O documento foi assinado nesta semana e enviado ao prefeito da cidade. "

Você está achando chato essas notícias? É porque não gosta de jornal? Prefere cinema?
Então pegue uma pipoquinha e assista ao filminho bonitinho chamado

Conceição: Guarde nos Olhos







Ok!... Você viu? Não?! Vale dizer que foi culpa da privatização do Vale, ou será que aqueles ratos que administravam a Vale antes da privatização fariam a mesma coisa? 

Esse estudo foi feito pela UFMG e ministério Público:
http://cimos.blog.br/wp-content/uploads/2013/08/RELAT%C3%93RIO-5_CONCEI%C3%87%C3%83O-DO-MATO-DENTRO.pdf

Hoje... mais de 20 anos depois a quem dar razão aquelas lutas mostradas nesse outro documentário? 

Documentário questiona privatizações dos anos 90




O documentarista Silvio Tendler lançou seu trabalho, Privatizações: a Distopia do Capital. O filme contesta o modelo de Estado mínimo e recorda a farra das privatizações realizadas na década de 90 nos setores de telecomunicações e elétrico, na Vale do Rio Doce e na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), além da tentativa de privatizar a Petrobrás. A própria produtora do cineasta, a Caliban Produções Cinematográficas, disponibilizou o filme no Youtube.
Em cerca de uma hora, o documentário mostra as repetidas investidas do mercado financeiro contra os Estados nacionais. O ex-presidente do BNDES e professor, Carlos Lessa, identifica o momento em que o Brasil embarca no neoliberalismo na declaração do presidente Fernando Collor de Mello de que “o automóvel brasileiro é uma carroça”. Segundo Lessa, “o que era a glória da industrialização brasileira, que era ter logrado êxito na produção de veículos automotores é desqualificada por Collor de Mello, ele nega a importância do desenvolvimento industrial”.
23 de outubro privatização filme Silvio tendler foto 1 Documentário questiona privatizações dos anos 90
Manifestante chuta investidor em protesto contra o leilão da Usiminas (foto de Christina Bocayuva – Folhapress)
Em entrevista à rede Brasil Atual, o diretor Silvio Tendler explica que “venderam a Embratel, a Vale do Rio Doce, foi uma tragédia, perderam a CSN, que foi feita com o esforço do povo brasileiro. O Brasil inteiro teve todo um esforço coletivo para industrializar o país e destruíram tudo, venderam a preço de banana”. Para contar a história recente da desestatização da economia brasileira, Tendler entrevistou intelectuais, políticos e técnicos.
Silvio Tendler é um dos maiores documentaristas brasileiros e tem no currículo filmes como Glauber o Filme – Labirinto do Brasil (2003), Jango (1984), Utopia e Barbárie (2009), Os Anos JK  Uma trajetória política (1980) e muitos outros.


Mas você é Doido? Você não iria falar da Petrobrás?? Eu achei que iria ver novidades sobre essa crise de roubalheira!! Esses ratos que estão a frente da empresa mamando a custas do povo!!?....

A Vale já era... Mais de 10 vezes o número de pessoas que saíram nas ruas pedindo o impeachment da Dilma e mesmo assim venderam... Canalhas...

Os casos são similares...
Tem diferenças... Petróleo dá muito mais dinheiro que ferro...
Apesar de serem riquezas nacionais da mesma forma...
As tentativas de privatização da Petrobras ainda não tiveram sucesso... Até agora...
A Vale foi mais fácil... O governo brasileiro da época até fez força para dar certo...
E a Petrobrás está tendo resistência!...

Claro!! O governo não quer entregar o local onde eles mais ganham dinheiro!!!

Pode até ser isso....
cada um tem suas crenças e se quiser punir sem julgar está na hora...
mas pode ser outra coisa...
ou então esse governo não tem o mesmo interesse que o anterior de vender para o estrangeiro uma empresa nacional...
Vai ver que aqueles que saíram as ruas pedindo que não vendam a Vale, fizeram o correto anos depois e impediram que a entrega de empresas estatais ao estrangeiro continuasse...
A Petrobras seria a próxima... Já tinham até inventado o nome Petrobrax para soar melhor no estrangeiro... mas uma coisa inesperada aconteceu...
Em 2002 houveram eleições e o resultado não foi favorável... A venda da Petrobrax foi adiada...

O que é "a verdade"?

Toda história tem duas versões... e uma verdade... a verdade pode estar mais próxima de uma versão ou de outra, mas nenhuma das versões é a verdade...

Uma versão da história, aquela que está nos jornais globais, o que você quer que eu Veja nas revistas, você já conhece...
Agora vamos ver o que diz outras pessoas que não tem voz nos jornais e revistas...



Você ouviu? Foi a primeira vez que ouviu falar de Regimes de concessão e de partilha na exploração do petróleo ou já conhece o assunto a muito tempo? Qual a frequência que o telejornal e a revista falam nela?
Não conhece? Vou te ajudar...

Leia, aqui fala o que é o regime de partilha:
http://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/regimes-de-concessao-e-de-partilha
E aqui fala a diferença de como era antes do pré-sal e como é agora...
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/03/14/qual-a-diferenca-entre-regime-de-partilha-e-regime-de-concessao-na-exploracao-do-petroleo/

Um trecho sobre a diferença:

Há vantagens em o Estado ser o dono do petróleo?
Para os que defendem o regime de partilha, há as seguintes vantagens em o Estado ser dono do petróleo:
i)                    Pode controlar melhor o ritmo de produção;
ii)                  Pode controlar melhor a venda do petróleo para o exterior;
iii)                Pode fazer política industrial.
Sobre o item i, é importante entender que o regime de partilha, per si, não tem nenhuma relação com o ritmo de produção. Afinal, a partilha somente diz respeito ao quinhão a que o Estado tem direito após a produção já realizada. Ocorre que, no regime brasileiro, foi criada uma empresa estatal – a PetroSal – que tem por atribuição gerir os contratos de partilha. A PetroSal deverá também indicar metade dos assentos nos comitês operacionais, que são comitês responsáveis por importantes decisões relativas às operações dos campos, inclusive relativas ao ritmo de produção.


A minha maior preocupação é não repetir a história. O que difere da história da Vale é o posicionamento do governo brasileiro. A Vale foi entregue. Hoje está exaurindo as riquezas nacionais e nos deixando o buraco com água contaminada. Aqueles que queriam comprar a Vale controlavam aqueles que deveriam proteger o patrimônio nacional.

Hoje nosso governo não faz propaganda da Petrobras dizendo que ela é lenta, gasta dinheiro público a toa e está atrasada perante o resto do mundo. Pelo contrário. Na propaganda oficial a Petrobrás é supervalorizada como se não tivesse imundice nenhum nela...
E... Quem está desmoralizando a Petrobras?
Seriam os mesmos que desmoralizaram a Vale na década de 90?
Ou são outros?
Onde estão aqueles que desmoralizaram a Vale na década de 90?
Foram expulsos do país ou estão hoje agindo de outra forma?
Estão no governo? Estão na oposição? Estão nos veículos de comunicações?
Estão nos tribunais de justiça? Estão trabalhando na Petrobras? Na Vale?
Onde estão? O que estão fazendo?


A minha maior preocupação é a mesma do jornalista Mauro Santayanna, explicitado aqui:
http://everaldobrizola.jusbrasil.com.br/artigos/166134477/importante-artigo-sobre-a-campanha-de-desmoralizacao-da-petrobras?utm_campaign=newsletter-daily_20150209_700&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Esse eu não vou pegar um trecho só não... vou reproduzir por inteiro:
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Importante artigo sobre a campanha de desmoralização da Petrobras

É preciso tomar cuidado com a desconstrução artificial, rasteira, e odiosa, da Petrobras e com a especulação com suas potenciais perdas no âmbito da corrupção, especulação esta que não é apenas econômica, mas também política", alerta

Por Mauro Santayanna
O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados, que deveria, desde o início do processo, ter afirmado que só faria a baixa contábil dos eventuais prejuízos com a corrupção, depois que eles tivessem, um a um, sua apuração concluída, com o avanço das investigações.
A divulgação do balanço há poucos dias, sem números que não deveriam ter sido prometidos, levou a nova queda no preço das ações.
E, naturalmente, a novas reações iradas e estapafúrdias, com mais especulação sobre qual seria o valor — subjetivo, sujeito a flutuação, como o de toda empresa de capital aberto presente em bolsa — da Petrobras, e o aumento dos ataques por parte dos que pretendem aproveitar o que está ocorrendo para destruir a empresa — incluindo hienas de outros países, vide as últimas idiotices do Financial Times – que adorariam estraçalhar e dividir, entre baba e dentes, os eventuais despojos de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
O que importa mais na Petrobras?
O valor das ações, espremido também por uma campanha que vai muito além da intenção de sanear a empresa e combater eventuais casos de corrupção e que inclui de apelos, nas redes sociais, para que consumidores deixem de abastecer seus carros nos postos BR; à aberta torcida para que “ela quebre, para acabar com o governo”; ou para que seja privatizada, de preferência, com a entrega de seu controle para estrangeiros, para que se possa — como afirmou um internauta — “pagar um real por litro de gasolina, como nos EUA”?
Para quem investe em bolsa, o valor da Petrobras se mede em dólares, ou em reais, pela cotação do momento, e muitos especuladores estão fazendo fortunas, dentro e fora do Brasil, da noite para o dia, com a flutuação dos títulos derivada, também, da campanha antinacional em curso, refletida no clima de “terrorismo” e no desejo de “jogar gasolina na fogueira”, que tomou conta dos espaços mais conservadores — para não dizer golpistas, fascistas, até mesmo por conivência — da internet.
Para os patriotas, e ainda os há, graças a Deus, o que importa mais, na Petrobras, é seu valor intrínseco, simbólico, permanente, e intangível, e o seu papel estratégico para o desenvolvimento e o fortalecimento do Brasil.
Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, em nossa geração, foram para as ruas e para a prisão, e apanharam de cassetete e bombas de gás, para exigir a criação de uma empresa nacional voltada para a exploração de uma das maiores riquezas econômicas e estratégicas da época, em um momento em que todos diziam que não havia petróleo no Brasil, e que, se houvesse, não teríamos, atrasados e subdesenvolvidos que “somos”, condições técnicas de explorá-lo?
Quanto vale a formação, ao longo de décadas, de uma equipe de 86.000 funcionários, trabalhadores, técnicos e engenheiros, em um dos segmentos mais complexos da atuação humana?
Quanto vale a luta, o trabalho, a coragem, a determinação daqueles, que, não tendo achado petróleo em grande quantidade em terra, foram buscá-lo no mar, batendo sucessivos recordes de poços mais profundos do planeta; criaram soluções, “know-how”, conhecimento; transformaram a Petrobras na primeira referência no campo da exploração de petróleo a centenas, milhares de metros de profundidade; a dezenas, centenas de quilômetros da costa; e na mais premiada empresa da história da OTC – Offshore Technology Conferences, o “Oscar” tecnológico da exploração de petróleo em alto mar, que se realiza a cada dois anos, na cidade de Houston, no Texas, nos Estados Unidos?
Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, ao longo da história da maior empresa brasileira — condição que ultrapassa em muito, seu eventual valor de “mercado” — enfrentaram todas as ameaças à sua desnacionalização, incluindo a ignominiosa tentativa de alterar seu nome, retirando-lhe a condição de brasileira, mudando-o para “Petrobrax”, durante a tragédia privatista e “entreguista” dos anos 1990?
Quanto vale uma companhia presente em 17 países, que provou o seu valor, na descoberta e exploração de óleo e gás, dos campos do Oriente Médio ao Mar Cáspio, da costa africana às águas norte-americanas do Golfo do México?
Quanto vale uma empresa que reuniu à sua volta, no Brasil, uma das maiores estruturas do mundo em Pesquisa e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, trazendo para ca os principais laboratórios, fora de seus países de origem, de algumas das mais avançadas empresas do planeta?
Por que enquanto virou moda — nas redes sociais e fora da internet — mostrar desprezo, ódio e descrédito pela Petrobras, as mais importantes empresas mundiais de tecnologia seguem acreditando nela, e querem desenvolver e desbravar, junto com a maior empresa brasileira, as novas fronteiras da tecnologia de exploração de óleo e gás em águas profundas?
Por que em novembro de 2014, há apenas pouco mais de três meses, portanto, a General Electric inaugurou, no Rio de Janeiro, com um investimento de 1 bilhão de reais, o seu Centro Global de Inovação, junto a outras empresas que já trouxeram seus principais laboratórios para perto da Petrobras, como a BG, a Schlumberger, a Halliburton, a FMC, aSiemens, a Baker Hughes, a Tenaris Confab, a EMC2 a V&M e a Statoil?
Quanto vale o fato de a Petrobras ser a maior empresa da América Latina, e a de maior lucro em 2013 — mais de 10 bilhões de dólares — enquanto a PEMEX mexicana, por exemplo, teve um prejuízo de mais de 12 bilhões de dólares no mesmo período?
Quanto vale o fato de a Petrobras ter ultrapassado, no terceiro trimestre de 2014, a EXXON norte-americana como a maior produtora de petróleo do mundo, entre as maiores companhias petrolíferas mundiais de capital aberto?
É preciso tomar cuidado com a desconstrução artificial, rasteira, e odiosa, da Petrobras e com a especulação com suas potenciais perdas no âmbito da corrupção, especulação esta que não é apenas econômica, mas também política.
A PETROBRAS teve um faturamento de 305 bilhões de reais em 2013, investe mais de 100 bilhões de reais por ano, opera uma frota de 326 navios, tem 35.000 quilômetros de dutos, mais de 17 bilhões de barris em reservas, 15 refinarias e 134 plataformas de produção de gás e de petróleo.
É óbvio que uma empresa de energia com essa dimensão e complexidade, que, além dessas áreas, atua também com termoeletricidade, biodiesel, fertilizantes e etanol, só poderia lançar em balanço eventuais prejuízos com o desvio de recursos por corrupção, à medida que esses desvios ou prejuízos fossem “quantificados” sem sombra de dúvida, para depois ser — como diz o “mercado” — “precificados”, um por um, e não por atacado, com números aleatórios, multiplicados até quase o infinito, como tem ocorrido até agora.
As cifras estratosféricas (de 10 a dezenas de bilhões de reais), que contrastam com o dinheiro efetivamente descoberto e desviado para o exterior até agora, e enchem a boca de “analistas”, ao falar dos prejuízos, sem citar fatos ou documentos que as justifiquem, lembram o caso do “Mensalão”.
Naquela época, adversários dos envolvidos cansaram-se de repetir, na imprensa e fora dela, ao longo de meses a fio, tratar-se a denúncia de Roberto Jefferson, depois de ter um apaniguado filmado roubando nos Correios, de o “maior escândalo da história da República”, bordão esse que voltou a ser utilizado maciçamente, agora, no caso da Petrobras.
Em dezembro de 2014, um estudo feito pelo instituto Avante Brasil, que, com certeza não defende a “situação”, levantou os 31 maiores escândalos de corrupção dos últimos 20 anos.
Nesse estudo, o “mensalão” — o nacional, não o “mineiro” — acabou ficando em décimo-oitavo lugar no ranking, tendo envolvido menos da metade dos recursos do “trensalão” tucano de São Paulo e uma parcela duzentas menor que a cifra relacionada ao escândalo do Banestado, ocorrido durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, que, em primeiríssimo lugar, envolveu, segundo o levantamento, em valores atualizados, aproximadamente 60 bilhões de reais.
E ninguém, absolutamente ninguém, que dizia ser o mensalão o maior dos escândalos da história do Brasil, tomou a iniciativa de tocar, sequer, no tema — apesar do “doleiro” do caso Petrobras, Alberto Youssef, ser o mesmo do caso Banestado — até agora.
Os problemas derivados da queda da cotação do preço internacional do petróleo não são de responsabilidade da Petrobras e afetam igualmente suas principais concorrentes.
Eles advém da decisão tomada pela Arábia Saudita de tentar quebrar a indústria de extração de óleo de xisto nos Estados Unidos, aumentando a oferta saudita e diminuindo a cotação do produto no mercado global.
Como o petróleo extraído pela Petrobras destina-se à produção de combustíveis para o próprio mercado brasileiro, que deve aumentar com a entrada em produção de novas refinarias, como a Abreu e Lima; ou para a “troca” por petróleo de outra graduação, com outros países, a empresa deverá ser menos prejudicada por esse processo.
A produção de petróleo da companhia está aumentando, e também as descobertas, que já somam várias depois da eclosão do escândalo.
E, mesmo que houvesse prejuízo — e não há — na extração de petróleo do pré-sal, que já passa de 500.000 barris por dia, ainda assim valeria a pena para o país, pelo efeito multiplicador das atividades da empresa, que garante, com a política de conteúdo nacional mínimo, milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia.
A Petrobras foi, é e será, com todos os seus problemas, um instrumento de fundamental importância estratégica para o desenvolvimento nacional, e especialmente para os estados onde tem maior atuação, como é o caso do Rio de Janeiro.
Em vez de acabar com ela, como muitos gostariam, o que o Brasil precisaria é ter duas, três, quatro, cinco Petrobras.
É necessário punir os ladrões que a assaltaram?
Ninguém duvida disso.
Mas é preciso lembrar, também, uma verdade cristalina.
A Petrobras não é apenas uma empresa.
Ela é uma Nação.
Um conceito.
Uma bandeira.
E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível.
Esta é a crença que impulsiona os que a defendem.
E, sem dúvida alguma, também, a abjeta motivação que está por trás dos canalhas que pretendem destruí-la.
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Leu?! Achou baboseira? Onde está a verdade?

Eu daqui só posso torcer...
Torcer para que essa comparação com o passado seja apenas uma lembrança vaga e que o final não seja o mesmo. Vamos torcer para que os corruptos e os corruptores sejam pegos, trancafiados e não usem o dinheiro que roubaram para pagar advogados, que devolvam o dinheiro...
Que não usem a Petrobras como cabide de empregos.
Que não usem o dinheiro da população brasileira a favor próprio.
Que não mudem a forma de partilha do Petróleo.
Que o Petróleo sirva para alavancar a industrialização tardia do Brasil e melhore a nossa economia.
Que seus lucros não sejam exportados para o exterior, seja investido aqui, para a educação. Seria demais sonhar que seja usado também para tapar o buraco do rombo da previdência?
Torcer para que sejam pegos todos que estão mamando no dinheiro público, no dinheiro da Petrobrás e, se possível, que se recupere o dinheiro desviado!

Seria pedir demais? Por que? Ah, sim!... Porque nós sabemos, estudando o passado no país, que o dinheiro roubado na corrupção é usado para pagar bons advogados, lotar nossa justiça com recursos atrás de recursos e os ladrões não vão para a cadeia...

Estudando com o passado...
Apreendendo com o passado...

Mas que dá um medão dá...
Estamos no meio de processo perigoso onde a verdade será recontada no futuro pela versão do vencedor.
Assim como na peça de teatro Calabar, escrito pelo Chico Buarque (ops! Esse não... está coliado com o governo!)

O Texto do Mauro cita o caso Banestado.

O Caso que envolve saída de divisas do país na ordem de 150 bilhões. (Ok,  O Mauro fala só 60 bilhões, já dei o link para o ministério público e lá fala que são somente 28 Bilhões...   Mas é o seguinte, quem conta um conto aumenta um conto. Como já foi contado essa história bilhões de vezes o valor chegou corrigido aos dias de hoje a 150 Bilhões! E no mais não é o montante que conta e sim a repercussão que foi dado a eles...)

Que é um ano e meio de faturamento bruto da Petrobrás. (Ou dois anos de lucro líquido se considerarmos o valor apurado pelo Ministério Público)

Um caso dessa magnitude todo mundo conhece, não?!
Está todos os dias nos jornais que passam antes da novela...
E nas páginas das revistas...(Na escala da Veja o Benestado tem gravidade 2 numa escala de 1-5!)
Principalmente agora que voltou a berlinda, pois o doleiro do Lava-Jato é o mesmo do Banestado.
O Benefício que o Albert Youssef teve no Banestado é o mesmo que está tendo agora...
 O Fato é que depois do 150 Bilhões do Banestado o mesmo personagem volta participando dos 10 Bilhões da Lava-Jato.
Alguma coisa está errada...
Se repetirmos a mesma história do Banestado daqui a 10 anos surgirá a operação "Siga-me os bons" onde mais bilhões serão perdidos...

Mas você gosta de fugir do assunto, né?! Você iria falar dos roubos da Petrobrás e começou a falar da Vale... e agora foge do assunto de novo falando de Banestado?!?!

Bom, o ministério público fala que os casos estão relacionados, olha aí...
http://www.lavajato.mpf.mp.br/relacao-com-caso-banestado.html

Fugir do assunto é não fazer essa correlação...
Fugir do assunto é não pensar que a campanha de desmoralização da Vale nada tem haver com a campanha de desmoralização da Petrobrás.
Fugir do assunto é querer que os dois casos tenha o mesmo fim e ainda um bônus: como brinde da compra da Petrobras virá de graça a presidência do Brasil. (Não sei se nessa ordem.)
Fugir do assunto é julgar e condenar os culpados, só com a manchete da revista.

Me causa estranheza... Eu sei que as eleições acabaram, mas...

Vamos voltar 20 anos de novo:

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Essa reflexão quem fez foi o Paulo Moreira Leite em seu blog:
http://paulomoreiraleite.com/2015/02/06/por-que-fhc-cruzou-os-bracos/
Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.
A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro — e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.
A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que “todos os diretores da Petrobras têm conta lá.” Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: “olha que isso dá processo…” Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.
Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.
E a denúncia?
Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os “mais altos hierarcas”, eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.
Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?
Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.
Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.
Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um “procedimento licitatório simplificado da Petrobrás”. O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.
Mas o procedimento “simplificado” está na origem intelectual do hoje célebre “clube das empreiteiras,” denunciado em tom de escândalo.
Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do “clube das empreiteiras” mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.
Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional — que justifica sua existência — diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.
A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.
Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada — e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.
Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).
Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.
A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.
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E mais essa:



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O Caso Banestado, a Petrobras e o feitiço do tempo

A Lava Jato tem ligação com o Caso Banestado mais do que se possa imaginar. Caso se tivesse ido até as últimas consequências, a situação poderia ser outra.

Iriny Lopes
Arquivo

















“Foi o maior roubo de dinheiro público que eu já vi”. A declaração do deputado federal oposicionista Fernando Francischini, do PSDB, não é sobre a Petrobras, ou o que a mídia convencionou chamar de Mensalão, mas sobre o Escândalo do Banestado (Banco do Estado do Paraná). O Banestado, por meio de contas CC5, facilitou a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, na ordem de R$ 150 bilhões. O caso se transformou em na CPMI do Banestado, em 2003, da qual fui integrante em meu primeiro mandato.

Foi uma longa investigação que resultou no relatório final com pedidos de indiciamento de 91 pessoas pelo envio irregular de dinheiro a paraísos fiscais, dentre eles o ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Gustavo Franco, o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi arrecadador de fundos para campanhas de FHC e José Serra, funcionários do Banestado, doleiros e empresários.

Na época da CPMI, o presidente da comissão, o então senador tucano Antero Paes de Barros, encerrou os trabalhos da CPMI antes que o relatório fosse apresentado. O motivo principal era poupar seus pares, sobretudo Gustavo Franco e Ricardo Sérgio de Oliveira. A ação do PSDB para soterrar o relatório tinha como objetivo impedir que a sociedade tomasse conhecimento de um amplo esquema de desvios de recursos públicos, sobretudo vindos das privatizações do período FHC, para contas em paraísos fiscais. A história que não saiu na mídia está contada no livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr., lançado em 2011.

O desfecho das investigações levadas adiante pela Polícia Federal e mesmo de parte do Ministério Público Federal morreu na praia. Algumas pessoas, é verdade, foram condenadas, mas só laranjas, gente muito pequena perto do enorme esquema de corrupção.

O enredo do Banestado parece semelhante ao caso Petrobras, mas tem uma diferença: neste momento há uma determinação da presidenta Dilma em não deixar “pedra sobre pedra” sobre o caso da petrolífera, algo que não aconteceu no governo FHC - o Procurador da República na gestão tucana, Geraldo Brindeiro, mesmo sabendo dos malfeitos desde 1998, só decidiu pela abertura de processo quando estava de saída, no apagar das luzes da gestão tucana e pressionado pela abertura de uma CPMI.

A importância de o governo federal demonstrar empenho para que tudo fique esclarecido é determinante para se erradicar um mecanismo perverso de desvios de dinheiro público, de relações entre a iniciativa privada e o universo político e que determina, inclusive o perfil dos eleitos, principalmente no Congresso Nacional.

A Operação Lava Jato tem ligação com o Caso Banestado mais do que se possa imaginar. Se no caso Banestado se tivesse ido até as últimas consequências, provavelmente estaríamos hoje em outro patamar. As condenações necessárias a políticos, grandes empresários e doleiros, teria evitado a dilapidação de recursos públicos em todas as instâncias. A impunidade amplia os limites de corruptos e corruptores. Basta lembrar do esquema de licitação fraudulenta dos metrôs e trens de São Paulo, que atravessou mais de uma década de governos do PSDB, e a ausência de investigação e punição para entender do que estamos falando.

Os personagens do enredo da Lava Jato remetem, não por acaso, a muitos do Banestado, inclusive Alberto Youssef, que conseguiu não responder pelos crimes de corrupção ativa e de participação em gestão fraudulenta de instituição financeira (Banestado), por acordo, com MPF de delação premiada, em 2004.

Youssef entregou o que quis e continuou sua vida criminal sem ser incomodado até este ano, quando o juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável pelas prisões da Operação Lava Jato – este também outro personagem coincidente com Banestado, resolveu que o doleiro cumpriria quatro anos e quatro meses de cadeia, por uma sentença transitada em julgado.

“Após a quebra do acordo de delação premiada, este Juízo decretou, a pedido do MPF, a prisão preventiva de Alberto Youssef em decisão de 23/05/2014 no processo 2009.7000019131-5 (decisão de 23/05/2014 naqueles autos, cópia no evento 1, auto2)”, diz o despacho de Sergio Moro, datado de 17 de setembro deste ano. (ver mais em http://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/acao_penal_no_5035707_sentenca_youssef.pdf).

Além de Youssef, do juiz Sérgio Moro, as operações de investigação do Banestado e da Lava Jato tem como lugar comum o Paraná. Apesar do Banestado ter sido privatizado, Youssef e outros encontraram caminhos que drenaram recursos públicos para paraísos fiscais a partir de lá.

Se no caso Banestado foram remetidos R$ 150 bilhões de recursos públicos adquiridos nas privatizações da era FHC para contas fantasmas em paraísos fiscais, na Petrobrás a estimativa da Polícia Federal até o momento é que tenham sido desviados R$ 10 bilhões.

Importante ressaltar que pouco importa os valores. A verdade é que estamos pagando uma conta do passado, em que parte das instituições fez corpo mole e deixou crimes dessa natureza prescreverem. Essa omissão (deliberada ou não) nos trouxe até aqui. Não por acaso, Alberto Youssef está de novo em cena. Sua punição no caso Banestado foi extinta em 2004 e quando revogada, neste ano, foi apenas para que MPF e Judiciário não passassem recibo de seus erros anteriores. Deram um benefício a alguém que mentiu e continuou sua trajetória criminosa.

Por isso tudo é admirável a disposição da presidenta Dilma, em encarar um esquema que mistura grandes empresários multinacionais, políticos e criminosos de porte. Afinal, que ninguém se iluda: numa dessas pontas tem o narcotráfico, o tráfico internacional de armas e toda ordem de ilícitos que se alimenta e retroalimenta a lavagem de dinheiro.

Dito isso, acho importante destacar o que é fundamental ser feito a partir da Operação Lava Jato:

1- Apoiar todas as ações que visam investigar, julgar e condenar corruptos e corruptores;

2- Constatar que as investigações comprovam que o financiamento empresarial das campanhas eleitorais, supostamente baseado em doações de empresas privadas, na verdade está apoiada, ao menos parcialmente, em desvio de recursos públicos;

3- Que portanto, para além de atos criminosos, estamos diante de um mecanismo sistêmico que corrompe cotidianamente as liberdades democráticas, pois no lugar do voto cidadão o financiamento privado reintroduz de fato o voto censitário;

4- Que este é mais um motivo para apoiarmos a reforma política, especialmente a proibição de todo e qualquer financiamento empresarial;

5- Por fim, conclamar os funcionários das empresas corruptoras a virem a público contar o que sabem, para que se possa colaborar com a Justiça. E vigiar para que as instituições envolvidas não se deixem manipular, no processo de investigação e julgamento, pelos mesmos interesses políticos e empresariais que se faz necessário punir.

Todo o Brasil sabe, afinal, que a corrupção institucionalizada esteve presente na história do Brasil, nos períodos democráticos e especialmente nos períodos ditatoriais. O desafio proposto pela presidenta Dilma, de não deixar “pedra sobre pedra” é imenso e depende das instituições cumprirem o seu dever.

O que Dilma quer, o que eu quero e toda a sociedade brasileira deseja é não ver a repetição dessa história e seus velhos personagens livres para reprisar o mesmo roteiro policial. Concordo com a frase do deputado oposicionista Francischini, que o Banestado foi o maior escândalo de corrupção de que se teve notícia no país.

Portanto, tenhamos memória e que ela não seja seletiva e nem refém do feitiço do tempo.
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E então? Você quer mudar de assunto?

Vamos falar de que? do Fausto de Santis?! Onde ele foi parar, hein?

Acho que deu para entender o meu ponto de vista... Se ainda não estiver convencido leia essa carta de uma funcionária da Petrobrás. Conteste-a.


Michelle:”Eu sou Petrobras, você é Globo”. Uma gentil bofetada na mentira e na hipocrisia

22 de fevereiro de 2015 | 10:10 Autor: Fernando Brito
michelle
Não precisa de qualquer comentário, exceto o de que há dignidade neste mundo, a carta da petroleira Michele Daher Vieira ao jornal O Globo e à repórter Letícia Vieira, autora do texto Petrobras: a nova rotina do medo e tensão na estatal.
Michele é uma das pessoas que aparecem na foto usada pelo jornal para induzir o leitor a que, de fato, há um clima de terror na empresa, com medo de “de represálias e de investigações”, além de demissões.
A carta de Michelle é um orgulho para os sentimentos de decência humana e uma vergonha para a minha profissão, que deveria ser a de buscadores da verdade e não da construção da mentira.
E a prova de que gente como Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e outros que engordaram roubando a Petrobras são um grão de areia entre milhares e milhares de homens e mulheres de bem, que trabalham ali não só como profissionais corretos e competentes, mas como brasileiros que amam o seu país.

Carta aberta à Leticia Fernandes e ao jornal O Globo

Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.
Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.
Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.
Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porque disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.
Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.
A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.
Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.
Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.
Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.
Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.
[12] CF/88
Diz o artigo 220 da Carta, no inciso II do parágrafo 3°:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já o parágrafo 5° diz:
Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
E o artigo 221. por sua vez, prescreve:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

A Petrobras na cadeia produtiva -
 Brasilianas.org
(TV Brasil)
16.03.2015 


Brasilianas.org debate situação atual da companhia e seu papel na consolidação da indústria no país

A Petrobras, empresa estatal de economia mista, é líder mundial no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em águas profundas e ultra-profundas. Não há como negar a importância da companhia que, com a descoberta do pré-sal fez com que o Brasil conquistasse a liderança global em descobertas de novas reservas, segundo levantamento da consultoria internacional IHS Cera. Mas hoje a Petrobras passa por um momento delicado em relação ao balanço interno de suas contas, capaz de comprometer as externalidades positivas da exploração do petróleo e gás natural, sobretudo a complexa cadeia da indústria que se estabeleceu no país em volta desse setor.

Para discutir a situação da estatal e, em especial, seu papel na cadeia produtiva, Luis Nassif recebe nessa edição do Brasilianas.org o presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar Prata, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini e o pesquisador do IPEA e autor do livro "Petrobras: uma história das explorações de petróleo em águas profundas e no pré-sal", José Mauro Morais.

Apresentação: Luís Nassif
Direção: Pola Galé
Produção: Lilian Milena e Aline Penna





Especial: É tudo um assunto só!

Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado,  o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...




A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?



Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?


O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*


As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.

Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio



Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!


O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado



Questões de opinião:

Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?



As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar


Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"



Comentários políticos com Bob Fernandes.

Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...


Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.

Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...

UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito 


Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!


InterVozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social

Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez

Resposta ao "Em defesa do PT"


Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.




Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:

Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?

Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.


Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):

Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.


Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.


Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.



Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?

Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"... 

Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos

Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil

Acompanhando o Caso HSBC IX  - A CPI sangra de morte e está agonizando...

Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.





Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):

Acompanhando a Operação Zelotes!

Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.

Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.

Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?

Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.

Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...

Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...

Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?

Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...

Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...

Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão? 

Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!

Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?

Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")

Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.



Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:

KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K

A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!

Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira. 

Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just ) 

Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo



Acompanhando a CPI do Futebol - Será lúdico... mas espero que seja sério...

Acompanhando a CPI do Futebol II - As investigações anteriores valerão!

Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!

Acompanhando a CPI do Futebol IV - Proposta do nobre senador: Que tal ficarmos só no futebol e esquecermos esse negócio de lavagem de dinheiro?!

Acompanhando a CPI do Futebol VII - Uma questão de opinião: Ligas ou federações?!

Acompanhando a CPI do Futebol VIII - Eurico Miranda declara: "A modernização e a profissionalização é algo terrível"!

Acompanhando a CPI do Futebol IX - Os presidentes de federações fazem sua defesa em meio ao nascimento da Liga...


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