Na segunda-feira (21), o governo anunciou mais um pacote de medidas de estímulo ao consumo, mas um levantamento do Banco Central mostra dados preocupantes. Quase metade da renda anual dos brasileiros já está comprometida com dívidas. É um endividamento recorde das famílias. O governo quer facilitar ainda mais o crédito, pode ser uma armadilha.
A dívida mensal de juros saiu de 15,58% em 2005 para 22,4% em 2012. E o problema é que é mais do que o que acontece nos Estados Unidos, que acabaram de ter uma crise da dívida. Outro dado importante é que as dívidas em atraso com mais de 90 dias da pessoa física soma R$ 39 bilhões. Por isso é preocupante que o governo incentive o aumento do endividamento. O governo tem feito dois movimentos. Um está correto. O movimento de reduzir juros e incentivar a renegociação para que a pessoa se aproveite desses juros mais baixos. Mas, aumentar o endividamento antes de fazer um balanço do que isso significa é um risco. Mais de 22% comprometido não é pouco e o contribuinte tem que pagar habitação, transporte, educação, alimentação, conta de luz. Esse levantamento é só de dívidas bancárias.