Edição do dia 05/09/2013

05/09/2013 08h32 - Atualizado em 05/09/2013 09h07

Estudo afirma que jogar videogame pode melhorar a memória dos idosos

A atenção também melhorou entre os idosos que jogaram.
Pesquisadores querem criar jogos que possam retardar o envelhecimento.

Alan SeverianoNova York, EUA

O uso moderado de videogames pode virar uma recomendação médica para os idosos. Um estudo publicado na revista científica Nature revela os benefícios dos jogos eletrônicos no cérebro.

"Tenho 63 anos e às vezes esqueço coisas". A queixa de uma senhora é a mesma de muita gente. Com o passar do tempo, a memória e a atenção começam a falhar. E isso foi comprovado por cientistas da Universidade da Califórnia que compararam as habilidades de jovens e de pessoas mais velhas.

A boa notícia da pesquisa é que esse processo natural pode ser contido. E o videogame dos netinhos, quem diria, talvez seja um belo remédio para o cérebro.

Durante um mês, três horas por semana, um grupo de idosos de 60 a 85 anos guiou um carrinho, fazendo curvas, subindo e descendo ladeiras. Com uma tarefa extra: apertar um botão do controle assim que alguns sinais de trânsito apareciam na tela. Quando voltaram ao laboratório, os resultados foram surpreendentes.

Adam Gazzaley, um dos responsáveis pelo estudo, conta que descobriu que a capacidade deles de fazer várias tarefas ao mesmo tempo era bem melhor do que a do grupo que não jogou videogame, e alcançou o mesmo nível da de jovens de 20 anos que só usaram o jogo uma vez.

A atenção e a memória de curto prazo também melhoraram entre os idosos que jogaram videogame. E o mais impressionante: seis meses depois que eles pararam de jogar, essas habilidades foram mantidas. Quer dizer então que, em vez de remédios para a memória, os mais velhos deveriam comprar um videogame?

"Ainda precisamos descobrir o que funciona e o que não funciona", diz o cientista. "Esse jogo é só um experimento. E como tudo na vida, os jogos podem ter efeitos positivos e negativos. Por exemplo, alguém que não sai de casa porque não quer parar de jogar".

Depois que os idosos deram conta do recado, o desafio agora é do pesquisador de cabelos brancos: criar jogos que possam estimular o cérebro e retardar o envelhecimento.

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