ARQUÉTIPOS: Cada pessoa é uma multidão
Para
entender o que são arquétipos primeiro temos que passar pelo conceito de
inconsciente coletivo e para entender esse, vamos relembrar aquele conceito que
todo mundo já conhece um pouco, o inconsciente, aquele do nosso querido Freud.
#Inconsciente
Para
Freud, o inconsciente é um espaço que concentra os conteúdos esquecidos e
recalcados. No inconsciente estão os elementos não acessíveis a consciência (tudo
aquilo que estamos cientes num dado momento). Os materiais que são excluídos
pela nossa consciência são guardados no nosso inconsciente (não é esquecido nem
perdido!). E tudo isso é de natureza estritamente pessoal.
#Inconsciente
Coletivo
Já
o inconsciente coletivo é um conceito expressado por C.G. Jung, que o define
como tendo conteúdos e comportamentos que são os mesmos em toda a parte e em
todas as pessoas, idênticos para todos. E tudo isso é de natureza, então,
universal.
Podemos
identificar arquétipos em tudo: no cinema, nos filmes, na música, na
publicidade, nos debates políticos, nas marcas, nas organizações e mais onde a
nossa imaginação possa chegar.
O
consumo, por exemplo, está fortemente influenciado pelos arquétipos. Ao
consumirmos determinados produtos e serviços buscamos –inconscientemente-
aquilo que possa nos dar um significado, que ativem nossos sentimentos e nos
despertem um sentido. Por conta disto, os arquétipos são muito utilizados pelas
empresas, para atingir o consumidor de um modo diferente, sabendo que seu
produto traz um significado e um símbolo que ele se identifica e motiva seus
sentimentos.
#1 O Inocente: Utopia, pureza, bondade,
esperança, redenção, paraíso são algumas das características inerentes quando o
Inocente está ativo em uma pessoa. O lema é: “Somos livres para ser você e eu”.
Dá para perceber facilmente este arquétipo num carro Fusquinha, por exemplo.
#2 O Explorador: Novas experiências, busca de
identidade, liberdade, possibilidades, autodescoberta são as características de
um explorador. O lema é: “Não levante cercas à minha volta”.
#3 O Sábio: Inteligência, sabedoria,
aprendizado, informação. Esse é o arquétipo do sábio e o seu lema é “A verdade
libertará você”.
#4 O Herói: Coragem, desafios, energia,
disciplina, foco, determinação, missões. Esse é o arquétipo herói, cujo lema é
“Onde há vontade, há um caminho”. Consegue ver semelhança com as propagandas da
Nike?
#5 O Fora-da-Lei: Chocar, desafiar os outros,
rebelde, revolucionário. O Fora-da-lei normalmente sente-se marginalizado ou se
identifica como tal, por seus valores ou atitudes se diferenciarem do padrão
comum da sociedade. O lema é “As regras foram feitas para serem quebradas”.
#6 O Mago: Xamã, curandeiro, bruxo,
alquimista, cientistas, gurus são imagens comumente associadas a este
arquétipo. O desejo principal desse tipo é procurar leis fundamentais que
governam o funcionamento das coisas e aplica-las para que as coisas aconteçam,
motivados pela oportunidade de transformação das pessoas e de si mesmo. O lema
é “Pode acontecer!”.
#7 O Amante: Intimidade, apreciação,
atração, prazer, compartilhar segredos, parceria, são algumas das
características inerentes a este arquétipo. O lema é “Só tenho olhos para
você”.
#8 O Prestativo: Cuidado, cuidar de si, cuidar
dos outros, altruísmo, preocupação com o mundo como um todo, empatia são os
elementos que podem estar presente quando o arquétipo Prestativo está ativo. O
lema é “Ama teu próximo como a ti mesmo”.
#9 O Criador: Criatividade, auto-expressão,
escolhas, opções, inovações, faça-você-mesmo são características relacionadas a
este arquétipo. Seu lema é “Se puder ser imaginado, poderá ser criado”.
#10 O Governante: Estilo dominador e
autoritário. Assumir o controle. Agir conforme as regras. Poder. Regulação e
proteção. Esse é o Arquétipo do Governante e seu lema é “O poder não é tudo...
é só o que importa”.
#11 O Bobo da
Corte: Alegria,
viver o momento presente, diversão, brincar, fazer piadas, ser engraçado,
“bancar o bobo”. Características ativas neste arquétipo, cujo lema é “Se eu não
puder dançar, não quero tomar parte na sua revolução”. Skol e Pepsi conhecem
muito bem este arquétipo.
#12 O Cara Comum: Ser igual a todos, ser comum.
O desejo básico é conexão com os outros, pertencer. Não tem o desejo de ser
especial, de ser diferente, e sim de se fundir-se. O importante não é
impressionar o outro. Simplicidade. Seu lema é “Todos os homens e mulheres são
criados iguais”.
Agora
que já conhecemos um pouquinho de cada arquétipo é importante destacar que,
através de pesquisas bem estruturadas as empresas podem desenvolver ou
identificar qual o arquétipo é melhor para a marca, aquele que realmente vai
dar significado para os seus consumidores e que proporcionará um valor
intangível para o produto ou serviço.
Qual é o arquétipo que as pessoas
associam à sua marca?
Será que dentro do seu ramo, todas as empresas estão
expressando o mesmo arquétipo que você?
Será que é necessário um novo
arquétipo?
Se
seu produto não acrescenta ou não dá um significado especial para o seu
cliente, eles em algum momento deixarão de buscá-lo. Agora se você conhece bem
os seus consumidores e suas necessidades e desejos (e os arquétipos são uma
ótima ferramenta para isso) você consegue satisfazer as necessidades e
acrescentá-los, permitindo que você possa preservar-alimentar-nutrir sua marca
ao longo do tempo.
Este artigo foi escrito por nossa analista de pesquisa Gaia Ricacheneisky,
Graduada em Ciências Econômicas pela PUC-RS.
Graduada em Ciências Econômicas pela PUC-RS.
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