Estação meteorológica para propriedades rurais e roda que substitui o pneu do pivô central estão entre os lançamentos que atraem os produtos na feira de Rio Verde (GO)
A Tecnoshow Comigo, feira agropecuária realizada em Rio Verde (GO), até esta sexta-feira, dia 15, apresenta novidades em tecnologia e manejo que atraem os produtores rurais. A Zimmatic, por exemplo, apresentou no evento uma roda feita de aço e borracha criada para substituir o pneu do pivô central. A principal vantagem é que ela não cria tantas valetas na lavoura.
De acordo com o gerente de marketing da empresa, Bruno Perrone, a roda reduz entre 30% e 50% as trilhas, dependendo do tipo de solo da propriedade. O equipamento, segundo ele, praticamente não exige manutenção, já que o agricultor poderia dispensar cuidados comuns aos pneus, como checar a pressão, calibrar, substituir em caso de furos ou danos. “A preocupação é só a irrigação e ver o crescimento da planta”, diz Perrone.
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A novidade será lançada oficialmente durante a Agrishow, evento que ocorre a partir do dia 25 de abril em Ribeirão Preto (SP). Mas a roda já está sendo vendida em Rio Verde, por R$ 15 mil.
A estação meteorológica da Metos, trazida da Áustria, já está em 600 propriedades rurais e institutos de pesquisas do país. Mas ainda encanta os agricultores, pois fornece a previsão do tempo para uma semana, em um raio de 10 km, com índice de acerto de 90%, segundo o fabricante.
“Você vai ter temperatura, precipitação, probabilidade (de chuva), vento, direção do vento, cobertura de nuvens”, diz o representante comercial da empresa Jonathan Van Riet, que explica que o equipamento também gera modelos para manejo, como o da janela ideal de
O equipamento custa R$ 35 mil, e também pode ser adquirido através do programa de pontos da marca parceira do fabricante. Os dados captados são transmitidos por sinal de satélite e podem ser acessados pela internet.
Soluções tecnológicas mais em conta também estão disponíveis na Tecnoshow. É o caso da câmara para multiplicação de mudas de mandioca, desenvolvida pela Embrapa e que pode ser construída nas dimensões que o produtor quiser. O equipamento, quando fechado, mantém o interior quente e úmido, facilitando a multiplicação dos brotos.
A câmara aumenta a taxa de obtenção de mudas em até 17 vezes, em relação ao cultivo tradicional, afirma o pesquisador da Embrapa Augusto César Moraes. Como vantagem adicional, diz ele, o produtor leva para o campo mudas livres de doenças.
Na feira goiana, os visitantes também aprendem a identificar as principais lagartas que atacam a cultura da soja. O gerente regional de soja e algodão da Monsanto, Alexandre Chaves, diz que apenas o uso de tecnologia não é suficiente para que o agricultor consiga resolver todos os problemas da plantação.
“Ele precisa entrar na lavoura, olhar que lagartas estão aparecendo, para que adote o melhor manejo, em complemento à tecnologia”, explica o gerente.
