Número de cesáreas no Sul ultrapassa média nacional, segundo IBGE

Pesquisa aponta que 47% dos partos cesáreos na região são marcados com antecedência

Mais da metade dos partos cesáreos realizados nos País são agendados, enquanto a grávida ainda está na fase do pré-natal. Na região Sul, foram 47%, afirmou pesquisa do Ministério da Saúde realizada em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados mostram ainda que, no Brasil, 55,3% foram cirurgias cesarianas e, no Sul, a média está muito acima da nacional, com 61,8%.

No País todo, 35,79% dos partos cesáreos foram marcados com antecedência no SUS (Sistema Único de Saúde), e no sistema privado, 74,16%. Mais da metade dessas mulheres (56,1%) têm ensino fundamental completo, e 38,3% não possuem instrução ou têm fundamental incompleto. Para quem fez o parto vaginal, 65,3% não tinham instrução ou possuíam nível fundamental incompleto, e 39,3%, tinham nível escolar fundamental completo.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou que “as cirurgias cesarianas agendadas, feitas sem a indicação técnica adequada, sem que a mulher sequer entre em trabalho de parto, aumentam a probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido, em 25% os óbitos infantis neonatais e triplicam o risco de morte materna”.  Segundo ele, o Ministério da Saúde recomenda que a forma de nascimento seja decidida, de forma conjunta, entre a mulher e o profissional de saúde.

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Parto humanizado

Segundo o Ministério da Saúde, por meio da estratégia Rede Cegonha, lançada em 2011, o governo federal tem incentivado o parto normal humanizado e intensificado a assistência integral à saúde de mulheres e crianças, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida do filho.

A pesquisa do IBGE também estimou em 13 anos a idade média da primeira menstruação, sem distinção entre as grandes regiões do País. Ainda foi constatado que, do total de mulheres de 18 a 49 anos sexualmente ativas nos últimos 12 meses, 61,1% fez uso de métodos anticoncepcionais, 69,2% ficaram grávidas alguma vez na vida e a idade média da primeira gravidez foi de 21 anos.

Os dados integram o terceiro volume da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o País, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014.

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