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Sensibilizar para conhecer

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O que conhecer significa para você? Nos dicionários temos por definição: perceber e incorporar à memória; tomar ou ter consciência de; ser apresentado a; ver, visitar; manter relações pessoais mais ou menos estreitas com; estar familiarizado com; sentir como sendo familiar; reconhecer; apreender certa e claramente com a mente ou os sentidos; ter cognição direta de; perceber; experimentar; passar por; estar informado da existência de alguém ou de algo.

De origem etimológica do latim cognōsco,is,ōvi,ĭtum,cognoscĕre  ‘aprender a conhecer, procurar saber, reconhecer’.

Sendo assim, quanto da natureza podemos dizer que realmente conhecemos, experimentamos, percebemos e nos sentimos familiarizados?

Hoje, desde que acordou até agora, percebeu quantas árvores no seu caminho? Quais espécies são? Reconhece-as em vários lugares por onde passa? Já tocou suas flores, casca, frutos e sementes? Aquela da frente da sua casa você conhece de verdade? Sabe quem plantou ou quantos passarinhos fazem ninho nela? A maioria das pessoas com quem tenho trabalhado ao longo de nove anos à frente do Instituto Árvores Vivas diz que não. O estágio de vínculo, conhecimento e reconhecimento natural é bastante baixo no Brasil. Isso em meio a uma biodiversidade gigantesca.

A metodologia que desenvolvi ao longo de tantos anos de prática consiste em um trabalho sustentado por 3 pilares do conhecimento:
– a informação, que atende o valor do conhecimento intelectual, histórico e científico sobre a natureza;
– a experiência multissensorial, que estimula o desenvolvimento de um repertório profundo de sensibilização e reconhecimento e
– o resgate da memória somado à empatia, promovendo o estágio de enxergar a si mesmo e suas origens na flora, fauna, sistemas e ciclos presentes em toda paisagem.

Esta metodologia é aplicada de maneira personalizada e ajustada conforme a sensibilidade e referência informativa de cada público, respeitando ainda a identidade ambiental que é característica de cada região e local. Desta maneira, é possível sensibilizar com sucesso desde a primeira infância até os mais altos níveis técnicos.

Os resultados demonstram que a participação em uma vivência sob esta metodologia promove a abertura da percepção e ampliação do relacionamento com a natureza no dia-a-dia. As árvores, por exemplo – nossas principais mestras no desenvolvimento deste caminho mais harmonioso com a natureza – deixam de ser todas iguais, somente um tronco marrom com copa verde, para ganhar o valor e a apreciação devidos, e agradecidos, pela existência única de cada indivíduo que são.

Deste momento em diante, a emoção de se conhecer com mais profundidade, e se reconhecer em cada pequena sensação e percepção junto da natureza e toda sua diversidade, promovem uma perspectiva infinita de trocas e aprendizados.

Foto: acervo Árvores Vivas

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