Edição do dia 30/08/2016

30/08/2016 21h50 - Atualizado em 30/08/2016 21h59

Pesquisa aponta queda no crescimento populacional no Brasil

Crescimento foi de 0,8% entre 2015 e 2016, aponta IBGE.
Um quarto dos municípios pesquisados já registra redução da população.

O IBGE divulgou nesta terça-feira (30) a nova estimativa da população brasileira. Somos mais de 206 milhões, mas o ritmo do crescimento está caindo.

Ao longo das últimas décadas os ponteiros de um relógio rodaram muito, muito depressa. A cada volta que ele dava, mais um, mais dois, mais vários milhões de recém-chegados. Só que, de um tempo para cá, esse relógio ficou diferente. Os ponteiros continuam rodando para a frente, só que cada vez mais devagar.

Quem estuda o "tempo" desse relógio é o IBGE. A pesquisa saiu nesta terça-feira (30). Em 2015, éramos 204,5 milhões de brasileiros. Pois bem, agora somos pouco mais de 206 milhões, crescimento de 0,8%.

E a tendência é que esse crescimento seja cada vez menor. Esse relógio que cronometra "quantos somos" tem data certa para começar a rodar para trás: vai ser daqui a 28 anos.

A tabela parece uma contagem regressiva: 1,4% de crescimento (2001), 0,97% (2011), 0,9% (2013), 0,83% (2015) e, agora, 0,8% (2016). A estimativa do IBGE é que em 2044 o Brasil tenha, na linguagem técnica, crescimento negativo: - 0,03%. Ou seja, vamos encolher.

Um quarto dos municípios pesquisados (5.570) já registra redução da população. O mais populoso, segundo a pesquisa - nenhum segredo -, São Paulo: 12.038.175 habitantes.

Na ponta de baixo da tabela, mais uma vez aparece a bucólica Serra da Saudade. A cidade mineira, que já tinha pouca gente, ainda perdeu três moradores. Na última pesquisa eram 818 serrano-saudalenses. Agora, são 815.

“Quanto menos crianças você tem nascendo na população, você pode dizer que a população é cada vez mais envelhecida. Você tem que cuidar dessas pessoas, tem que pensar em mercado de trabalho, tem que pensar na previdência social. Então tem uma série de questões de política pública que devem considerar essa dinâmica populacional brasileira”, analisa a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães Marri.

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