Morte de ex-capitão do Real Brasil foi “frustração futebolística”

Quantos adolescentes que sonhavam viver o futuro no futebol o presidente do Grêmio Maringá, Aurélio Almeida, já frustou? A pergunta não é minha, vem de Fortaleza (CE), do advogado Maurício Bezerra, que conheceu Almeida quando ainda existia o Real Brasil Clube de Futebol (em fevereiro de 2009 o clube mudou sua sede para Brasília, anunciou a construção do maior centro de treinamentos do mundo e… nada. Hoje o clube não tem nem página na internet). Seu Maurício é pai de Victor Hugo (os dois aparecem juntos na segunda foto), que foi capitão do time em 2008, na disputa da Primeira Divisão do Paranaense, e que no dia 29 de junho deste ano, por volta das 9h, deu cabo à própria vida, enforcando-se. O pai diz que o suicídio do filho deveu-se a uma contribuição indireta do então presidente do Real Brasil, onde ele atuou de 18 de abril a 2 de outubro de 2008. Ele teve uma “frustração futebolística”, pois sofreu uma lesão no joelho esquerdo e ficou sem acompanhamento e assistência médica, contrariando o que previa o contrato com o clube. “Tive que trazê-lo de volta e custear sua cirurgia, em abril de 2009, e mais de seis meses de fisioterapia”, diz o pai, que estima ter gasto cerca de R$ 15 mil com a aventura. “Este senhor é responsável indiretamente, porque na condição de vendedor de sonhos (ilusão) não honrou com os compromissos contratuais”, diz, contando ter encaminhado o filho que queria ser jogador de futebol sem ter tomado as precauções devidas. Bezerra não sabia que projeto semelhante tinha naufragado no Grêmio, com o uso irregular das instalações do Willie Davids.
Além de demonstrar a revolta e dizer que sua família “acabou” desde o suicídio do rapaz, Maurício Bezerra pede que o dirigente “não mais brinque, quebrando sonhos de jovens adolescentes e jovens, que possam levá-los ao desespero, desaguando numa profunda e arriscada depressão, que possa ser fatídica”. A família pretende acionar Aurélio Almeida judicialmente e informou o caso para outros veículos de comunicação, já que tentou contato com ele e não obteve resposta. Este site, na última quinta-feira, também encaminhou e-mail a Almeida, pedindo sua versão para o caso, mas não recebeu resposta.
PS – A carteira de trabalho, parte do contrato e o atestado de óbito.

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