Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária teve uma queda de 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o recuo foi de 3,1%. Apesar da queda, no acumulado dos seis primeiros meses do ano, a atividade agropecuária registrou uma retração de 3,4%, abaixo dos 4,6% de redução no PIB total do Brasil. O valor do PIB agropecuário atingiu R$ 90,76 bilhões ao final de junho.
Na avaliação do IBGE, a queda na atividade agropecuária se deve pela redução dos índices de produtividade das principais culturas agrícolas devido aos problemas climáticos durante a safra de verão. Algumas áreas foram seriamente afetadas, em especial aquelas dos Cerrados do Centro-Oeste e Centro Nordeste. O milho teve uma perda de 20,5%, seguido pelo arroz (-14,7%), algodão (-11,9%), feijão (-9,1%) e soja (-0,9%).
No primeiro levantamento da safra 2015/16, divulgado em outubro de 2015, a previsão de produção era de 213,4 milhões de toneladas, mas os últimos dados apontam para uma safra de 188,1 milhões de toneladas, redução de 11,9%. A soja tinha uma estimativa inicial de 101,9 milhões de toneladas, mas com os problemas climáticos a produção caiu para 95,4 milhões. O cereal iniciou a safra com uma expectativa de atingir 83,6 milhões de toneladas, mas os produtores devem colher 68,5 milhões na safra 2015/16.
Para o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o setor foi pressionado para baixo principalmente pela queda internacional dos preços das commodities e pelo câmbio menos atrativo. “Houve um tombo no câmbio que não estimulou (o setor)”, destacou, referindo-se à depreciação do dólar. Para ele, a eventual concretização de medidas econômicas pelo governo de Michel Temer deve dar mais estabilidade ao setor no restante do ano.
-
Enquanto STF bane “discurso de ódio”, facções divulgam crimes em rede social
-
Atingidos pelas inundações no Rio Grande do Sul chegam a 2 milhões, diz Defesa Civil
-
Justiça determina que postagens do influenciador Nego Di sobre inundações sejam excluídas
-
Endividado, RS agora tem o desafio da reconstrução pós-tragédia. Leia na Gazeta Revista
Deixe sua opinião