02/06/2011 11h20 - Atualizado em 23/09/2015 13h30

Sesa oferece medicamento de alto custo que previne doenças respiratórias graves em crianças

O Espírito Santo é um dos Estados pioneiros no País na oferta do Palivizumabe, um medicamento de alto custo que reduz a possibilidade de infecções respiratórias causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças nos seus primeiros anos de vida.

Desde 2009, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) oferece esse medicamento. Além do Estado, somente Rio de Janeiro e São Paulo o disponibilizam no Brasil. Um frasco do Palivizumabe custa em média R$ 4 mil.

Segundo a gerente de Assistência Farmacêutica da Sesa, Geruza Tavares, o objetivo da aplicação deste medicamento é evitar complicações de doenças causadas pelo vírus e reduzir a incidência de internações.

O VSR é um dos principais causadores de doenças como bronqueolites em crianças nos primeiros anos de vida, principalmente bebês prematuros e crianças menores de dois anos com doenças cardíacas e respiratórias graves.



No Espírito Santo o vírus circula entre março e julho, por isso o medicamento é aplicado durante esse período. De acordo com a médica pediatra e infectologista do Hospital Infantil de Vitória, Ana Paula Burian Lima, todas as pessoas podem ser infectadas pelo VSR, mas as crianças pertencentes aos grupos de risco estão mais propícias a complicações.

“Fazem parte do grupo de risco os prematuros nascidos com menos de 28 semanas de vida e crianças com menos de dois anos de idade, com cardiopatia congênita ou portadora de doença pulmonar crônica”, explica a médica.

Acesso

Para ter acesso ao medicamento, é necessário procurar uma das oito farmácias cidadãs no Estado com toda a documentação pessoal, laudo médico e relatório de internação na UTIN. Na Grande Vitória, elas se localizam no CRE Metropolitano, em Jardim América, e no CRE de Vila Velha.

“Os pedidos são analisados pela Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica e, caso atendam aos critérios de inclusão definidos em protocolo, será agendada uma data para aplicação do medicamento”, informa Geruza.

As aplicações do Palivizumabe são realizadas nos Hospitais Infantis de Vitória e de Vila Velha e a imunização do medicamento dura em média 30 dias. Em 2009, 41 crianças foram beneficiadas pela imunização; já em 2010 foram 111. Até maio de 2011, 59 crianças receberam a medicação.

Prevenção

A dona de casa Ana Célia Hubner Valeriano Rocha, mãe de Letícia, de um ano e cinco meses, é uma das beneficiadas pelo medicamento fornecido pelo Estado. Sua filha teve problemas cardíacos e respiratórios no ano passado, que a levaram a ficar vários dias internada.

“Foram 22 dias de internação por causa da bronqueolite e pneumonia. Depois que minha filha passou a receber o medicamento, não teve mais problemas causados pelo vírus”, comemora a mãe.



Yasmin, de 8 meses, nasceu prematura com 760 gramas em setembro do ano passado e ficou uma semana internada por causa da bronqueolite. Depois de receber a prescrição médica, sua mãe, Luana Lucas da Silva levou-a recentemente para receber a primeira dose do medicamento. “Espero que ela não precise ficar internada novamente”, torce Luana.


Critérios de inclusão para fornecimento do medicamento Palivizumabe:

- Crianças menores de um ano de idade que nasceram prematuras (idade gestacional menor ou igual a 28 semanas), após alta hospitalar;

- Crianças menores de dois anos de idade, portadores de doença pulmonar crônica que necessitem de algum tratamento (oxigênio suplementar, broncodilatador, diurético ou broncodilatador) nos seis meses anteriores ao início do período da sazonalidade;

- Crianças menores de dois anos de idade portadoras de cardiopatia congênita com uma das seguintes características: estar em uso de medicamentos para controle da insuficiência cardíaca congestiva, apresentar grau de hipertensão moderada ou severa, apresentar cardiopatia congênita cianótica.

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