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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 412 - 3 de Maio de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 19)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Nos processos de parasitose espiritual, que foi o diagnóstico feito no caso da médium Raulinda, qual a terapia adequada?

As consequências das leviandades cometidas por ela foram impressas pelo Espírito nos seus equipamentos físicos. Em face do exposto, Raulinda necessitava de assistência ginecológica e psiquiátrica. Ajuntando-se a esse quadro a consciência de culpa, que gera a auto-obsessão, mais a perturbação obsessiva, o diagnóstico do Dr. Carneiro de Campos era de parasitose espiritual, caso em que necessita o paciente de uma terapia holística, que engloba a participação das diferentes áreas da ciência médica e espírita: leitura educativa, passes, água fluidificada, desobsessão e renovação íntima aplicada ao bem, além dos medicamentos prescritos pelos profissionais da área de saúde. (Trilhas da Libertação. Diálogos Esclarecedores, pp. 152 e 153.)

B. Em casos como o de Raulinda, o afastamento do Espírito perturbador lhe propiciaria a desejada recuperação da saúde?

Inteiramente, não. O Mentor, em face de semelhante pergunta, explicou: “Devemos ter em mente que a nossa irmã encontra-se incursa em vários itens das Leis que desrespeitou, estando gravados em seu íntimo os imperativos da necessidade de reparação. Ocorrendo a mudança de comportamento do seu atual perseguidor, a atitude será, para ele, salutar, por libertar-se da injunção do ódio, mas para ela será apenas amenizadora dos sofrimentos, não liberadora”. “Terá a carga de aflições diminuída, porém os sintomas perturbadores permanecerão, desaparecendo à medida que se submeta às terapias referidas. Os órgãos citados encontram-se lesados no perispírito e no corpo físico, requerendo assistência especializada, como é natural.” (Obra citada. Diálogos Esclarecedores, pp. 154 a 156.)

C. Que podemos esperar dos descalabros morais que se verificam ainda com grande intensidade na Terra?

Muitas e aflitivas dores. Os descalabros morais em nosso orbe são crescentes e, associados à volumosa onda de violência que estarrece, ameaçam todas as construções éticas e civilizadas das gerações passadas, prenunciando uma fase de grande renovação da Humanidade terrena, através da dor. O esquecimento propositado das estruturas éticas tem facilitado, segundo Manoel P. de Miranda, a morte de nobres conquistas humanas através dos séculos: a monogamia, a família, o amor aos filhos e a recíproca dos filhos para com os pais, o respeito ao próximo e o equilíbrio sexual. “Os ventos do desespero e da anarquia sopram em todas as direções, ameaçando de destruição tudo quanto encontram.” (Obra citada. Diálogos Esclarecedores, pp. 158 e 159.)

Texto para leitura

73. A importância da terapia holística – Confirmando o pensamento de Miranda, dr. Campos asseverou que, realmente, tudo em a Natureza serve, obedecendo a imperativos inalteráveis das Leis Cósmicas. Nas primeiras expressões da vida, os automatismos da evolução propõem crescimento e transformações incessantes. À medida que a consciência adquire lucidez, mais se ampliam as perspectivas de ação. Se houvesse o repouso, tudo volveria ao caos do princípio. Desse modo, na atividade contínua, o Espírito transfere suas metas para patamares mais altos e mais nobres, atraído pela perfeição que anela. Miranda aproveitou a oportunidade que se apresentava, para indagar sobre a médium Raulinda. Essa irmã poderia ser classificada como obsidiada, não obstante as disfunções ovarianas e os distúrbios assinalados pelos neurotransmissores que a levavam à depressão? Dr. Campos esclareceu: “As consequências das leviandades cometidas estão impressas pelo Espírito nos seus equipamentos físicos, caracterizando-a hoje como uma enferma do aparelho genésico e vítima de transtornos psicológicos. Em face do exposto, ela necessita de assistência ginecológica e psiquiátrica. Todavia, porque se encontra assinalada pela consciência de culpa, que gera a auto-obsessão, e pela perseguição da sua vítima, em processo de perturbação obsessiva, diagnosticamos uma parasitose espiritual”. O Mentor explicou que os dois distúrbios se mesclam, sendo difícil estabelecer as fronteiras onde um começa e o outro termina. É por isso que, em casos dessa natureza, em que se misturam os fenômenos perturbadores, os pacientes necessitam de uma terapia holística, que engloba a participação das diferentes áreas da ciência médica e espírita: leitura educativa, passes, água fluidificada, desobsessão e renovação íntima aplicada ao bem. “Recorreríamos, também, à contribuição da Sociologia, amparando o grupo familial, indiretamente envolvido na problemática”, acrescentou o dr. Campos. “Alongando a análise, buscaríamos a ajuda da Ecologia, em considerando o envenenamento do ar que se respira; da Agricultura, respeitando as técnicas naturais da adubação e consequente diminuição dos agrotóxicos...” O Médico lembrou, a propósito disso, que a aplicação desordenada de hormônios em aves e animais, a fim de que se desenvolvam mais rapidamente, alterando-lhes o ciclo biológico da postura, da reprodução e do crescimento, tem causado danos ao organismo humano. “Em uma sociedade justa, realmente cristã, antes se pensará no ser propriamente dito, do que nos lucros que se pretenda obter dissociados do dever ético para com a vida”, asseverou o Mentor, reconhecendo, no entanto, que estão distantes os dias em que esses comportamentos vicejarão.  (Diálogos Esclarecedores, pp. 152 e 153.)

74. Não se resgatam dívidas apenas com boas intenções – Feitos esses esclarecimentos a respeito da valiosa contribuição que a ciência e a tecnologia podem prestar em favor da saúde e do bem-estar, dr. Campos deteve-se no caso específico de Raulinda. Miranda perguntou-lhe se o afastamento do Espírito perturbador propiciar-lhe-ia a desejada recuperação da saúde. O Mentor assim respondeu: “Devemos ter em mente que a nossa irmã encontra-se incursa em vários itens das Leis que desrespeitou, estando gravados em seu íntimo os imperativos da necessidade de reparação. Ocorrendo a mudança de comportamento do seu atual perseguidor, a atitude será, para ele, salutar, por libertar-se da injunção do ódio, mas para ela será apenas amenizadora dos sofrimentos, não liberadora. Terá a carga de aflições diminuída, porém os sintomas perturbadores permanecerão, desaparecendo à medida que se submeta às terapias referidas. Os órgãos citados encontram-se lesados no perispírito e no corpo físico, requerendo assistência especializada, como é natural”.  Dito isto, dr. Campos observou: “Pensa-se, com leveza, que o simples afastamento do obsessor faculta a recuperação plena do obsidiado. Em todo aquele que sofre perseguição espiritual, encontramos os resíduos maléficos dos seus atos desvairados, aguardando superação. Não se resgatam dívidas somente com boas intenções. Elas são o primeiro passo para as ações dignificadoras, que liberam, não porém suficientes para a sua quitação. O caminho de quem deslustra o dever é estreito e difícil. Por isso, é melhor atender as obrigações, do que as defraudar. Educar é fácil, mesmo com os empecilhos que se apresentam; reeducar é mais complicado, corrigindo os hábitos malsãos e instalando os dignificantes”. Nada mais justo. Afinal, o delito por ela cometido fora muito grave... Quando as criaturas assimilarem a ideia de que o mal é pior para quem o pratica, evitá-lo-ão com energia. Ter-se-á chegado, então, a um período em que o bem predominará, desaparecendo a pouco e pouco as chagas morais que decompõem o ser e afligem o organismo social. O combate, portanto, ao egoísmo deve ser constante e de emergência, sem margem a escapismos. Esclarecido o caso Raulinda, Miranda indagou ao Mentor qual a razão de não se haver insistido na doutrinação de Guillaume, o adversário espiritual de Davi, liberando-o antes de tê-lo conscientizado do seu erro. Dr. Campos esclareceu: “O nosso objetivo, naquele momento, era o despertamento moral do médium leviano, não do seu antagonista. Esclarecido o último, e permanecendo os desequilíbrios do primeiro, viriam outros celerados afins e o problema mudaria apenas de mãos, continuando inalterado”.  (Diálogos Esclarecedores, pp. 154 a 156.)

75. Os sentimentos nobres, quando feridos, cicatrizam mais facilmente –  Referindo-se a Guillaume, o Mentor afirmou que a experiência lhe foi muito proveitosa, por ensejar-lhe realizar uma catarse das mágoas retidas na alma. A terapia produzir-lhe-ia efeito lentamente, preparando-o para a autocura e o consequente perdão dos males que o amigo ingrato e a antiga esposa lhe causaram. Os sentimentos nobres, quando feridos, cicatrizam com facilidade, em razão da qualidade de que são constituídos. Quando escasseiam, mais demorada se faz a remoção das mágoas e dos rancores preservados. Por aí se vê que, em tudo e todos, o amor é o grande gerador de soluções. Quanto a Davi, lamentavelmente tudo estava a indicar que ele necessitaria de uma terapia de choque mais forte... “Inegavelmente – explicou dr. Campos –, aqueles que têm uma vida psíquica e mediúnica mais ativa podem recordar-se das experiências extracorpóreas com mais facilidade que os outros. Não obstante, em face da conduta a que se tem entregue o amigo invigilante, os seus sensores psíquicos estão muito impregnados dos interesses que vem cultivando e fixando no inconsciente, a prejuízo das ideias e pensamentos elevados. Assim sendo, apesar do susto experimentado e das graves admoestações ouvidas, assomarão à consciência apenas alguns vestígios das ocorrências. Ele identificará o fenômeno como de natureza mediúnica, por sentir-se extenuado durante todo o dia, porém, com os estímulos do corpo viciado e das ambições em crescimento, buscará esquecê-lo.” (O Mentor disse, ainda, que Davi perceberia estar em perigo, mas atribuiria o fato a perseguições de pessoas invejosas da sua faculdade e fugas psicológicas outras. A afeição aos prazeres perturbadores intoxica o psiquismo e o corpo da pessoa que se torna dependente, fazendo lamentáveis quadros de depressão e amargura quando não mais pode neles exaurir-se. Além disso, Davi estava se acostumando, por livre escolha, aos vapores anestesiantes da luxúria, da concupiscência e do poder.) Depois de breve reflexão, o Benfeitor informou: “Estamos muito interessados, todos que nos movimentamos nas atividades das terapias holísticas sob as luzes do Espiritismo, e outros trabalhadores do Bem, no estudo das quatro legítimas verdades com que o Soberano das Trevas denominou ironicamente suas estratégias de perseguição às criaturas, por considerarmos de alta gravidade a programação em pauta. É claro que não o responsabilizamos pelo desbordar das paixões asselvajadas que varrem a Terra em nossos dias, o que seria atribuir-lhe demasiado valor e poder, que não correspondem à verdade. Todavia, chama-nos a atenção o volume dos despautérios que ora dominam as pessoas vinculadas ao Espiritualismo”. (Diálogos Esclarecedores, pp. 156 a 158.)

76. Os descalabros morais prenunciam para a Terra muita dor – O dr. Campos explicou que, de sua parte, não havia nenhum interesse em impor a essas pessoas normas de conduta e ação. “Reconhecemos – disse ele –, como já foi ventilado anteriormente, que a inferioridade moral e o primitivismo, que levam as criaturas aos extremos das paixões, são fase natural do seu processo evolutivo. A nossa preocupação é com aqueloutros que já deveriam ter ultrapassado essa faixa e que nela se fixam, ou a ela retornam com ardor indisfarçado. Por isso mesmo, não cessaremos de abordar o tema, de divulgar as informações que, por uns subestimadas e ridicularizadas, noutros indivíduos encontrarão ressonância e abrigo, ajudando-os na luta contra as sutis interferências obsessivas, assim como na epidêmica situação a que quase todos se encontram expostos.” A preocupação do Mentor não era, pois, somente com Davi, mas com todos os envolvidos no surto que se alarga entre as pessoas. Miranda anuiu completamente a tudo quanto o Benfeitor dissera, porquanto a evidência do acerto das suas palavras está na alucinada descoberta do sexo pela atual sociedade. Os descalabros morais são crescentes e, associados à volumosa onda de violência que estarrece, ameaçam todas as construções éticas e civilizadas das gerações passadas, prenunciando uma fase de grande renovação da Humanidade terrena, através da dor. O esquecimento propositado das estruturas éticas tem facilitado, segundo Miranda, a morte de nobres conquistas humanas através dos séculos: a monogamia, a família, o amor aos filhos e a recíproca dos filhos para com os pais, o respeito ao próximo, o equilíbrio sexual. “Os ventos do desespero e da anarquia – assevera Miranda – sopram em todas as direções, ameaçando de destruição tudo quanto encontram. Concomitantemente, por efeito do desastre, aumenta o egoísmo, e a solidão assinala as vidas; a tristeza e a frustração se unem em clima de amargura; a fuga pelos tóxicos se torna lugar comum; o suicídio multiplica-se nas estatísticas; o desespero estiola preciosas florações da vida humana; o aborto aumenta os seus índices...” (Diálogos Esclarecedores, pp. 158 e 159.) (Continua no próximo número.)
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita