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Política

Dilma: oposição usa argumentos falsos para criticar combate à inflação

No dia em que líderes petistas condenados no processo do mensalão tiveram suas prisões decretadas, a presidente optou por não comentar o episódio

15 nov 2013 - 22h29
(atualizado em 16/11/2013 às 07h26)
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A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta-feira as críticas da oposição à política econômica de seu governo, acusando adversários de usarem "argumentos falsos" para afirmar que a inflação está fora de controle, e optou por não comentar as prisões relacionadas ao processo do mensalão.

Em discurso durante o Congresso do PCdoB, partido da base aliada de Dilma, a presidente afirmou que a inflação fechará dentro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% ao ano com intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais, pelo décimo ano seguido.

"Usam argumentos falsos e esquecem que estamos num processo dos mais controlados de inflação, principalmente quando comparamos com o que aconteceu antes de 2003", disse Dilma, se referindo ao ano em que seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a Presidência.

"Nossa situação fiscal nunca foi mais sólida", garantiu. "Nós pagamos a nossa dívida externa, um fantasma que por décadas assombrou o nosso País." Dilma afirmou ainda que nos dez anos de governo do PT na Presidência foi iniciada uma política de valorização do salário mínimo, o que, segundo ela, os adversários agora tentam fazer "virar pó".

"Somos um governo que tem compromisso com estabilidade econômica, mas também um compromisso com a geração de empregos para a nossa população."

A presidente garantiu que o volume de reservas garante ao País um "poder de reação" contra choques externos. "Não há contradição entre ampliar os investimentos e garantir o poder de compra da população brasileira. Pelo contrário", defendeu.

No dia em que líderes petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo envolvimento no escândalo do mensalão tiveram suas prisões decretadas, a presidente optou por não comentar o episódio.

No entanto, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, criticou a decisão do STF, comparou o julgamento à inquisição e manifestou "solidariedade aos petistas" durante seu discurso no evento da legenda.

"O PCdoB não vê motivo para festa e nem julga que Justiça esteja sendo feita. Esse julgamento teve o seu fato desencadeador eminentemente político", afirmou Rabelo, sendo aplaudido de pé por longo tempo.

Programas de governo

Em seu discurso, Dilma elencou programas de seu governo, entre eles o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec, garantindo que até o fim de 2014 o programa habitacional terá 3,75 mil moradias.

A presidente também defendeu o investimento dos recursos dos royalties do petróleo na educação e exaltou o Bolsa Família, que chamou de "um direito dos cidadãos brasileiros".

Dilma aproveitou o discurso, mais uma vez, para falar do programa Mais Médicos, uma das principais bandeiras de seu governo e que, segundo pesquisas, tem amplo apoio junto à população.

"Nós chegaremos até o final deste ano a ter 6.600 médicos no Brasil", garantiu, dizendo que esse contingente atenderá mais de 20 milhões de brasileiros.

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