terça-feira, 13 de julho de 2010

Bandeira do Brasil em crochê



Bandeira do Brasil feita em crochê.




Detalhe da bandeira, com o efeito proporcionado pelo tecido desfiado.


A Copa já acabou, o Brasil foi eliminado há eras, a Espanha foi campeã (merecidamente, pelo menos graças aos dois últimos jogos), mas não é por isso que a gente precisa tirar da decoração todas as bandeiras do Brasil que pendurou pra ajudar na torcida.
Esta, então, eu não pretendo despendurar tão cedo!

Eu não concordo com o repetidíssimo clichê de que só somos patriotas em época de Copa do Mundo.
Gostar de futebol, torcer pela seleção (mesmo sem concordar muito com ela), enfeitar a casa de verde e amarelo durante a Copa não implica ser alienado, ignorante ou cabeça-oca. Não significa não dar a menor bola pra política ou economia, não saber o que acontece no país ou no mundo.
Tampouco quer dizer que não se deseja um país melhor, um mundo melhor ou a própria humanidade melhor.
Alguém pode, sim, gostar muito de futebol e ser extremamente ligado nos acontecimentos, a sua volta, ter postura crítica, ser politizado. Aliás, um dos homens mais inteligentes e bem informados que eu conheço, que (talvez não por acaso) é o meu marido :) , adora futebol. E, inclusive, é muito bem-informado também sobre esse assunto.

Digressão à parte, no clima de Copa, e bem antes de o Brasil ser eliminado pela Holanda, eu também quis uma bandeira pra pôr na janela. Mas, claro, não queria uma bandeira como as outras, que eu poderia comprar em qualquer loja por aí. Quis uma diferente e resolvi fazer de crochê.
Eu já tinha há algum tempo agulhas de crochê bem grossas, de 8, 9 e 10 mm, mas nunca tinha usado. Não sabia exatamente com que tipo de fio usá-las, e passei um tempo matutando sobre isso. Minha ideia foi cortar tecidos velhos (lençóis, cangas furados, por exemplo), transformá-los em fio e tecer com eles.
Como não tinha em casa tanto tecido assim, ainda mais com as cores da bandeira do Brasil, a opção foi comprar. Nesse ponto, eu arrisquei. Pedi o tecido liso mais barato que tinha na loja, e era o oxford. O que eu não sabia era que ele desfiava tanto. Até que o efeito visual ficou bom, eu gostei. Mas o problema é que, por causa desses desfiados, o tecido vai esgarçando com o manuseio e, se for preciso desmanchar o crochê (o que obviamente aconteceu comigo), ele vai arrebentando.
Se eu fosse fazer outra vez, compraria um tecido que não desfia, como malha.

Para o gráfico, mais uma vez, tive a ajuda do meu querido marido, que é sempre quem cuida dessa etapa.

Para a minha bandeira, que ficou com 91 x 57 cm, comprei:
4 metros de oxford verde (quase não deu);
1 metro de oxford amarelo (sobrou);
1 metro de oxford azul (sobrou);
20 cm de oxford branco (sobrou),
todos com 1,5 de largura.

Cortei o tecido em "tiras" de mais ou menos 1,5 cm de espessura. Fui cortando em espiral, pra ter um fio contínuo, contornando a borda do tecido. Assim:



A técnica que usei para tecer a bandeira e formar o desenho foi a do "jacquard", que eu sabia que existia pra tricô e, por intuição, imaginei que seria possível fazer em crochê. Comecei com a intuição mesmo, mas, pra tirar umas dúvidas que surgiram, contei com a sempre útil dupla Google/YouTube.
Aqui vai um vídeo que mostra como fazer, em espanhol:



Eu não sei bem se esse tipo de desenho se enquadra no jacquard, porque sempre vejo gráfico com motivos repetidos, que formam um padrão. Mas, mesmo que o nome esteja errado, a técnica se aplica: o desenho ficou como eu queria.

O gráfico para a bandeira está aqui:

Eu queria a minha grande, mas dá pra fazer com qualquer fio, e ela vai ficar proprocionalmente menor, claro.
O truque pro jacquard é sempre trocar os fios de posição no lado avesso.
No caso do crochê, o arremate de um ponto tem de ser feito com a cor do ponto seguinte, como mostra o vídeo.
Requereu uma certa coordenação motora lidar com todos aqueles novelos de fios, principalmente na hora de tecer as estrelas, mas não foi nada impossível.
No caso da minha bandeira, como eu não queria que os fios trançados ficassem à mostra, mesmo no avesso, costurei um forro atrás para escondê-los. E pra não estragar quando a bandeira for lavada.
Afinal, eu pretendo que as minhas meninas (ou as filhas delas) disputem entre si o direito de usar esta bandeira como decoração na Copa do Mundo de 2050. Minha intenção era que elas lembrassem que eu a havia feito no ano em que o Brasil foi hexacampeão, mas os meninos do Dunga não me ajudaram nesta parte.
Eu, pelo menos, fiz a minha. Fiquei bem satisfeita com o resultado.
Quem sabe eles não fazem melhor em 2014?

sábado, 10 de julho de 2010

Eu fiz "o melhor bolo de maçã do mundo"

Eu fiz "o melhor bolo de maçã do mundo", segundo a Paula do The Cookie Shop.
Cheguei a essa receita por uns caminhos tortuosos, que começaram no twitter e me levaram ao Prato Fundo, onde havia uma tentadora receita do "melhor bolo de banana do mundo".
Me deu uma vontade louca, mas, como eu não tinha aqui em casa os ingredientes mínimos necessários - as bananas supermaduras -, fiz o de maçã da Paula, que inspirou o Vitor Hugo a nomear seu post.

Eu andava meio com preguiça de receitas mais trabalhosas, dessas que pedem pra peneirar e reservar ingredientes, coisa e tal, mas, como a Paula dizia que era o melhor do mundo na sua modesta opinião, que, pra mim, contou muito, uma vez que ela faz diversas receitas e escreve habitualmetne sobre elas, eu resolvi seguir as orientações à risca.
Ainda assim, tive que fazer umas pequenas mudanças: minha batedeira é muito fraquinha e, quando ela começou a cheirar a motor queimado, antes mesmo de terminar toda a farinha da receita, eu acrescentei o suco de uma laranja, e também as raspas da casca, inspirada na receita do Vitor Hugo de bolo de banana.
Além disso, como não tinha nozes nem pecãs, pus 1 xícara de granola no lugar, só pra ficar um pouco crocante.
Claro que não é a mesma coisa. Imagino que com as nozes fique mais fantástico. Mais ainda.
Porque, vou falar, essa foi de longe a melhor receita de bolo de maçã que eu já fiz na vida. Eu já fiz algumas, não sou tão inexperiente assim.
Achei curioso, porque a massa ficou bem consistente, parecia uma massa de biscoito dessas que a gente tem que pegar às colheradas, porque ela não derramava facilmente na forma.
Mas, certamente por causa da água das frutas, depois de assado o bolo ficou muito macio e úmido, e não pesadão e massudo como eu pensei que ficaria.
Delicioso!
Ah, outra coisa que fiz foi pôr mais peras que maçã, porque tinha umas 3 aqui que já estavam meio pra perder, com a casca feia que desinteressava o povo daqui. Essa é uma dica da Paula, que já usou pera quando não tinha maçã. Não senti a menor diferença no sabor, parecia que era só maçã mesmo. Deu totalmente certo.

O de banana está me aguardando. Daqui a uns 2 ou 3 dias, quando as bananas da fruteira estiverem no ponto, eu vou testá-lo e, se continuar nesse pique de escrever neste pobre blog semiabandonado, conto como ficou.
Mas, pra esse, eu vou comprar as nozes, porque a coberturinha crocante que o Vitor Hugo põe em cima parece daquelas que não dá pra dispensar!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Toy Story 3

'Tava ali lendo a Dani falar do Toy Story 3 e fiz um comentário tão grande que parece até um post. (Foi mal, Dani!)
Então, resolvi assumir como tal, e aqui está.
Numa segunda-feira dessas, logo depois da estreia, eu levei o pessoal daqui de casa pra ver o Toy Story 3.
Aqui somos todos muito fãs dos dois primeiros filmes. Tem quem pense que o primeiro é muito melhor e tal, e eu até acho que seja realmente melhor, mas não que isso torne o 2 ruim. Aqui temos o DVD deste segundo filme, e as meninas veem seguidamente, daquele jeito que a gente decora as falas, sabe como é.

Levei a turma quase toda: as minhas três meninas, meu enteado e o namorado da minha filha mais velha (acredita que EU sou tão velha??).
O gozado foi que eu e as meninas (menos a menor, que só tem dois anos e, claro, ainda é muito pequenina pra entender isso) choramos muito, mas os meninos ficaram rindo da nossa cara: "Não acredito que vocês estão chorando!"
Eu lamento um pouco a falta de sensibilidade deles, porque, cara, é muito comovente o Andy mostrando pra Bonnie como são os brinquedos e como ela deveria cuidar deles, né? Não dá pra ficar imune!
A Miúda, chorando, disse assim: "Ai, mamãe, não sei como eles conseguiram fazer um filme tão fofo desses!"

Confesso que, antes de ir, eu fiquei meio desconfiada. Claro que, vindo da Pixar, dificilmente seria ruim, mas pô, um terceiro filme, depois de tanto tempo... Será?
Mas eles conseguiram inventar uma nova aventura pros brinquedos que encaixou bem. Em qualquer outro tipo de filme, seria até meio clichê, mas ali ficou bem legal.
Tem os exageros próprios, mas não prejudicam o filme em nada.

E, sério, depois que vi Toy Story nunca mais consegui guardar brinquedos ou tirá-los da cama das meninas sem imaginar que eles vão se mexer depois.
E, a partir de agora, nunca mais vou conseguir separar brinquedos velhos pra doação sem ficar com um pouco de pena deles.

Aliás, nessa mesma linha, tem duas músicas do Palavra Cantada que são muito legais e me fazem o mesmo efeito: "Antigamente" e "Tente entender", do CD Canções Curiosas. Dá a maior pena ver as bonecas meio largadas por aí, empoeirando.
Eu tentei linkar o áudio, mas não sei se isso é possível. De qualquer modo, as músicas estão disponíveis na página do CD, no site da dupla.

O Palavra Cantada, aliás, vale um post exclusivo. É maravilhoso, e qualquer dia desses paro só pra falar deles.

Um post por semana?

Puxa, se eu conseguisse, pelo menos, estabelecer (e cumprir, claro) essa meta de escrever uma vezinha por semana, já era bom, não?
Mas, cara, as semanas passam tão rápido, que 'tá difícil acompanhar o tempo e encaixar nele todas as coisas que quero fazer.
E olha que eu estou de férias!
Meu projeto neste período de folga, já que não vou viajar, é terminar todos os crochês e tricôs que tenho nas agulhas.
Pra começar as outras mil coisas que quero fazer sem a consciência tão pesada.
Mas também 'tou lendo um pouco, que fazia tempo que eu não pegava firme num livro por diversão.
Estou quase acabando "A viagem do elefante", que, curiosamente, retomei uns dias antes da morte do Saramago. Coisa estranha, né? Quando acabar, falo sobre ele.
Ainda me dói um pouco ler um Saramago e saber que não virão outros.
Mas é a vida. Ainda tenho muitos pra ler, e sempre é possível reler os anteriores, que a cada vez se tornam novos.
Também estou trabalhando (por enquanto mais mental que fisicamente) num post sobre a bandeira do Brasil que fiz de crochê.
Mesmo que o Brasil não esteja mais na Copa, eu ainda estou apaixonada pela minha bandeira, e nem pretendo tirá-la da parede. Vai ficar ali como decoração permanente.
Enfim, ainda não desiti deste blog, embora, cada vez que vejo o SuperZiper ou a Casa da Daniela, me dê um desânimo quase invencível: quando é que eu conseguiria fazer um blog tão lindo assim?
Por enquanto, escrevo só pra mim mesma, fazer o quê?
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.