Esportes Rio 2016

Rio-2016 diz que fornecimento de comida nas arenas foi normalizado

Comitê pediu ajuda dos Correios para logística de transporte

RIO - O diretor de Comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrada, disse nesta terça-feira que o fornecimento de comida nas diversas arenas já foi normalizado. Segundo ele, a expectativa agora é que o público não fique mais do que dez minutos nas filas dos pontos de alimentação.

Para que a situação fosse ajustada, uma série de medidas foram tomadas, como pedir ajuda aos Correios - patrocinador da Olimpíada - com a logística do transporte do produto. Além disso, no Parque Olímpico também foram instalados food trucks para aumentar a oferta de pontos de venda de mercadorias para o público, que chegou a 450 mil no último domingo.

Mais cedo, em Deodoro, torcedores haviam reclamado do fim do estoque de cerveja durante jogo de rúgbi.

Segundo Mário, a escolha das empresas que ficariam responsáveis pelos lanches foi precedida de licitação. Ao todo, as diversas arenas foram divididas em cinco lotes dos quais pelo menos três empresas participaram de cada concorrência.

No caso do Parque Olímpico da Barra, duas empresas foram selecionadas para prestar o serviço. A Dica do Chefe na área externa e na área interna a Food Team, que tem entre os sócios o empresário Emílio Odebrecht Peltier de Queiroz, neto do fundador do grupo Odebrecht, como revelou o site da "ESPN Brasil".

Fora da Olimpíada, a Food Team tem contratos para fornecer alimentação em três estádios: Maracanã, Fonte Nova (Salvador) e Arena Pernabuco. A empresa, no entanto, não tem ligação com o Grupo Odebrecht.

Filas na lanchonete do Complexo Esportivo de Deodoro Foto: Renato Alexandrino
Filas na lanchonete do Complexo Esportivo de Deodoro Foto: Renato Alexandrino

No caso de todas as arenas de Deodoro, o serviço é prestado pela Dica do Chefe

Mário definiu a operação de logística para fornecer comida como algo inédito, sendo difícil aproveitar a experiência de outros países em relação a organização da Olimpíada, devido a particularidades na alimentação e consumo de cada cidade sede.

Na segunda-feira, o Procon-RJ autuou o comitê do Rio 2016 por falta de comida e longas filas. Na avaliação do órgão, a organização da Olimpíada não teve a preocupação necessária para que os consumidores tivessem todas as suas necessidades atendidas em relação à oferta de alimentos e ao acesso. Segundo a entidade, essa falta de organização foi evidenciada, por exemplo, na fila de de um quilômetro na entrada do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.

A partir da notificação, o comitê tem 15 dias úteis para apresentar a sua defesa, quando a Rio-2016 já terá terminado. Segundo o presidente do Procon-RJ, José Geraldo, o prazo é estipulado por lei e mesmo após o término dos Jogos, nada impede que seja aplicada a multa, que pelo Código de Defesa do Consumidor, pode chegar à casa dos R$ 9 milhões.

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